Dolly Parton (a minha menina Dolly)
Sim, costumo referir-me a ela como a minha menina Dolly. Adoro-a!
É a primeira a fazer troça da sua própria imagem, do cabelo loiro platinado e das roupas vistosas com uma frase que já é célebre: “It takes a lot of money to look this cheap!” Quanto àquele seu ar de quem tomou muitos rebuçados peitorais, é também a primeira a rir: “Yep, they are mine! Bought and paid for!”
É a primeira a fazer troça da sua própria imagem, do cabelo loiro platinado e das roupas vistosas com uma frase que já é célebre: “It takes a lot of money to look this cheap!” Quanto àquele seu ar de quem tomou muitos rebuçados peitorais, é também a primeira a rir: “Yep, they are mine! Bought and paid for!”
Nasceu e cresceu no meio de uma pobreza atroz: os pais, ela e os onze irmãos viviam numa casa miserável com uma única divisão.
Se é uma grande cantora, ainda a admiro mais como autora. Tenho um respeito e uma consideração sem fim por ela. E, já agora, pela sua belíssima cabecinha para os negócios! Não se fiem no seu aspecto de dumb blonde...
Pouca gente saberá que a canção que está a tocar, I Will Always Love You, foi escrita por ela (letra e música). A versão de Whitney Houston arranca-me um abanar de cabeça discordante. Ninguém a canta como a autora, com esta sensibilidade, por melhor que a outra versão possa ser. A música é de 1972. Por essa época ela não era ainda muito conhecida, e Elvis Presley quis cantá-la. Tremenda honra, e um gigantesco impulso na carreira. Simplesmente, o espertalhaço queria (acho que fazia isso com toda a gente) aparecer também como autor da música, para receber metade dos direitos. Ela recusou, embora cheia de pena. Elvis nunca a cantou. E, quando saiu o The Bodyguard, a nossa Dolly, sem mexer uma palha, arrecadou alegremente mais de seis milhões de dólares em royalties. Com a saída do dvd, mais recentemente, o valor deve ter subido bastante. Grande mulher!
Já ouviram falar em Dollywood, o parque temático nas Smoky Mountains do Tennessee? Foi criado por ela. Gerou e continua a gerar riqueza e emprego numa região muito pobre.
Já ouviram falar em Dollywood, o parque temático nas Smoky Mountains do Tennessee? Foi criado por ela. Gerou e continua a gerar riqueza e emprego numa região muito pobre.
E da Imagination Library, já ouviram falar? Também foi criada por ela. Envia aos pais um livro grátis todos os meses, desde o nascimento do bebé até este atingir os cinco anos – num total de 60 livros. O programa tem vindo a crescer. De quase um milhão de livros distribuídos em 2004, passou para mais de três milhões em 2006. Dolly Parton é uma paladina apaixonada da educação e da leitura – filha de pais praticamente iletrados, teve ela própria uma escolaridade muito reduzida.
1. Casou em 1966, aos 20 anos, com um senhor que nada tem que ver com o mundo da música e aparece o menos possível. Sim, continuam casados, quarenta e um anos depois.
2. A ovelha Dolly foi assim baptizada em homenagem a Dolly Parton.
ADENDA:
Conforme prometido na caixa de comentários, quando percebi como a música dela era pouco conhecida, e face ao agrado com que o post foi acolhido, aqui ficam mais algumas músicas. Espero que gostem delas tanto como eu, porque mais... é impossível.
Conforme prometido na caixa de comentários, quando percebi como a música dela era pouco conhecida, e face ao agrado com que o post foi acolhido, aqui ficam mais algumas músicas. Espero que gostem delas tanto como eu, porque mais... é impossível.
9 to 5
Falei dela nos comentários. Merecia ter ganho o Oscar de melhor canção de 1980. Oiçam a batida das unhas (acrílicas) da nossa Dolly, que a inspirou, por lhe lembrar a batida das teclas de uma máquina de escrever (no filme era secretária, e ninguém usava ainda computadores) – ela diz que com unhas verdadeiras não consegue este efeito.
To Daddy
Esta é uma paixão minha de toda a vida, cantada por Emmylou Harris no seu maravilhoso Quarter Moon in a Ten Cent Town, sem nunca ter reparado de quem eram letra e música. Dolly Parton, sim. A Emmylou que me perdoe, mas a partir do momento em que ouvi o original... nunca mais ouvi a versão dela. Quantas das nossas mães não terão vivido isto?
Just When I Needed You Most
Não é dela. Sempre conheci o original (Randy Vanwarmer). Depois conheci a versão dela. É a definitiva. Certos sussurros, certos requebros de voz deixam-me em fanicos.
