Coisas do Facebook
Nem sempre tenho muita paciência para lá ir, é verdade. Nem tempo. É certo que até dá jeito para combinar qualquer coisa em cima da hora, para trocar duas larachas com os amigos, para saber o que cada um anda a fazer. É certo que às vezes até dá para descomprimir um bocadinho.
Foi o caso de quinta-feira passada.
Nunca vos falei do tormento que passo com o meu computador no Colosso, uma coisa pré-jurássica que me mói o juízo. Um exemplo: chega-me por e-mail um diploma legal para rever antes de ir para assinatura. Coisa simples, um documento de duas páginas em Word. Bom, primeiro que eu consiga abrir o raio do documento é obra. Depois dou com o primeiro erro, ou a primeira gralha, e vou corrigir. Ponho o cursor em cima... e fico melancolicamente a olhar para a ampulheta. Finco os cotovelos na secretária a rosnar, a ampulheta sempre no ecrã, sem nada acontecer. Outro exemplo: pedem-me uma chamada. Não sei o número de cor, obviamente, tenho de ir ao Outlook procurar a ficha respectiva. Pesquiso pelo apelido, carrego na tecla Enter... e fico novamente a olhar para o ecrã, sem que nada aconteça. Já a praguejar, e porque o telefonema é urgente, pego no telefone, que está sincronizado com o Outlook, e procuro lá (quem não tem cão caça com girafa). Pois, meus amigos, localizo o número, faço a chamada, a secretária passa-me a pessoa, eu passo-a a quem me pediu o telefonema e o meu ecrã sempre igual, a mastigar, a ruminar... De dar uivos, só vos digo!
Na quinta-feira passada estava tão exasperada com o raio do bicho que abri o Facebook e publiquei o seguinte desabafo:
Fechei aquilo e retomei o trabalho. À noite fui jantar com a Madalena e o jantar (jantarão!) prolongou-se até às três da manhã, que temos sempre assunto para conversa. Só na sexta-feira à noite, já em casa, reparei na fotografia que o João Pedro tinha posto na minha página do Facebook, em resposta ao meu queixume de que não tinha um computador, tinha uma torradeira, e que me fez soltar uma enorme gargalhada, tamanha a comicidade da imagem, tão bem ela descreve o chaço do meu desespero:
O João Pedro é um conhecimento virtual. Encontrámo-nos no YouTube, há mais de um ano, na caixa de comentários de um vídeo com o nosso bem-amado Hermann Prey, os dois a carpirmos a mágoa de continuar a não aparecer registo filmado do seu extraordinário Papageno. Passámos a trocar mensagens em privado, reencontrámo-nos no Facebook.
Minha querida, ainda agora te deixei lá um comentário (no FB). Isto porque nas tuas partilhas nos dás verdadeiras pérolas! Um beijinho grande!
ResponderEliminarAna,
ResponderEliminarJá te respondi lá :)
Grande beijinho.