segunda-feira, 16 de março de 2009

Childhood revisited

Há dias apareceu-me um comentador novo no Beatles Forever! Também ele fã incondicional dos Beatles, dava-me os parabéns pelo blóguio, que tinha acabado de descobrir. Nesse mesmo dia divulgou-o no seu, expressivamente chamado Ié-Ié. A essa hora, claro, já eu andava a investigá-lo, aos pulinhos de alegria com as coisas que por lá ia encontrando.

Graças ao Luís, pude finalmente deitar as unhas a coisas que há muitos anos perseguia, que a colecção dele é uma autêntica caverna de Ali Babá. Foi assim que já pude apresentar-vos as últimas jóias da Câmara dos Horrores (gostaram, não é verdade?), foi assim que, depois de lhe ter enviado uma lista com alguns títulos que tenho em falta, ontem à noite recebi isto que agora ouvem: O Menino, da Filarmónica Fraude.

Notem que eu não sabia o título da música nem quem a cantava: sabia apenas a letra. Era coisa que não ouvia há seguramente uns 40 anos. O Luís envia-ma, manifestando a sua estranheza por eu não conhecer a Filarmónica Fraude. O Luís não pensou que em 1969, ano dos dois EP e do único LP lançados pelo grupo, que se dissolveu logo a seguir, eu tinha (até 27 de Agosto)... OITO anos.

Perdi a conta ao número de vezes que, entre ontem e hoje, já ouvi esta música, com um sorriso enternecido, num encantamento sempre renovado e nunca esgotado. Acho que nem consigo sequer ter distanciamento e objectividade suficientes para avaliar a sua real qualidade, de tal modo ela me faz recuar no tempo e me transporta a dias muito, muito longínquos, e a uma velha telefonia Philips. Só quem tiver pela Música uma paixão semelhante à minha poderá compreender.

O ti-ti-ti-ti-ti-ti-ti final faz-me sorrir ainda mais, tanto me lembra o Holiday dos Bee Gees.

Aznavour cantava que «on a souvent besoin d'un bain d'adolescence». E de infância também, acrescento eu.

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