domingo, 4 de outubro de 2009

Coisas do Facebook

Nem sempre tenho muita paciência para lá ir, é verdade. Nem tempo. É certo que até dá jeito para combinar qualquer coisa em cima da hora, para trocar duas larachas com os amigos, para saber o que cada um anda a fazer. É certo que às vezes até dá para descomprimir um bocadinho.

Foi o caso de quinta-feira passada.

Nunca vos falei do tormento que passo com o meu computador no Colosso, uma coisa pré-jurássica que me mói o juízo. Um exemplo: chega-me por e-mail um diploma legal para rever antes de ir para assinatura. Coisa simples, um documento de duas páginas em Word. Bom, primeiro que eu consiga abrir o raio do documento é obra. Depois dou com o primeiro erro, ou a primeira gralha, e vou corrigir. Ponho o cursor em cima... e fico melancolicamente a olhar para a ampulheta. Finco os cotovelos na secretária a rosnar, a ampulheta sempre no ecrã, sem nada acontecer. Outro exemplo: pedem-me uma chamada. Não sei o número de cor, obviamente, tenho de ir ao Outlook procurar a ficha respectiva. Pesquiso pelo apelido, carrego na tecla Enter... e fico novamente a olhar para o ecrã, sem que nada aconteça. Já a praguejar, e porque o telefonema é urgente, pego no telefone, que está sincronizado com o Outlook, e procuro lá (quem não tem cão caça com girafa). Pois, meus amigos, localizo o número, faço a chamada, a secretária passa-me a pessoa, eu passo-a a quem me pediu o telefonema e o meu ecrã sempre igual, a mastigar, a ruminar... De dar uivos, só vos digo!

Na quinta-feira passada estava tão exasperada com o raio do bicho que abri o Facebook e publiquei o seguinte desabafo:


Fechei aquilo e retomei o trabalho. À noite fui jantar com a Madalena e o jantar (jantarão!) prolongou-se até às três da manhã, que temos sempre assunto para conversa. Só na sexta-feira à noite, já em casa, reparei na fotografia que o João Pedro tinha posto na minha página do Facebook, em resposta ao meu queixume de que não tinha um computador, tinha uma torradeira, e que me fez soltar uma enorme gargalhada, tamanha a comicidade da imagem, tão bem ela descreve o chaço do meu desespero:

O João Pedro é um conhecimento virtual. Encontrámo-nos no YouTube, há mais de um ano, na caixa de comentários de um vídeo com o nosso bem-amado Hermann Prey, os dois a carpirmos a mágoa de continuar a não aparecer registo filmado do seu extraordinário Papageno. Passámos a trocar mensagens em privado, reencontrámo-nos no Facebook.

2 comentários:

  1. Minha querida, ainda agora te deixei lá um comentário (no FB). Isto porque nas tuas partilhas nos dás verdadeiras pérolas! Um beijinho grande!

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