Thirtysomething
É indubitavelmente uma das séries da minha vida. Passou em Portugal pela primeira vez em 1990. Na 2, claro, que é onde passam quase todas as coisas de qualidade, que os outros canais preferem brindar-nos com Floribellas, Morangos com Açúcar (nunca vi qualquer uma) ou até uma coisa inacreditável em que tropecei pela primeira vez – e única – há poucas semanas, chamada Fiel ou Infiel. Até telefonei ao Manel a perguntar se estaria a ver bem, tamanha a rasquice daquilo tudo, a começar no apresentador e a acabar no público, passando pelos participantes. O programa do Rui Vasco Neto ao pé daquilo era um primor de bom gosto e sobriedade.
Thirtysomething (assim mesmo, tudo pegado) passou cá com o título Os Trintões. Na época eu estava ainda na casa dos vinte, mas apaixonei-me logo ao primeiro episódio que vi. Eram os meus tempos na Patada, e o Nuno Debonnaire, também doido pela série, ia muitas vezes almoçar comigo à Baixa à segunda-feira. Acabávamos invariavelmente a discutir o episódio da véspera.
A série gravita em redor de um casal no início dos trinta (grande novidade), Michael e Hope (Ken Olin e Mel Harris). As outras personagens permanentes são outro casal, Nancy (Patricia Wettig, mulher até hoje de Ken Olin, ganhou um Emmy pela série) e Elliot, e os seus amigos solteiros Ellyn (Polly Draper, já a mencionei no post sobre vozes femininas), Melissa (Melanie Mayron) e Gary (Peter Horton, com um ar de Björn Borg americano e em bonito, foi casado com Linda Hamilton e com Michelle Pfeiffer, não se pode dizer que tenha mau gosto em matéria de mulheres...). São gente como nós, afeiçoamo-nos a eles, identificamo-nos com os seus problemas e alegrias, as crises conjugais, a educação dos filhos, as dificuldades de dinheiro, as opções profissionais...
A qualidade dos textos, a sensibilidade com que cada episódio é realizado – muitos por Ken Olin e por Peter Horton –, a grande banda sonora... tudo isso faz desta série um caso verdadeiramente à parte. O episódio da morte de Gary será sempre um dos momentos mais elevados de qualidade que já vi em televisão. Coloco Thirtysomething sem qualquer hesitação entre outros monumentos incontestáveis: Brideshead Revisited, I Claudius e, mais recentemente, Six Feet Under.
A Sic Mulher fez o enorme favor de a retransmitir na íntegra há dois anos, como já tinha feito com Once and Again (Começar de Novo), dos mesmíssimos autores, Marshall Herskovitz e Edward Zwick. Gravei quase tudo.
Mas o meu enorme desgosto é não estar editada em DVD. Na Amazon americana, em que toda a gente é unânime em dar-lhe cinco estrelas, há neste momento 187 críticas entusiásticas e a mesma reclamação impaciente: lança-se tanta bodega, como é possível que esta obra-prima continue por editar? Vão ver, que vale a pena. É aqui. E, já agora, façam-me um favorzinho, se não for abusar da vossa bondade. Deixem lá o vosso endereço de mail, para serem notificados quando for editada. Talvez o número de endereços possa influir alguma coisa na decisão da MGM, sabe-se lá…
A qualidade dos textos, a sensibilidade com que cada episódio é realizado – muitos por Ken Olin e por Peter Horton –, a grande banda sonora... tudo isso faz desta série um caso verdadeiramente à parte. O episódio da morte de Gary será sempre um dos momentos mais elevados de qualidade que já vi em televisão. Coloco Thirtysomething sem qualquer hesitação entre outros monumentos incontestáveis: Brideshead Revisited, I Claudius e, mais recentemente, Six Feet Under.
A Sic Mulher fez o enorme favor de a retransmitir na íntegra há dois anos, como já tinha feito com Once and Again (Começar de Novo), dos mesmíssimos autores, Marshall Herskovitz e Edward Zwick. Gravei quase tudo.
