sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

All's well... what begins well

Não posso querer melhor augúrio: um ano começado comigo a rir como uma doida só pode correr bem e ser um grande ano.

Na noite de Ano Novo (gosto mais de lhe chamar noite de S. Silvestre, e também gosto muito dos nomes castelhanos para ela e para a noite de Natal, noche vieja e noche buena, que acho lindos) liguei a televisão à meia-noite e tal. Parei logo no segundo canal por que passei, a RTP 2. No instante em que a imagem apareceu, um cavaleiro solitário a galope, reconheci imediatamente o filme, e já não arredei pé.

Era Blazing Saddles — em Portugal Balbúrdia no Oeste, em Espanha Sillas de Montar Calientes, tradução sem dúvida mais adequada, mas a ficar um bocadinho suspeita quanto ao conteúdo —, de Mel Brooks. Uma comédia delirante, que tinha visto uma única vez, aos 14 anos, no Apolo 70 (ainda tem cinema?), mas da qual lembrava com nitidez absoluta imensas cena e imensos gags.

Um filme hilariante, em que destaco a participação da extraordinária Madeline Kahn, de quem já falei aqui, tão notável actriz dramática como comediante, como Teutonic Titwillow (nas legendas do Apolo 70 era mesmo, com todas as letras, a Puta Teutónica, nome que me dá uma irresistível vontade de rir).

Blazing Saddles ficou em sexto lugar na lista das cem melhores comédias de sempre do American Film Institute. É preciso dizer mais alguma coisa?

P.S. Aviso: o filme é de uma incorrecção política total (o conceito ainda não existia, à época); a personagem principal é o novo xerife que chega à cidade, como em incontáveis novelas do velho Oeste. O xerife é preto. Já nem menciono os índios, que falam... yiddish! Mas são os brancos que são impiedosamente troçados, como podem, aliás, ver na cena de abertura, que é uma boa amostra do que vem pela frente.

O trailer do filme



A magistral cena de abertura (pelas minhas contas, devo ter perdido uns vinte minutos de filme)




6 comentários:

  1. Engraçado, também gosto mais dos termos espanhóis, haja alguém que partilha desta opinião!Aliás, prefiro os villancicos às tradicionais canções de Natal portuguesas...O Vitor não partilha deste gosto e leva o Natal a mandar-me parar de cantar. Nazi!
    beijo

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