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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Agri's Year in Review

Agripininha gostou muito do ano de 2013. Não que precisasse da minha companhia para dormir três quartos do dia, mas foi com todo o gosto que aproveitou o facto de eu ter passado muito tempo na cama para se enroscar em mim. 

Esta corre o risco de ser a minha fotografia favorita. Quem tem gatos bem sabe o inferno que é conseguir fazer uma cama de lavado, uma operação teoricamente simples transforma-se num jogo de escondidas de fazer perder a paciência a um santo. Previa eu que, ao levantar o colchão para tirar lençóis e fronhas do gavetão, Agripininha saltasse para o chão. Correu-me mal. Veio por aí acima e instalou-se a um canto, qual alpinista triunfante. Só falta ali uma bandeirinha espetada a reclamar a possessão, coisa para as mãos prendadas da Luna com o Paint.

«Playing Solitaire till dawn,
With a deck of fifty one,
Smoking cigarettes 
And watching Captain Kangaroo,
Now don't tell me
I've nothing to do.»

Uma Agripininha solidária consulta as condições atmosféricas em Leiden.

As restantes são variações do mesmo tema. Tenho centenas. A única constante é mesmo a adorável tonteira dela.














sábado, 18 de fevereiro de 2012

Problemas alimentares

Messy nunca se interessou pela minha comida, a não ser que houvesse fiambre pelo meio. Agri nunca se interessou pela minha comida, a menos que tivesse alguma coisa que ver com fiambre. Já Drusi é um enorme problema. Drusilla não é uma gatinha nada blasée, TUDO lhe interessa. Especialmente a minha comida, que nem precisa de ter fiambre.

A coisa seria muito cómica se não fosse tão exasperante. Tenho de me esgueirar como uma proscrita para conseguir comer em sossego. Vejamos o caso de um simples iogurte, como foi esta manhã- Drusi estava na marquise, beatificamente adormecida em cima da máquina de lavar roupa a gozar o belo sol. Fui ao frigorífico, tirei um iogurte com mil cautelas, escapei-me pé ante pé para o escritório e sentei-me frente ao computador. Pois senhores, mal comecei (com todo o cuidado e o menor ruído possível) a puxar a tampa de alumínio, eis que oiço um salto para o chão, logo seguido de um galope entusiástico (que associo sempre à música de abertura do Bonanza da minha infância) e de uma gata abelhuda com ouvidos de tísica a tentar apossar-se do meu iogurte. Primeiro salta-me para o colo, o nariz a tentar enfiar-se na embalagem. Pego nela e ponho-a no chão, coisa que não me serve de nada. No instante seguinte está em cima da secretária, um mero salto que lhe custa menos do que a mim dizer ai, tenta nova abordagem, tenta aceder ao objecto momentâneo do seu desejo por todas as formas. E acreditem que tenta todas. A coisa acaba comigo derrotada, invariavelmente a dar-lhe a cheirar e a provar um pouco do que estou a comer. E a pôr uma porta fechada a separar-nos, caso continue interessada, o que quase nunca acontece.

Mas a curiosidade dela é insaciável, e isto vale para tudo. Esta tarde foi com queijo de cabra fresco. Perdi a paciência, tão insistente ela era nas sucessivas maneiras de tentar chegar-lhe. Porta fechada, Drusi do outro lado e eu finalmente em sossego. Agri continuava a dormir placidamente na sua caminha, sem levantar sequer a cabeça.

Como não tenho a música no computador e a maior parte nem sequer a conhece, fiquem com a abertura da série, que quase todos são demasiado novos para conhecer. Eu própria tinha uns cinco ou seis anos, já nem sei bem. E imaginem Drusi a galopar ao som dela, é como aquela corrida entusiasmada para o que eu estiver a tentar comer me soa sempre.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Diva Drusilla, a plagiadora

Ontem acordei com um barulho estranho, que parecia vir algures de cima. E dei com Drusi em equilíbrio precário em cima da porta do quarto. Percebi logo que andava a ler o blogue do Van Dog às escondidas e que tinha resolvido imitar o Bijagó.

As fotografias, feitas à pressa, ficaram esta lástima que se vê (ainda era noite cerrada e eu estava meio estremunhada). Mas entretanto a pequena já repetiu mais vezes a graça, pelo que espero conseguir algumas decentes.



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Love hurts

Era o destino. Contei aqui a compra destas sandálias, e a profunda desconfiança que me inspiraram.

