Vergonha alheia
Sarah Ferguson, que não é duquesa de York, mas sim Sarah, duquesa de
York (há uma enorme diferença, perdeu o título de alteza real), só
continua na órbita da família real, para seu desespero sempre renovado,
porque é mãe de duas netas da rainha, de outro modo há muito teria
levado um valente chuto no rabo avantajado ao qual não há Weight
Watchers que valham. Isto porque Sarah Ferguson anda há mais de 25 anos a envergonhar a família real britânica e parece que nunca aprende.
Agora é uma série em seis episódios chamada Finding Sarah, que começou a ser transmitida no Biography no sábado. Na busca do seu verdadeiro eu (na verdade é em busca de uns dinheiros, de que parece estar sempre precisada, mas vamos fingir que acreditamos), Sarah Ferguson foi-me fazendo deslizar mais e mais almofada abaixo, sintoma inequívoco de vergonha alheia. Até a uma intervenção do nosso Dr. Phil se submete. E ele ralha com ela, trata-a maldosamente como se ela fosse uma miúda de oito anos e não uma mulher de 51. E ela ali muito dócil, a balir como um cordeirinho e a enxugar os olhos chorosos como convinha. Que vergonha! Pobres filhas! Pobre ex-marido, que ainda há menos de um ano lhe pagou todas as dívidas, depois do tremendo escândalo que foi a sua tentativa de vender por 600 mil libras a um xeque inventado a sua influência junto dele! E pobre rainha, que nunca tem sossego e a quem esta criatura nunca pára de arranjar novas dores de cabeça!
Ao longo dos anos foram tantas as histórias que já lhes perdemos a conta. Logo ao fim do primeiro ano de casamento os jornais já a tinham na conta de parasita e davam~lhe nomes tão pouco simpáticos como Duchess of Do Little (120 dias de férias, 55 funções oficiais contra 400 e muitas da princesa Ana). Não demorou muito até começarem a espalhar-se histórias dos seus comportamentos pouco dignos para qualquer senhora, mais indignos ainda quando se é casada com o segundo filho da rainha. E sempre, sempre, o espírito de parasita: aceitar bilhetes de primeira classe em aviões, suites de hotel, etc. (ainda há poucos meses, logo a seguir ao casamento real, e porque a irmã tinha aceitado convites para a abertura de Roland Garros, a duquesa de Cambridge foi advertida de que tal não deveria repetir-se), esperar que os costureiros lhe oferecessem roupa (tarefa ingrata, Yves Saint-Laurent ainda foi na conversa, os britânicos mandaram-na dar uma curva). Conta o pessoal de Highgrove, casa de campo do príncipe de Gales, à época ainda a viver com a princesa Diana, que quando a ruiva Sarah chegava para passar o fim-de-semana levava toda a roupa para lavar e passar, além de se abastecer liberalmente do papel timbrado da casa à disposição no quarto de hóspedes e ainda pedir mais.
Devo dizer que não vi o programa todo, dormitei pelo meio, mas estou curiosa quanto aos próximos episódios.
Agora é uma série em seis episódios chamada Finding Sarah, que começou a ser transmitida no Biography no sábado. Na busca do seu verdadeiro eu (na verdade é em busca de uns dinheiros, de que parece estar sempre precisada, mas vamos fingir que acreditamos), Sarah Ferguson foi-me fazendo deslizar mais e mais almofada abaixo, sintoma inequívoco de vergonha alheia. Até a uma intervenção do nosso Dr. Phil se submete. E ele ralha com ela, trata-a maldosamente como se ela fosse uma miúda de oito anos e não uma mulher de 51. E ela ali muito dócil, a balir como um cordeirinho e a enxugar os olhos chorosos como convinha. Que vergonha! Pobres filhas! Pobre ex-marido, que ainda há menos de um ano lhe pagou todas as dívidas, depois do tremendo escândalo que foi a sua tentativa de vender por 600 mil libras a um xeque inventado a sua influência junto dele! E pobre rainha, que nunca tem sossego e a quem esta criatura nunca pára de arranjar novas dores de cabeça!
Ao longo dos anos foram tantas as histórias que já lhes perdemos a conta. Logo ao fim do primeiro ano de casamento os jornais já a tinham na conta de parasita e davam~lhe nomes tão pouco simpáticos como Duchess of Do Little (120 dias de férias, 55 funções oficiais contra 400 e muitas da princesa Ana). Não demorou muito até começarem a espalhar-se histórias dos seus comportamentos pouco dignos para qualquer senhora, mais indignos ainda quando se é casada com o segundo filho da rainha. E sempre, sempre, o espírito de parasita: aceitar bilhetes de primeira classe em aviões, suites de hotel, etc. (ainda há poucos meses, logo a seguir ao casamento real, e porque a irmã tinha aceitado convites para a abertura de Roland Garros, a duquesa de Cambridge foi advertida de que tal não deveria repetir-se), esperar que os costureiros lhe oferecessem roupa (tarefa ingrata, Yves Saint-Laurent ainda foi na conversa, os britânicos mandaram-na dar uma curva). Conta o pessoal de Highgrove, casa de campo do príncipe de Gales, à época ainda a viver com a princesa Diana, que quando a ruiva Sarah chegava para passar o fim-de-semana levava toda a roupa para lavar e passar, além de se abastecer liberalmente do papel timbrado da casa à disposição no quarto de hóspedes e ainda pedir mais.
