sábado, 3 de maio de 2008

Baú das relíquias #6: Silence Is Golden

Este disco foi a segunda parte do presente de anos da querida Nita em 1986 — puxei pela memória e rendi-me à evidência, foi nos meus 26 anos que ela mo ofereceu.

Uma boa memória mais não é do que uma boa capacidade de associar ideias. Lembrava-me de que na Primavera de 1986, no restaurante do meu amigo Miguel Amaral nas Amoreiras, àquela hora em que, fregueses despachados, ficávamos alegremente à conversa, tinha ouvido esta música pela primeiríssima vez. Éramos bastantes, os sobreviventes de um grupo que tinha partilhado histórias quase surreais no The Great American Disaster. Assim de caras, aposto que nesse dia estávamos à mesa, além do Miguel, da então mulher, a João (Joãozinha, onde andas?! — até o teu blóguio, mesmo sendo estritamente familiar, está parado) e de mim, o Carlos S. (aqui o comentador A4, também sumido), o João P., o Zé P. (em anos idos e atribulados o mítico Zé Cow-boy das festas lisboetas), a Cristina P., irmã da João e, claro, a Nita. Nesse dia, quase vinte anos depois (o original dos Four Seasons, de 1964, não fez história — isto já é investigação minha —, esta versão dos Tremeloes é de 1967, o grande ano da música), ouvi este Silence Is Golden pela primeira vez, e fiquei deliciada. Pedi para porem várias vezes, queria saber quem cantava esta coisa tão querida.

Só a Nita sabia, e fez um brilharete: eram os Tremeloes. Calou-se muito caladinha e em Agosto, nos meus anos, no jantar na Gôndola (o dos 27 anos foi no Pap'Açorda e ela ofereceu-me A Corte do Norte, de Agustina Bessa-Luís), ofereceu-me o seu velho single, de quando tinha 14 anos, juntamente com Le Ruisseau de Mon Enfance, que já aqui pus.

Pergunta só para ela: olha lá, mula... nunca me falaste deste José Reis que tem o nome na capa! Quem era?! :)

Aqui fica também o videoclip. Atrevam-se lá a dizer na minha cara que não é uma perfeita ternura...



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