Desconfiança tão grande que, compradas há mais de dois anos, só ontem me resolvi a calçá-las pela primeira vez. Já um bocadinho atrasada para ir para a inauguração da exposição da Nusha, a Madalena à minha espera, quase pronta, só faltava pôr brincos, Agripininha atravessa-se-me à frente no corredor. Não houve como não a pisar.

Um grito, um bufar danado, e os dentes fincados com todo o gosto na minha perna esquerda nua. Duas feridas das quais o sangue não parava de correr e as sandálias, que já não voltarão a ver a luz do dia, lixadas para todo o sempre (são de camurça). Meia hora na casa de banho, muito papel higiénico a tentar estancar o sangue — nota mental: comprar aquele lápis que os homens usam para os cortes do barbear. Finalmente a coisa lá parou.

Hoje tenho a perna, que me dói bastante, toda besuntada de Bacitracina. Coitadinha, ela não fez por mal, nem sequer lhe ralhei. Mas era escusado ser tão bruta, ninguém me manda ter um pequeno lince da Sibéria em casa. Quanto às sandálias, paz às sua almas (aqui com toda a propriedade), estava mesmo escrito que nunca havia de calçá-las.

terça-feira, 24 de maio de 2011

O princípio

Em Setembro de 2002 decidi que estava na altura de encontrar uma companhia para Messy, que passava demasiadas horas sozinha. Cortava-me o coração quando, ao virar a esquina da rua para voltar a casa, a via à janela, um arzinho melancólico que fazia dó. Mal avistava o meu carro saltava imediatamente para o chão e corria para a porta, para me receber.

Telefonei para o veterinário, a perguntar se sabiam de ninhadas recentes para adopção. Nada. Telefonei para a União Zoófila. Idem. E depois fui à Arca de Noé, um fórum de amigos dos animais no qual já tinha feito dois bons amigos. Procurei os anúncios para adopção e deparei com esta beldade.


O click foi imediato. Ver e amar foram obra de um segundo, todo o coração me fugiu logo para ela. Telefonei imediatamente à pessoa que punha o anúncio e respirei de alívio por saber que ela ainda não tinha sido adoptada. Tinha-lhe aparecido no quintal, não percebia como, e não poderia conservá-la muito mais tempo, por causa dos cães.

O senhor morava na Av. da Igreja e combinámos encontrar-nos nessa mesma noite, depois do jantar, hora a que ele estaria livre. Calhava lindamente, já tinha combinado jantar com o Vítor, cuja casa era pertíssimo.

Foi assim que ele ma trouxe, nesta caixa de sapatos, este bebé minúsculo, um besnico adorável.
Percebi que a sua família de acolhimento temporário a tinha tratado muitíssimo bem, tanto que até lhe tinham feito várias fotografias, que me foram enviadas no dia seguinte.

Para terem ideia de quão pequenina era, basta contar-vos que passei o volante ao Vítor para poder ir com ela ao colo e ela, a trepar por mim acima e a enroscar-se-me no pescoço, acabou por enfiar a cabecinha numa das minhas argolas (que eram bastante grandes), em jeito de gargantilha.


Quem a viu e quem a vê! Hoje é esta gigantone.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Agripina's chewing problem

Agri sempre teve, desde a mais tenra infância, uma tremenda e incompreensível compulsão para roer coisas. Continua assim ainda hoje, quase nove anos depois. Daí que eu sempre tenha dito que Agri has a chewing problem. Se estou a fazer-lhe festas é certo e sabido que em pouco tempo estará a tentar roer-me a mão (roer é diferente de morder, hem?). A única excepção é à noite, quando vem enroscar-se em mim na cama, para dormir. Aí desata a ronronar tão alto que mais parece o motor de um camião TIR.

Aqui fica uma eloquente sequência de imagens dela, minúscula, não devia ter mais de quatro meses.


Lá atrás, a inesquecível Messy, sempre maternal.
Agri está cabisbaixa, profundamente entediada. 


Ora vejamos... Que poderá Agri estragar?
Messy, como sempre, tem o seu ar digno, institucional, vitoriano.


Ahhhhhhh! Uma ideia! Let's roll!



E haverá coisa mais apetitosa para roer do que uma moldura de estanho? 
Sim, leram bem. De estanho.
Notem também a elegância de bailarina com que passou entre o candeeiro
 e as outras duas molduras sem derrubar nada.

