terça-feira, 11 de setembro de 2007

Seis anos

Não esquecemos. É impossível esquecer.

Há um ano, nesta mesma data, contei como passei esse dia de horror, contei como tinha sabido do que estava a acontecer em Nova Iorque, podem ler aqui.*

Pedia às muito poucas pessoas que sabiam da existência deste cantinho que partilhassem comigo as suas vivências desse dia.

Repito hoje o pedido. Tenho a certeza de que se lembram muito bem. Querem contar-me como tiveram conhecimento dos ataques ao World Trade Center? Eu gostava mesmo muito de saber.

Now Playing: American Tune - Simon & Garfunkel
(click to listen)


*
O post tem continuação, reparei agora, mas não consigo pôr o link. Se quiserem ver, é melhor clicarem na etiqueta, September 11.

21 comentários:

  1. Eu estava nesse mesmo dia em Liverpool.

    Passeava calmamente nas Albert Docks quando recebi um telefonema de Portugal, do meu irmão, que me dizia para ir ver a televisão porque Nova Iorque estava a ser atacada.

    Lá fui eu. Acho que nunca corri tanto.

    No hotel estava montada uma autêntica sala de cinema em frente à televisão.

    O pânico instalou-se, porque começou a constar que Londres também ia ser atacada. E eu em Inglaterra.

    Acabei por regressar nesse mesmo dia, depois de muitas notícias contraditórias sobre o voo.

    Posso viver uma eternidade, mas as sensações desse dia não se me apagarão da memória.

    Paz aos que foram nesse dia.

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  2. Eu tinha acabado de sair de um exame com mais duas colegas. O telefone de uma delas toca, era o namorado que lhe contava o que estava a suceder.
    Honestamente não acreditei! Ele passa a vida a gozar, pensei que estava a meter-se com ela...
    10 minutos depois, num sofa amarelo, em casa da minha tia em Lisboa ... vi que era verdade!
    Pena, revolta, angustia ... muitos sentimentos misturados ... as imagens que vi na televisão ficarão para sempre gravadas na memória!

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  3. Eu soube pela imagem a negro da televisão, quase em directo, com a mesma tristeza e preplexidade com que todos os dias, enquanto Humanidade ( e em directo ), banalizamos Setembro em todos os meses da nossa convivência. A todas as cores ( e credos )!

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  4. Voltarei para te comentar este com tempo. Beijo grande.

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  5. Olá Teresa,

    eu estava no CColombo e passei por uma loja de televisões, estava um monte de gente parada a olhar para uma e fui ver também. Inacreditável. Já não me lembro quanto tempo ficámos a olhar. Depois os telefones a tocar, enfim, o pânico.

    Beijinhos

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  6. Vivia em Madrid nessa altura.. estava em casa de Tv ligada e a princípio nem liguei, pensei que era um Filme!!!Qd me apercebi fiquei completamente aparvalhada e desatei a ligar pr toda a gente.. confesso q fiquei c receio de um ataque mundial e até queria voltar a Portugal, mas foi só momentâneo. Cancelei uma viagem a Londres, e acabei por lá ir apenas este ano.

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  7. Estava a trabalhar, um colega meu telefonou-me a avisar e como eu era dos poucos que tinha net no trabalho, juntou-se bastantes pessoas à volta do PC. Pouco mais se trabalhou nesse dia, e pouco se falou, também. Das coisas que mais me recordo foi de um tipo do FBI, após o embate do 2º avião, a comentar que suspeitavam que não teria sido um acidente...

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  8. Eu estava a trabalhar. Perto da 14.00h chegou o nosso director a dizer que tinha ouvido na rádio que estavam a atacar os EUA. Felizmente na nossa sala de reuniões havia uma TV e para lá fomos todos ver o que se estava a passar. Ao princípio fiquei sem reação, como se estivesse a ver um filme. Depois à noite a ver os noticiários e os vários testemunhos fartei-me de chorar...
    Jokas

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  9. Estava em Valongo (essa tão pouco bela localidade), chego ao escritório e a funcionária da Agência de Viagens que existia por baixo informa-me "já sabe que começou a guerra na América?" comecei a rir "ah deixe estar menina, eles dão-se mal com toda a gente" (eu a brincar, claro), ela: "não a sério, veja na televisão".

    Fui ver, claro, fiquei lá colada o dia todo, completamente incrédula!

