Eu, Cláudio

E falar na Roma dos Césares sem referir os dois apaixonantes romances de Robert Graves, Eu, Cláudio e Cláudio e Messalina (a quem os terei emprestado, que nunca voltaram?), é quase impossível. Tão impossível como não referir a extraordinária série de televisão que a BBC realizou em 1976 e que passou em Portugal em 1978, estava eu no primeiro ano da faculdade.
A série é uma autêntica obra-prima. A fidelíssima adaptação do texto de Robert Graves, servida por grandes vultos do Teatro como Derek Jacobi (Cláudio), John Hurt (Calígula), Patrick Stewart (Sejano), Siân Philips (Lívia) ou Brian Blessed (Augusto), ganhou muito com o exíguo orçamento de que dispunha. Aquilo que era à partida uma desvantagem acabaria por redundar num enorme trunfo. É uma produção quase teatral, de cenários modestos, exteriores de estúdio, toda a ênfase posta nos diálogos brilhantes e nos desempenhos de actores fora de série.

A quem não viu, recomendo vivamente. Na Fnac, para variar, não está disponível (esteve em tempos, a minha edição é portuguesa e tem uns seis anos). Mas existe na Amazon, claro.
Só falta interessar-se pelo século XIX... não me diga que as crinolinas lhe são indiferentes?!? ;)
ResponderEliminarBendita Amazon... Desde que a descobri, não quero outra coisa. E é com um desdém delicioso que olho hoje para a pobre Fnac. E sorrio por dentro.
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