Missão cumprida! Moldura derrotada e já por terra. Messy com ar reprovador.
E notem o ar de inocência ofendida de Agri. «Who, me? I didn'd do it!»


quarta-feira, 16 de março de 2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Dois anos

Poucas horas depois da minha chegada de Cracóvia e de Auschwitz-Birkenau, Messy partiu docemente. No meu colo, comigo a sussurrar-lhe palavras ternas alternadas com uma súplica desesperada: «Fica comigo, por favor!» Inútil. O corpo pequenino de enorme coração estava cansado, não aguentou mais. Mas ainda arranjou forças para levantar a cabecinha sedosa  e para me mordiscar meigamente a ponta do nariz, um gesto de amor muito dela. And then Messy was no more. A 27 de Janeiro, data do nascimento de Mozart, o meu tão amado Mozart.

Na manhã seguinte cheguei mais tarde ao gabinete, havia que dispor daquele corpinho que a alma tinha abandonado. Quando, um pouco depois, entrei no gabinete em frente, uma das colegas, só de olhar para mim, perguntou imediatamente o que se passava. Disse sumidamente que Messy tinha morrido nessa noite. A outra, para quem tenho vários nomes jocosos, sendo Madame Je Sais Tout o mais suave, estava de pé, de costas para a secretária, virada para a impressora, a betumar as trombas (não sei se estava a pôr blush, ou rímel, ou o que fosse, e pouco importa). Nem se virou, não teve uma palavra frouxa, um olhar compassivo. Até poderia ser de uma falsidade tremenda (e seria, sim), mas teria sido pelo menos delicado. E eu, que sou provavelmente a menos rancorosa das criaturas à face da terra, nunca esquecerei o estremecimento de horror perante tal atitude. Toda a gente no Colosso sabe do meu amor por animais em geral e pelas minhas gatas em particular, as fotografias em cima da secretária são testemunho eloquente .Àquela, meus amigos, bem pode morrer a família inteira e por atacado que eu não contribuirei com um cêntimo que seja para uma coroa de flores colectiva.

Messy, muito provavelmente, discordaria deste meu rigor, talvez até mo censurasse. Mas acontece que eu não tenho a enorme bondade de Messy.

Messy é irrepetível. And Messy is no more.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Diva Drusilla (ano novo, nome novo)

É isso mesmo, meus amigos. No primeiro dia do ano decidi mudar oficialmente o nome de Drusi. Tenho vindo a assistir maravilhada à forma como cresce em graciosidade, elegância e beleza. Ao porte aristocrático que qualquer gato tem, mesmo o mais rufia dos gatos sem eira nem beira, e que nos siameses é ainda mais acentuado, junta uma meiguice e uma alegria travessa de nos derreter o coração. Posso contar-vos que, enquanto escrevo isto, estou toda chegada para o lado direito da cadeira, porque ela adora instalar-se a dormir a meu lado quando estou ao computador. Só não a fotografo porque me esqueci do telemóvel no Colosso e porque a máquina está sem pilhas (além de que detestaria incomodá-la, claro), mas ocasiões não faltarão.

Seguindo as pisadas da sua homónima da História, passa de Júlia Drusila a Diva Drusilla, novo nome que o mano Calígula, essa jóia de rapaz, lhe deu depois de a ter feito deificar pelo Senado. O l dobrado é tonteira absoluta, é só para lhe dar um ar mais chic. Sabemos que a pureza da sua raça siamesa é discutível, muito discutível, queremos que a princesinha esqueça os tempos duros em que foi encontrada abandonada em Aveiro, isso já lá vai. Long live Diva Drusilla!


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

I ♥ Raboso


I ♥ Patosas

Drusila numa animada sessão de brincadeira.

I ♥ Drusila

Para quem não me acompanha no Facebook, onde tenho já muitos retratos dela, aqui  fica uma imagem da minha princesinha de contos de fadas. Uma beldade, não é? Avassaladoramente bonita. E senhora de uma personalidade adorável, meiga e risonha. A sunny nature. Siamesa, pronto (mesmo apesar das misturas). Uma digna continuadora da inesquecível Messy, que a teria adoptado em três tempos. Imagens do imponente raboso ficam para outro dia, estou exausta. O dia de trabalho foi muito duro, umas boas treze horas.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A Little Night Mozart

Preciso de Mozart, que para guerra já me chega a guerra felina doméstica em curso e que não promete tréguas para tão cedo, como bem atestam as duas feridas de hoje na minha perna esquerda — Agri continua de uma hostilidade feroz à pequenina, e quem sofre sou eu. Como tal, a guerra blogosférica instalada em redor do nascimento de uma criança já me saturou por completo. E também sei que daqui a dois ou três dias haverá novo motivo de agitação e interesse, porque nada é mais antigo do que o jornal do dia anterior, o que é mais uma razão para me alhear do assunto e mergulhar em Mozart e neste concerto que foi o segundo disco que comprei, nos meus já muito distantes 12 anos (não era esta gravação, esta é a última que me chegou, e que parece encantar Drusila, gatinha de gosto musical precocemente refinado).

