sábado, 25 de outubro de 2008

Mais bonitas é impossível #1: Candice Bergen

Há caras assim: inesquecíveis.

Julgo que, presentemente, Angelina Jolie deve ser a mulher mais bonita do mundo (as duas filhas biológicas prometem, considerando que Brad Pitt é o pai). Mas houve outras no passado.

Como Candice Bergen. Linda de cortar a respiração. Genuína aristocracia de Hollywood, o pai era Edgar Bergen, famoso actor e ventríloquo, vencedor de um Oscar, com direito a estrelas no passeio, uma pelo cinema e outra pela televisão. Candice Bergen poderia ter tido um fim terrível: a casa de Cielo Drive em que ela e o namorado da época viviam foi o cenário dantesco do assassínio de Sharon Tate (outra beleza assombrosa), mulher de Roman Polanski e grávida de oito meses, tinham-na vendido recentemente. Nunca se conseguiu apurar se os verdadeiros alvos não seriam Candice e o namorado. Por mim, espero que Charles Manson apodreça na prisão, onde continua. Os crimes foram em 1969.

Durante muitos anos, Candice Bergen foi mais notada pela beleza do que pelo seu real talento. Até surgir Murphy Brown...

Adoro a série, que tenho quase completa em vídeo (devem faltar-me coisa de dez episódios no total das dez temporadas, obrigada, SIC Mulher!), em DVD saiu apenas a primeira, parece que há problemas com os direitos das músicas, tal como na minha adorada Thirtysomething.

Murphy Brown é uma série hilariante, e Candice Bergen revelou-se uma comediante notável. Ganhou cinco (CINCO) Emmies pelo papel, só não ganhou mais porque, com o quinto, anunciou que não aceitaria mais nomeações. Bonito, muito bonito, principalmente se tivermos em conta o que são os egos nos meios cinematográficos e televisivos. Oprah Winfrey fez outro tanto.

Confessem lá, ninguém se lembra lá muito bem dos nomes dos vice-presidentes dos Estados Unidos, pois não? Dan Quayle tem bons motivos para estar grato a Murphy Brown. Ou não. Graças a ela, todos se lembram ainda da triste figura que fez em 1992, num discurso em que atacou a personagem por ir ter uma criança sozinha, dando uma má imagem da mulher americana moderna, inteligente e bem sucedida. Caíram-lhe o Carmo e a Trindade em cima, a partir de então Murphy Brown não perdia uma oportunidade de o usar como alvo de piadas deliciosas. Além de que, para ridicularizar ainda mais Dan Quayle, Murphy leva seis meses até se decidir quanto ao nome a dar ao filho.

Seleccionar cenas de Murphy Brown é tarefa árdua, tamanha a qualidade da série. Acabei por me decidir por três, absolutamente memoráveis.

Esta é o final do episódio-piloto (1988). Murphy é doida por soul e para ela é Deus no Céu e Aretha Franklin na Terra. Vejam o espectáculo que ela dá enquanto acompanha a voz da grande Aretha a cantar Natural Woman (também faço figuras destas)...



Esta é cena final do fabuloso episódio (talvez o favorito do Vítor) The Queen of Soul. Murphy está feliz porque finalmente vai conseguir entrevistar o seu maior ídolo. Já adivinharam quem, não é verdade? Mas tudo corre mal, acaba por não haver entrevista, Aretha chega demasiado tarde ao estúdio. Mas Murphy tem uma compensação...



Por último, o final do mítico Birth 101, o episódio em que Murphy dá à luz. Vou confessar-vos uma coisa: eu não gostava lá muito de Natural Woman. Até ter visto esta cena... que me fez apaixonar perdidamente por ela. Mérito de uma grande actriz.

Uma belíssima sucessão de fotografias de Candice Bergen. Linda!


7 comentários:

  1. A série é fantástico. É por esta e por outras que me arrependo de não ter cabo...

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  2. Realmente gostava do mau feitiop da mulher...

    :o)))***

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  3. Pedro,
    Se eu não tivesse cabo... não teria a esta hora a série quase completa. Tal como Thistysomething, que tenho a certeza de que ia adorar. Era demasiado novo quando passou pela primeira vez (1989 e 1990), mas a Sic Mulher voltou a passá-la na íntegra. Claro que gravei tudo... :)

    Pearl,
    O mau feitio dela é de chorar a rir, não é?
    O Vítor costuma dizer que somos muito parecidas: o mesmo mau feitio, usamos o relógio no pulso direito e usamos o mesmo perfume (que uso desde os meus vinte anos, já é uma imagem minha). Pena não sermos parecidas na beleza, dava-me jeito... :)

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  4. Estive a ver o genérico e de facto não me diz nada, mas também toda a gente da minha idade me fala da série infantil espanhola - O Verão Azul e não tenho a mínima recordação. Em compensação, lembro-me de uma outra série, que acredito que tenha passado por essas datas, Carson's Law. Não sei se agora iria achar tanta graça, mas lembro-me de, na altura, gostar bastante.

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  5. (vá, tem lá paciência e aguenta-te lá um bocadinho com o meu mau português)

    post do camandro:

    - candice (eu já namorei com ela. ela é qua nunca soube)
    - thirtysomething (respeito) (ainda estou para saber porque raio gostava eu tanto do miles drentell. e da melissa. e do gary. ou porque raio odiava tanto a hope (sra esperança, em português) ou o michael)
    - murphy (tenho todos os dias saudades, dos gestos que o pessoal fazia, quando se abria a porta do bar e a luz os encadeava)
    - aretha
    - ...

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  6. Pedro,
    Também nunca vi o tal "Verão Azul", que suponho tenha funciomado para a geração seguinte como "Os Pequenos Vagabundos funcionaram para a minha. "Carson's Law" nem sei o que seja... e povavelmente estou a perder uma coisa boa, que confio no seu critério.

    Pitx,
    Nem sei de que mau português falas, nunca detectei falhas graves.

    Sorrio de ver que és um admirador de Miss Bergen, gosto de encontrar pessoas com bom gosto.

    Thirtysomething. A série é um mundo. Confesso-te que também gostava de Miles Drentell (que voltou a aparecer no óptimo Once and Again, que ainda não tenho), é um grande actor. Gary? Meu Deus! O episódio da morte dele é das coisas mais emortivas que já vi em televisão. Quando eu e o meu amigo Nuno, que Deus tem, precisávamos de chorar, púnhamos esse episódio.

    Até consigo perceber a tua antipatia pela Hope... mas o Michael? Eu AMO o Michael (Ken Olin)!

    A ser mais debatido...

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  7. 24 horas sem cá vir, voltando a pensar que ia só ver comentários antigos e... horas a pôr a leitura em dia. Carson's Law, traduzida por A Família Carson ou o Império Carson, passava-se nos anos 20 (século XX) e contava a história de uma advogada, mãe de família, na sociedade familiar (sogro, se não estou em erro), já deu há anos e a memória falha. Curiosamente falei de A Família Forsyte à mãe, que se lembra perfeitamente, quer dos livros, que leu, quer da série. Não consegui foi encontrá-los lá em casa...

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