Coat of Many Colors
Talvez a mais autobiográfica de todas as músicas por ela compostas. Optei por pôr aqui o vídeo em que a canta com Shania Twain, que teve uma infância igualmente miserável e para quem ela é o ídolo supremo. A emoção com que é cantada é visível, e muito tocante.
Talvez a mais autobiográfica de todas as músicas por ela compostas. Optei por pôr aqui o vídeo em que a canta com Shania Twain, que teve uma infância igualmente miserável e para quem ela é o ídolo supremo. A emoção com que é cantada é visível, e muito tocante.
Olha por acaso (ou se calhar não é tão por acaso assim) gosto da Dolly, daquilo que já li sobre ela!
ResponderEliminarQue não é "blonde" já eu sei há anos, tem o cabelo castanho curto, tem é uma colecção de perucas loiras!
Fica feliz por sair à rua e fazer compras no supermercado, como todos os mortais, sem seguranças nem tretas e, absolutamente irreconhecível, de cabelos curtos castanhos e sem pinturas, garante que ng a reconhece!
Pelo que me parece não se dá "ares de estrela" apesar de o ser.
beijo d'enxofre
PS: eu não consigo ouvir a música, vou sair e volto já a ver se o prob. é do meu coiso.
Figura simpática, concordo plenamente com a ideia de que a imagem não revela o verdadeiro peso da pessoa, talvez vítima de algum preconceito muito ao gosto europeu. Não sou grande fã, mas é inegável o sucesso. Para mim, Steel Magnolias é o melhor registo que conheço dela, e não é no seu espaço de eleição.
ResponderEliminarDiabba,
ResponderEliminarSe quiseres, eu mando-te a música. E mais uma ou duas dela... :)
Confesso que não sei qual é a cor natural do cabelo dela, mas sei que o resto que leste sobre ela não é verdade. Ela não vai abrir a porta ao leiteiro sem estar perfeitamente produzida, vestida, penteada e maquilhada. Dá trabalho, mas é o visual que decidiu abraçar há mais de 40 anos. Que independentemente disso seja uma pessoa simples e caseira é outra história, porque parece que é mesmo.
Como é que eu digo isto com tanta segurança? Porque vi há muito pouco tempo um documentário de duas horas sobre ela em que a questão do visual foi abordada. Várias celebridades do country, principalmente mulheres, apareciam a dizer que aquilo devia ser uma canseira, nunca a tinham visto de jeans e t-shirt. E ela confessou que era verdade, nunca saía de casa, nem que fosse para ir pôr o lixo no contentor, sem estar toda aperaltada, da ponta do cabelo cheiao de laca (que até pode ser uma peruca, para facilitar) até à ponta das unhas dos pés, pintadas com verniz berrante.
Beijo grande.
A4,
Não concordo com o seu ... mas é inegável o sucesso, que eu mudaria para ... mas é inegável a qualidade.
Quanto a Steel Magnolias, inteiramente de acordo. Está perfeita no papel, na aparência da personagem, no sotaque sulista (que lhe é tão fácil), na filosofia de vida ("Honey, there's is no such thing as natural beauty").
Também a achei muito boa em Nine to Five, cuja canção título lhe surgiu ao bater com as unhas (postiças) umas nas outras. O som fez-lhe lembrar o das batidas de uma máquina de escrever... e nasceu a música. Se a ouvir com atenção, ouve o tal barulhinho (ela insiste que só se consegue com unhas acrílicas). Nos créditos da música chegou a aparecer Nails - Dolly Parton. Teve uma nomeação para os Oscars como melhor canção em 1980. Perdeu, a vencedora foi Fame - bastante inferior.
Informação adicional: em 1992 ela decidou não voltar a fazer cinema. A patir daí, só esporádicas aparições na televisão. Mas o seu elemento é mesmo a música.
conheço pouco da Dolly Parton... lembro-me especialmente do filme 9 to 5... mas o pouco que conheço gosto...
ResponderEliminarbeijinho
Não conhecia a história. Cheira-me que adora cães...
ResponderEliminarNão fazia a m-í-n-i-m-a ideia de nada disto sobre a vida da Dolly Parton. Isto é que é ser fã, Teresa!
ResponderEliminarE sempre pensei que a música fosse reamente da Whitney Houston (creio que se eu fosse fá da Whitney saberia de quem era o riginal, mas lá está, só a ouvo cantada por ela e para mim era dela...)
:)
Beijos!
A minha mãe tem uma tara pela senhora...a par do Júlio Iglésias...ai a minha infância...;)
ResponderEliminarbeijo
(recebeste as fotos?)
A Querida anda um pouco distraída, não anda?