No meio de todo este sururu (e só o vi em dois ou três blogues, não leio assim tantos, aposto que estará em muitos mais) o que me surpreende mais é a incapacidade que cada pessoa parece ter de perceber o pensamento alheio. E só encontrei uma pessoa que pense sobre o assunto exacta e decalcadamente o que eu penso: a Luna

Cada um de nós decide o grau de exposição que quer ter no blogue, quantas intimidades quer contar. Não questiono e respeito, até porque não me diz respeito. Quando entrei para a blogosfera, fez agora quatro anos (há dois dias, para ser mais exacta), estavam na moda os blogues de cariz sexual, em que se contava, com mais ou menos verdade, com maior ou menor dose de embelezamento (leia-se invenção) momentos tórridos e íntimos. Alguns desses blogues até deram livros. Nunca li nenhum, da mesma maneira que apenas deitei  uma olhadela distraída aos próprios blogues, quando mos indicaram. A questão não é essa. E é nisso que me parece que só eu e a Luna concordamos: temos vida para além do blogue, por mais que gostemos dele. E, francamente, há alturas em que estou demasiado ocupada a viver para me lembrar de que tenho um blogue. Pode ser num mero jantar com amigos, pode ser numas férias. E não agendo posts, que a escrita para mim é coisa que tem de ser espontânea, não importa quão frívolo ou tonto possa ser o assunto. Escrever, para mim, tem de ser um impulso, nunca uma tarefa. Mas isto sou eu, claro, e não tem de valer para mais ninguém. 

Maria João Pires, Claudio Abbado,  The Chamber Orchestra of Europe

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Pretty in Pink

It goes without saying. Estou perdidamente apaixonada por Drusila, a minha doce princesinha de olhos azuis e personalidade terna. Posso já afiançar que em adulta vai ter uma cauda imponente, de autêntica raposa, tão farfalhuda é já (não esqueçamos que ainda é apenas uma bebé).

Ainda havemos de ser muito felizes as três. Até lá, continuo com o Betadine e a Bacitricina (e uma mão direita muito atrapalhada, de momento). Agripininha não faz por mal, isto há-de ir lá com o tempo. Um tempo que se deseja o mais breve possível.

Banda sonora: Gilbert & Sullivan: Three Little Maids From School Are We (The Mikado)

domingo, 5 de setembro de 2010

E assim vai a vida

Era suposto estar agora de férias no Algarve, férias muito apetecidas e muito merecidas, férias canceladas por uma tragédia felina em demasiados actos a acontecer aqui em casa — Agripininha é neste momento uma gatinha revoltada e quase perigosa; ontem, se não me tivesse socorrido da coisa mais próxima à mão para proteger Drusi, pequenina e frágil, o toalhão de banho, acho que teria mesmo ido parar ao hospital, a minha mão direita pingava sangue para o chão (não falemos nas coxas). O meu incurável optimismo diz-me que isto acaba por se resolver, mas era bom que fosse depressa, e sem mais lesões físicas para mim.

Não me apetece entrar agora em mais pormenores deste drama que está a revelar-se tão difícil de gerir, e não quero desencorajar quem tem um gato de adoptar um segundo: acreditem, é a escolha certa, mesmo que leve tempo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Catfight: an update

Progressos? Nenhuns. Drusi (linda como os amores, não acham?) tem agora outro poiso favorito, a impressora — que, não poucas vezes, acaba por ligar involuntariamente.

Agri mantém-se vigilante, anda sempre atenta às movimentações da pequenina, e a mim nasceu-me um quinto membro, a mantinha da American Airlines, que se tornou uma extensão do braço direito, não vá ter de intervir. Nunca aconteceu. Agri ameaça muito, mas não concretiza, o que me faz suspeitar de que toda esta zanga é uma manifestação de territorialidade.

Amostra de cenas que se repetem incontáveis vezes, diariamente:

Vejam a valentia de Drusi, inchada quase para o dobro do seu tamanho real, a fazer frente a esta gigantone.

Estuda-se a adversária...

Territorialidade pura

O triunfo de Agri

Tudo me leva a crer que continuará a ser assim por tempo indeterminado. Até ao dia em que se produzir o milagre.