Mas o meu enorme desgosto é não estar editada em DVD. Na Amazon americana, em que toda a gente é unânime em dar-lhe cinco estrelas, há neste momento 187 críticas entusiásticas e a mesma reclamação impaciente: lança-se tanta bodega, como é possível que esta obra-prima continue por editar? Vão ver, que vale a pena. É aqui. E, já agora, façam-me um favorzinho, se não for abusar da vossa bondade. Deixem lá o vosso endereço de mail, para serem notificados quando for editada. Talvez o número de endereços possa influir alguma coisa na decisão da MGM, sabe-se lá…
Também vi essa série há alguns tempos, dobrada em francês, na tv belga e adorei, já eu estava na casa dos trinta ...
ResponderEliminarOlá Teresa,
ResponderEliminarLembro-me muito bem das séries que menciona que saudades. Claro que hoje o que vende são os programas Floribesta, Morangos mais do que podres retratando uma pseudo juventudo nacional num colégio surreal retirado a papel químico dos burros dos americanos. Temos também a farsa fiel ou infiel em que o apresentador é um ex-cómico de subúrbio que não tinha qualquer sucesso no Brasil mas que nós prontamente importámos. Infelizmente minha querida amiga pessoas como nós são poucas para garantir audiências e a estupidificação das massas é o que está a dar, por isso podemos afirmar sem margem para erro que os portugueses (na sua maioria) têm a TV que merecem. Vale-nos a 2 que ainda apresenta boas séries.
Já deixei o meu registo no site que recomendou e espero que resulte. Quanto a mim não foi uma série que ficou como sendo da minha vida. Deu há muitos anos um filme que ficou para sempre no meu coração, tinha eu cerca de 12 ou 13 anos, a TV ainda era a prto e branco. Não sei nem os actores nem realizadores, o filme nem sei qual o nome. A história gira em torno de um pai viúvo e 3 filhos. Tudo corria bem até que o pai morre num acidente e o filho mais velho tem que lutar para criar os irmãos e quando se vê impossibilitado para o fazer entrega os dois mais novos a uma família que os irá criar enquanto ele parte para longe para tentar ganhar dinheiro. Um filme triste que ainda hoje me faz chorar como uma Madalena arrependida. O segundo filme da minha vida chama-se "Sem Família" do livro homónimo, um daqueles contos que durarão para sempre como o nome de Dickens. Essé filme também vi por volta da mesma idade e impressionou-me tanto que jurei que um dia que tivesse um filho lhe poria o nome do personagem da história (Remy), 11 amos mais Tarde o meu filho nasceu e chama-se Rémi, a versão nacional do nome. O mais curioso é que toda a gente que me conhece pensa que o nome dele nasceu da junção de duas notas musicais dado o meu passado de músico, mas não foi. São assim os filmes das nossas vidas.
Tenha um bom fim de semana.
Beijos
Por quem és, vou lá e coloco todos os meus endereços, sp sou capaz de valer por 5, hehehehehe
ResponderEliminarbeijo d'enxofre
Ganda seca!!!!! E a musica é toda uma merda, só musica de velhos!!!!!
ResponderEliminarQuerido e mui educado anónimo,
ResponderEliminarainda não tinhas percebido a idade geral do frequentadores deste canto? só eu já conto com 742!!
mas olha, quem não gosta não come, podias ter entrado e saido sem nada dizer, provavelmente já fiz o mesmo no teu, mas mesmo não gostando não fui azeda e, muito menos mal educada!
queres um chá??
Safa, Diabba! Quero ser tua amiga!
ResponderEliminarEu já tinha visto o comentário e, se queres saber, nem me dei ao trabalho de responder, que é uma atenção que quem não assina o que escreve não me merece.
Mas já agora, caro anónimo, também lhe digo que, mesmo não sabendo qual é a sua música (a palavra leva acento, a propósito), faço votos que envelheça tão bem como a minha, que é o critério definitivo para avaliar a qualidade.
Não lhe digo "cresça e apareça" porque isso podia dar-lhe a impressão errada de um convite para voltar.