Devo dizer que não vi o programa todo, dormitei pelo meio, mas estou curiosa quanto aos próximos episódios.
Os príncipes casaram todos muito mal, exceptuando o homos....o mais novo.
ResponderEliminarPeço desculpa se vou ofender alguém, mas o Carlos casou-me muito mal, muito mal mesmo. Alguém consegue imaginar a Diana como Rainha da Inglaterra???
Sem dúvida alguma que é a típica senhora mal formada. O palminho de cara ajudou-a a engatar o príncipe mas nunca perdeu a pinta de brejeira.
ResponderEliminarLamentável.
ResponderEliminarPedro,
ResponderEliminarNunca consegui imaginá-la como rainha, confesso. Aquela mulher tinha um caso de amor obsessivo com o espelho e com a sua imagem. Muito provavelmente, se não fosse por causa de Camilla, o casamento teria sempre fracassado pelas incompatibilidades dela com o marido. Ele gostava de ler filósofos, ela adorava Barbara Cartland na adolescência e Danielle Steel em adulta (está tudo dito, não?, ele gostava de música clássica, ela de Duran Duran - lembro-me de a ver a cabecear de sono num concerto em que se tocavam As Quatro Estações de Vivaldi. Básico mais básico não pode haver.
S*,
Um dos problemas dela (como foi também, em parte, de Diana) foi só querer as vantagens de casar com um príncipe, borrifando-se para as obrigações.
Sissi,
Uma lástima, sim.
Grande parte do problema é que eles casaram muito novos. Diana casou com quê? 18 anos? Sinceramente, apesar de terem sido educados para isso mesmo, é difícil pensar que aos 18 se possa ter maturidade para desempenhar o papel que se espera que a realeza desempenhe.
ResponderEliminarAcrece que aquilo que relevamos aos 18, numa cara bonita, deixa de ter graça aos 40 ou 50, quando passa a ser apenas falta de educação e de savoir faire.
De acordo quanto a Diana, nesse aspecto. Casou com 19 anos acabados de fazer. Já Sarah Ferguson tinha quase 27 e era muito, mesmo muito vivida.
ResponderEliminaro programa dela surgiu através de um desafio da Oprah e para integrar a programação do seu novo canal de tv. fiquei um pouco desiludida com essa opção da Oprah e sobretudo da sua insistência neste tema que, inclusivamente, ocupou um dos episódios finais do seu programa. a ida ao dr. Phil, por exemplo, foi também uma "imposição" da Oprah.
ResponderEliminarah...na escrita recreativa só muito raramente uso a maiúscula no início da frase, tenha paciência, estes privilégios das letras que iniciam frases incomodam-me um pouco ;-)
Sarah lembra-me um pouco Stephanie, embora em moldes completamente diferentes. A ambas puxa o pé para o chinelo e quando isso acontece não há mesmo nada a fazer.
ResponderEliminarSe formos a comparar agora com a Kate Middleton, talvez pela diferença etária, é uma diferença abissal.
ResponderEliminarNa Kate já se consegue facilmente imaginar uma futura rainha, aliás não foi por acaso que a Rainha fez recentemente um "programa" com ela e com a Camilla.
Tinha visto a apresentação da série, mas acabei por me esquecer. Fico muito curiosa, contudo. Nunca gostei muito da Duquesa de Pork, sempre a achei meio boçal. Não estou portanto surpreendida com o que contas, até porque o ser humano tem uma grande capacidade de exposição ao ridículo quando o all mighty dollar é metido ao barulho.
ResponderEliminarSó tenho um 'piqueno'protesto a fazer, antes de ir: Duran Duran (a fase dos oitenta, claro) e Vivaldi não são mutualmente exclusivos ;)
Bjs
SS,
ResponderEliminarLembro-me desse episódio da Oprah, de que vi menos de metade. Mas não podemos esquecer-nos do fascínio que ela tem por celebridades, é mais forte do que ela.
Quanto às maiúsculas, ou à ausência delas, discordamos alegremente. Acho horrível e daí não arredo pé. :)
Stiletto,
Até há semelhanças, sim. Mas o pior são as diferenças. Stéphanie é princesa de um país de opereta, mas quando a coisa dá para o torto tem o belo dinheirinho da família a apoiá-la, mesmo que até vá viver com um circo, como chegou a acontecer. A irmã (a quem ela chama Son Hautesse Snobissime), diga-se de passagem, também não deu grandes exemplos. Fotografias em topless, namoros escandalosos, casou grávida por duas vezes.
Já Fergie é uma plebeia arruaceira e sem tino que casou com um filho da rainha de Inglaterra, e quando a coisa dá para o torto trabalha sem arame. E depois faz figuras destas.
Pedro, nem há comparação.
ResponderEliminarEm todos os anos que Kate esteve com o príncipe antes de casar foi sempre de uma discrição exemplar.
Safira,
Meio boçal? Só meio? :)
Claro que não se excluem (apesar de eu nunca ter gostado dos Duran Duran), um dos problemas dela que sempre a opuseram ao príncipe foi a sua total ignorância em matéria de assuntos que fossem para além da moda e pouco mais.