ResponderEliminarApesar de entrar como anónimo, sempre subscrevi - tal como agora farei - o que deixei escrito.
Outros assim não terão procedido.
Deixe-me que a oscule respeitosamente
P.Son Luv
Maria Cunha,
ResponderEliminarSe não viste o Steel Magnolias (Flores de Aço), recomendo-to: ela, Daryl Hannah, Shirley MacLaine, Sally Field e Julia Roberts, mais que não seja pelo desempenho de todas elas. Vais gostar.
Beijo.
Van Dog,
Confesso que não sei. Mas estou como tu, também me cheira que sim...
Beijos.
Thunderlady,
Pois é, a maior parte das pessoas não sabe nem desconfia. E olha que nem sequer é a melhor música dela... Vale a pena ter pelo menos (mínimo dos mínimos) uma boa colectânea.
Daqui a um bocadinho vou acrescentar duas ou três músicas ao post, para todos poderem conhecê-la melhor (tenho de fazer upload delas).
Beijos.
Maria,
ResponderEliminarNa parte que toca à Dolly a tua mãe só revela ter muito bom gosto. Já o Julio(apesar de eu admitir que até gosto de algumas coisas dele)... se estiver a cantar em inglês, então, rio à gargalhada... é mais forte do que eu.
Esqueci-me de comentar. Recebi, sim!!! Que amor! Só estranhei auqela do roupeiro, até estive a vê-la com atenção, não estivesse o Lucas escondido nalgum sítio...
Beijo grande.
P. Son Luv,
Sendo respeitosamente, está autorizado.
E eu tenho respondido sempre, não tenho?
é por isso q gosto de cá vir...
ResponderEliminarfico sempre com algo novo!!!
Obrigada Teresa!!
beijos muito grandes
Olha não conhecia nada sobre a vida a Dolly e fiquei agradavelmente surpreendida. É como diz a Peste, aprendemos sempre algo de novo contigo.
ResponderEliminarJokas
também vi esse filme e nem me lembrei que a Dolly Parton também entrou...
ResponderEliminarbeijinho
Sim, a Dolly é grande actriz...como cantora, reconheço que não tenho muita pachorra...mas, o mais fascinante dela é mesma a pessoa. Já vi muitas entrevistas em que o entrevistador se arma em engraçadinho e ela acaba por chamar idiota à pessoa de várias formas...
ResponderEliminarQuerida Teresa,
ResponderEliminarChamavam-lhe a pinup dos camionistas. Existia um poster da Dolly em cada camião. Cresci a ouvir muita música country e Dolly Parton é uma senhora com "S" grande. Faz parte da minha lista de sempre. Ainda não há muito vi um vídeo dela com Loretta Lynn e até fiquei com pele de galinha. Excelente post e tributo.
Beijos
Depois da 1ª fase de votação para as “7 Desgraças do Mundo (a combater ou erradicar)”, iniciamos a 2ª fase com 14 “candidatas” escolhidas pelos visitantes do nosso Blog.
ResponderEliminarDe modo algum pretendemos, nem podemos, mudar o Mundo com a nossa opinião,,,, mas tentaremos publicar os resultados na maior parte dos Blogs que nos seja possível,,,, e esta divulgação poderá servir como alerta a quem de direito neste Mundo em que vivemos e em que até agora gostamos e queremos ter prazer de Viver!!!!
Caso queira votar,,,, este é o link: http://sexohumorprazer.blogspot.com/2007/07/desgraas-do-mundo-combater-e-erradicar.html ,,,, Apesar estar de férias,,, apelo ao voto,,, por uma boa causa,,, Obrigado, HCL
Peste,
ResponderEliminarÉs uma querida, como sempre.
Se voltares aqui, ouve as músicas, vale a pena!
Beijo grande.
Maria Cunha,
Era a cabeleireira. Rings a bell?
Beijinho.
Rita,
Começo a pensar que ela é mesmo uma ilustre desconhecida para muita gente. Ainda bem que resolvi homenageá-la.
Beijo!
Eskisito,
ResponderEliminarNa minha opinião, as coisas que fez como actriz, e em que se desembaraçou muitíssimo bem, são pouco quando comparadas com o contributo dela para a música.
Uma vez vi uma entrevista dela com o Arsenio Hall e fartei-me de rir. Ela deu-lhe completamente a volta, tens razão!
Beijo.
Querido Afgane,
Obrigada por ter lembrado mais esse pormenor de ela ser a pinup dos camionistas, de que me esqueci completamente! E tem razão, é uma grande Senhora, apesar do ar trashy, que sabemos ser deliberado. Tenho de procurar esse vídeo com a Loretta Lynn. Elas duas, a Tammy Wynette e mais outra (não estou a lembrar-me quem...) foram consideradas as maiores cantoras country de sempre (a Dolly em 4.º). Depois vejo.