É muito fácil exprimir certo tipo de opiniões através do anonimato, aliás o anónimo permite que todos aqueles cujos traumas os impedem de ser verdadeiramente felizes e que tenham inveja dos que o são. Presume-se que seja um jovem inconsciente e que ainda nem se encontrou nem se inseriu no mundo civilizado das pessoas daí a má educação. Sabe que o respeito pelos outros gera igual para nós? Seja você quem fôr dá razão à frase que mais admiro "O respeito cedo se perde, o medo dura para sempre" foi Maquiavel quem o disse e ainda hoje prova que ele conhecia bem as pessoas. Você esconde-se atrás do anonimato pois não conhece o respeito, mas tem medo. Faça uma boa acção SUICIDE-SE!!!
ResponderEliminarQue eu saiba isto é um espaço publico, volto as vezes que quizer!!!
ResponderEliminarE só ponho nome se me apetecer!!!
Pouca sorte, ainda é alguma.
ResponderEliminarEfectivamente quando temos pouca sorte, andamos sempre a esbarrar com "anónimos"
ALA
Por erro de indicação, o comentário devidamente identificado, ALA, apareceu como anónimo.
ResponderEliminarPeço desculpa pelo erro, pois é meu hábito dar a cara.
ALA
Amigos proooooooooonto! Já chega! O anónimo mau e feio já foi e não volta mais!
ResponderEliminarAgora o comentário ao post... Nunca vi porque não conheço!! Peço perdão pela ignorância... Mas em 1990 eu também só tinha 9 anitos pelo que não lhe devia dar grande atenção... Eu era mais Agora Escolha 'tão a ver?
Beijinhos à Teresa pelo excelente post, cumprimentos aos restantes ;)
P.S. Já agora, Diabba, vai passando pelo meu blog. às vezes aparecem lá uns quantos mal-educados e dá jeito ter amigos como tu a comentar por lá ;) Brincadeirinha! Um beijinho
Olá passei li e gostei.parabens
ResponderEliminarbjs naty
Também me lembro perfeitamente e adorava!!
ResponderEliminaré por estas e por outras que mal vejo tv..serve para ver DVD'S!
Ora aqui está uma série que nunca me cativou, vá lá saber-se porquê... e não me olhes dessa maneira, tenho direito ao meu gosto, não?!? ;)
ResponderEliminarBrideshead Revesited???
ResponderEliminarTu não existe... (Acreditas que começei agora a assobiar a música?)
Diabba,
ResponderEliminarGostaste das fotografias?
Artur,
Já estou habituada aos anónimos, não te rales. É só ignorá-los e eles desistem.
Morsa,
Claro que quando passou da 1.ª vez não podias ter visto. Com um bocado de sorte, poderias ter visto agora na SIC Mulher. Acho que terias gostado muito.
Naty,
Obrigada pela visita. Volte sempre.
Bolacha,
Se adoravas... espero que tenhas ido deixar o teu endereço de mail à Amazon. A união faz a força! (estou mesmo a ver a MGM a ralar-se muito com isso)
Rafeiro,
Claro que tens direito ao teu gosto, não olho para ti de maneira diferente por causa disso! E é mesmo assim, às vezes sem grande explicação, há mesmo coisas com que não engraçamos.
Martini Man,
A música do Brideshead, como a série, é inesquecível. A seu tempo aqui virá parar um post sobre ela.
Beijos a todos e... feliz Primavera!
Ola teresa... ja vim aqui 3 dias diferentes e sempre te comentei este post. Cada dia com um assunto diferente, conforme estou na altura, mas ao submeter apagam-se SEMPRE os comentarios... SEMPRE! Depois de indagar parece que o teu site tem qualquer particularidade que o Windows vista nao aceita (acha potencialmente um risco de seguranca). Estive a fazer uns downloads do Adobe flash e outros plug-ins a ver se os comentarios comecam a ser aceites. Vamos la ver como fica... e' que ja me ando a enervar tantooooooooooooo e cheia de pena de nao estar aqui a afiar a lingua no puro escarnio e maldizer! eheheh
ResponderEliminarBeijinhossss
Olha... parece que ficou! Sempre eram os teus plug-ins a solucao! Agora sinceramente ja nao sei que disparate me fez associar coisas anteriores como o aparecimento do anonimo e a morte do Yasser Arafat. Ja estou um bocadinho cansada de internets e segurancas e firewalls e instalacoes e activacoes e desactivacoes e... got the picture? Pois, estou farta. Amanha volto! Beijoca!
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