    Correndo o risco de ser mal interpretada, sempre vou dizer uma coisa, acho um acto muito corajoso, alguém suicidar-se por um ideal! Mesmo não concordando nadinha com os motivos, não deixo de admirar a coragem!

    beijo d'enxofre

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  10. Estava em Vancouver, em casa de uns amigos. Havia obras no jardim. Quando acordámos fomos à janela e um homem das obras pergunta se já sabemos das notícias, que as torres gémeas de Nova Iorque tinham caido. Sem acreditar, abrimos a televisão. Lembro-me que a sensação era de que não podia ser real; tinha que ser um filme... Aí, toca a telefonar para Portugal - em tempo de tragédia todos querem saber como estão os que amam... E Vancouver ficou tão, tão calma que impressionava...
    (que belo texto - e fotografias - estão no post do ano passado.)

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  11. Estava em casa, a acabar de almoçar e como na minha sala de refeições a televisão nunca entrou, temos o hábito de tomar café numa saleta anexa onde há televisão, estava ligada e entrámos no preciso momento em que se dá o segundo embate, ainda hoje guardo a sensação estranha de que tudo se movia em câmara lenta à minha volta, tínhamos estado no WTC em Março desse ano.

    Tita

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  12. Querida, vim aqui responder decentemente como mereces. Mas a resposta ja estava tao cumprida que resolvi fazer dela um Post. Afinal, todos os anos me perguntam e vejo-me a repetir a historia, com mais ou menos pormenor. Um beijinho

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  13. Estava ainda em casa no meu quarto com a tv sintonizada na Sic notícias. Creio que me ia embora para a faculdade.
    Lembro-me que não quis acreditar r fiquei mudo e quedo.Lamentavelmente, nada mais me lembro desse dia...
    Creio que ainda hoje me custa a acreditar e sempre que vejo imagens, fico triste, com raiva e incrédulo.

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  14. Estava na cozinha. Lembro-me do Paulo Camacho dizer que tinha sido um acidente e logo a seguir o segundo embate abriu-nos os olhos. Chorei babas e ranho quando a torre caiu. Vi-a cair em directo. E só pedia para que a outra não tivesse o mesmo fim. E as pessoas a saltar. Há seis anos atrás eu ainda estava muito fragilizada, tu sabes porquê... e aquela tragédia fez-me chorar lágrimas que eu guardara durante muito tempo. Foi um mês complicado [eufemismo].

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  15. Nessa altura vivia em Bruxelas. Entrou alguém no meu escritório a perguntar se eu sabia o que se estava a passar ... tinha uma ar tão aterrorizado que por segundos, assustada mas sem perceber nada, pensei que fosse um terramoto, uma catástrofe natural ...depois percebi e senti um medo ainda mais terrível, petrificante .

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  16. Estava em casa a acabar de arrumar a cozinha, a tv estava ligada, mas nem lhe estava a dar muita importância, só quando ouvi que um avião tinha embatido no WTC, é que tomei atenção...

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  17. Estava em formação, e só soube do sucedido através de um telefonema que fiz à minha então mulher serma perto de onze da manhã. Quando me contou o que havia sucedido pensei que se tratava de uma piada de mau gosto qualquer, mas ela assegurou-me que não. O tom de voz dela, de medo, mas mais de incredulidade, foi provavelmente o mesmo que tinha na voz quando transmiti aos meus 17 colegas de sala o que havia acontecido. Foi um mau estar que durou dias, e a incredulidade dura até hoje...

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  18. Nesse dia tinha começado as aulas no 8º ano, era o dia da apresentação, em que vamos só conhecer a turma e o horário. Tinha ido de manhã à escola e regressei a casa no autocarro das 14h. Cheguei, preparei qualquer coisa para comer e liguei a televisão. Vi imagens do embate dos aviões e pensei "olha que giro, um filme a esta hora". Depois percebi que eram as noticias...

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  19. Teresa:

    Eu estava com o Esk em Portalegre. Um colega de curso morrera no dia anterior num acidente de carro (dirigia-se ao CAE de Portalegre para proceder à entrega dos papéis para o concurso de profesores-era o primeiro concurso dele...)e estávamos no café em frente à escola, calados, sentados na esplanada, paralisados pela angústia e pela incompreensão. De repente, o dono do café correu cá para fora dizendo que um avião tinha embatido nas torres gémeas. Quando chegámos à tv já outro avião tinha embatido. Ficámos arrepiados e ainda mais confusos. A morte do Noé ficou para sempre associada a este dia.
    Enfim...
    Um beijo grande e obrigada por tudo

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  20. Como a Maria contou, não foi um dia fácil...a dor era tanta que nem sequer liguei ao fim do mundo anunciado. Carregar o corpo de um amigo foi doloroso o suficiente nesse dia. Sempre que se fala no 11 de Setembro, de quem me lembro é do Noé. E essa morte doeu-me mesmo.
    Beijos

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