Beijo grande.
Sugestões para a 4ª cantora: Emmylou Harris, Lynn Anderson ou Patsy Cline ( a Amália dos americanos ). Quanto ao "inegável sucesso", trata- se logo de uma submissão do meu gosto a outras análises e sensibilidades mais atentas. Prometo, de futuro, ouvir com mais cuidado a compositora/cantora.
ResponderEliminarA4,
ResponderEliminarNa mouche, era mesmo a Patsy Cline, lembrei-me imediatamente!
Obrigada.
olá teresa!
ResponderEliminara primeira vez que escutámos a Dolly Parton foi no fabuloso "Nashville" do Robert Altman, ela que andou durante todo o filme a tentar cantar no festival, quando se instala a confusão salta para o palco e começa a cantar. Depois ainda no cinema recordamos a sua presença numa comédia ao lado do Burt Reynolds, numa casa muito louca no Texas, na comédia "feminina", "9 to 5" e essa maravilhosa história de mulheres intitulada "Flores de Aço" do grande Herbert Ross.
Ela é uma das grandes vozes da country music e por aqui moram os dois albuns que gravou na companhia da Linda Ronstadt e Emmylou Harris.
"O Quarter Moon in a Ten Cent Town" foi o primeiro disco da Emmylou Harris a entrar aqui na casa:)
beijinhos
paula e rui lima
Paula e Rui,
ResponderEliminarA versão do I Will Always Love You que está aqui a tocar é justamente a desse filme com o Burt Reynolds (The Best Little Whorehouse in Texas, que ela considera a melhor e definitiva, de todas as que gravou (e eu concordo).
Quanto ao trio fabuloso com Emmylou e Linda, vejam este miminho (a música é do Phil Spector, sabiam?):
http://www.youtube.com/watch?v=bQ4WbKJiexE
E já agora, por curiosidade... conhecem o Hasten Down the Wind, da Linda Ronstadt? Imprescindível, adoro-o!
Beijinhos aos dois.
como sempre tens razão... tocante... mesmo
ResponderEliminarbeijos minha querida
So pude vir agora ler sobre a "nossa" menina Dolly. Linda homenagem. Nao estou a conseguir ouvir as musicas e estou sem tempo para coscuvilhar o problema. Volto mais tarde. Beijinho!!!
ResponderEliminarPeste,
ResponderEliminarÉ, não é?
Palavras para quê?
Grande beijo.
AEnima,
Nossa menina Dolly merece...
Eu acho que os links estão todos a funcionar, mas deixa-me verificar...
Yep, tudo em ordem.
O To Daddy já eu te tinha mandado em tempos...
Beijos e... estou a cruzar os dedos por ti!
olá teresa!
ResponderEliminarcomprámos o "Hasten Down the Wind" qundo ele saiu na época, numa discoteca no Castil (bons tempos), embora o nosso preferido da Linda Ronstadt seja o "Simple Dreams".(Curiosamente os membros da banda que a acompanhavam no início da carreira, gravações/concertos, tornaram-se famosos!!! Eles deram origem aos Eagles/com o célebre "Hotel California" e não só.
beijinhos
paula e rui lima
Paula e Rui,
ResponderEliminarNão tenho o Simple Dreams, tudo o que eu tenho dela é anterior a esse disco!
Fui ver se no vosso blogue haveria algum endereço de mail para vos mandar uma certa música, infelizmente não.
Um beijinho aos dois.
ótimo texto,
ResponderEliminargosto muito de Dolly Parton e quanto a "I Will Always Love You" é verdade quanto o interesse de Elvis Presley em gravá-la, porém Elvis não tinha contato nenhum com autores das músicas as quais lhe interessavam isso cabia a seu empresário Coronel Thomas Parker que fez a oferta de compra dos direitos autorais a Dolly que sabiamente recusou.
Elvis perdeu muitas oportunidades por deixar sua vida artística ser dominada por seu empresário, fato que a querida Dolly jamais fez sempre tomando a frente de sua própria carreira.
lindo blog
beijos Lia
A Dolly Parton deixou de ser uma cantora para se tornar numa lenda. E tudo o que se disser sobre ela será sempre pouco ao pé de tamanha grandeza e, acima de tudo, de tamanha humildade.
ResponderEliminarRecomendo particularmente o disco "Slow Dancing With The Moon" que possui os duetos mais bonitos que ouvi na vida e, já agora, o dueto da Dolly com o Julio Iglesias.
Ela é única. Haverá sempre só uma Dolly Parton...