The Summer of Love (1967)
Cumprem-se agora quarenta anos. O ano de 1967 foi o mais importante da História da Música dos anos 60, e o seu Verão ficou conhecido como o Verão do amor.
San Francisco tornou-se a capital mundial da juventude, pelo menos de uma certa juventude - os filhos das flores. Haight-Ashbury (nome por que é conhecida a zona de intersecção das duas ruas) andava em todas as bocas.
San Francisco (Be Sure to Wear Flowers in Your Hair) foi o hino desse Verão e ficaria para sempre associado a essa época como o seu símbolo máximo. Escrita por John Phillips, dos meus queridos The Mamas and the Papas, e cantada por Scott McKenzie, não perdeu frescura, encanto e uma certa inocência em todos estes anos. Eu era muito pequena mas já adorava música; nem sabia ainda inglês, mas lembro-me de a trautear atabalhoadamente, de subir o volume da telefonia quando ela começava a tocar.
Propositadamente, foi uma outra música desse mesmo Verão que escolhi para pôr aqui, a que está agora a tocar: Let's Go to San Fancisco, dos Flowerpot Men. Porque também é linda e é muito menos conhecida.
Como preâmbulo deste Verão extraordinário, houve o célebre festival de Monterey (de que têm à direita o cartaz oficial), antepassado de Woodstock, em que actuaram gratuitamente (à excepção do generoso Ravi Shankar, que cobrou três mil dólares para maçar toda a gente com a sua cítara) nomes como Jimi Hendrix, Janis Joplin - ainda como membro dos Big Brother and the Holding Company -, Otis Redding, os Mamas and Papas, The Who... e Scott McKenzie, que cantou a nossa canção.
Deixo-vos com o vídeo.
Bom dia!!!
ResponderEliminar1967? pois sempre pensei que o Verão do amor (sim, já ouvi falar... coisa estranha) fosse o de 1969, não há até uma música titulada como "the summer of 69"?? que o 69 tinha duplo sentido e tal, liberdade no amor e blá blá blá... bom, se calhar ouvi tudo mal e de forma desinteressada... eu e este meu ouvido duro...
Podias ter colocado aqui o tal hino de Verão (essa de "assegure-se que usa flores no cabelo" nunca ouvi falar, mas se calhar já a ouvi)
Já te falei que sou dura de ouvido?? E que gostava de não ser?
beijo d'enxofre
Nota: isto de ser madrugadora tem as suas vantagens... oh pra mim a ser a primeira a comentar! hehehehehe
Ops... sou tan monga... é claro... o hino está no video, sim já conhecia e gosto!! Mas não fazia a mais pálida ideia de quem a cantava, vou pedir ao marido para a "sacar".
ResponderEliminarBeijo d'enxofre (embaraçado pela ignorância)
Bom... já que aqui estou o melhor é arrebatar os 3 lugares do pódium!! hihihihihih
ResponderEliminarbeijo d'enxofre (em versão de vencedora única)
We have a winner!
ResponderEliminarOuro, prata e bronze para a Diabba!
Não, o "Summer of Love" é mesmo o de 67. O Bryan Adams fala do de 1969 porque para ele foi um Verão inesquecível.
O de 67 foi o do tempo da contestação da guerra do Vietname, do make love not war, das comunas hippies, etc. O de 69 (o real, não o do Bryan Adams, que é muito mais novo) ficou tristemente marcado pelos horríveis assassinatos da "família" Manson, foi como o fim da inocência o fim do sonho. Aliás o John Lennon viria a dizer isso mesmo: the dream is over.
Beijo grande.
realmente...
ResponderEliminaractualmente os nossos verões são marcados pela ausência de simbolismos assim...
Aliás... não há nada deste género desde que me entendo por gente... o que é uma pena... pois futuramente como poderei eu diferenciar no meu baú de memórias???
beijocas
Peste,
ResponderEliminarBem... eu lembro-me do chamado Verão Quente, cá em Portugal. Foi o de 75, e nem imaginas o sarrabulho que foi! Este país ia ficando de pantanas. E lembro-me com vivo ódio de certas figuras políticas nacionais. Nomes como Vasco Gonçalves, Rosa Coutinho, Melo Antunes... tudo gente da mais fina-flor do execrável.
Um beijo para ti.
Olá Teresa,
ResponderEliminarÉ bom recordar épocas inolvidáveis e esta foi uma delas. Pelo menos para mim que sou um hippie de armário.
Beijos
Bem, isto não é mesmo do meu tempo!
ResponderEliminarEu sou um bocadito amis recente tipo Verão Quente de '75...
Algumas bandas que aqui puseste conheço, outras nem por isso.
Apesar de não saber nada de hitória (sou uma verdadeira nódoa, ando a tentar melhorar nesse sentido) andei há pouco tempo a pesquisar sobre um assunto que se encaixa aqui, pois foi em '67 que os Doors editaram o primeiro album deles.
Agora com esta tua explicação há coisas que fazem mais sentido :)
FULGOR
ResponderEliminarInquestionavelmente tu
Rosa sobre as outras rosas,
Que sol e vento beijam primeiro
Que à minha boca bate certeira
E os meus olhos, ainda longe
Avistam-te fulgurosamente
Desta beleza soberba.
Quando te abocanho
Não vejo espinhos
Mas eles já estão mordendo a minha carne.
Trabalho de nada, coisa feita à toa,
De saborear teus lábios
Jamais me cansaria,
Que assim a vida fica boa.
Fico mais, como quem ficasse
Rente à esta imagem linda,
Cativo teu.
De toca-la enlevam minhas mãos ardentes
E te colho, lançando dentro de mim
Uma profusão de amor.
Um beijo
Naeno
Por acaso, adoro referências a este mundo/universo do "make love not war". Provavelmente seria a época que escolheria naquele desejo que todos nós deveríamos ter.
ResponderEliminarE, também adoro o "San Francisco". Boa escolha.
cá em casa é impossível esquecer o verão do amor... ou não tivesse a minha irmã do meio nascido no dito!
ResponderEliminartenho na memória muitas recordações (imagens de televisão, claro) dessa época...
que nos deixaram boa música... sem dúvida... ainda hoje gosto de a ouvir... mas eu sou suspeita porque tenho um ouvido estranho!!!
beijinho
ah! as fotografias estão fantásticas, obrigada...
Otis Reading?
ResponderEliminarNão conheço.
Estará a referir-se a Otis Redding?
Saudações sessentistas.
P. Son Luv
O entusiasmo pelos anos sessenta, cultural e musicalmente, atravessou as gerações seguintes de uma forma marcante: lembro-me de um, jovem que, em plenos 80 desmanchou em peças bem separadas a cadeira de um restaurante com o empenho com que cantava o American pie do Mclean!
ResponderEliminarE esta, Teresa?!
Felizmente que se fala de uma época em que posso dizer que ainda não era nascida!!Uff!(não faltava muito, contudo..)
ResponderEliminarEu n�o sou o an�nimo que p�e v�rgulas onde n�o deve.
ResponderEliminarP. Son Luv
Olhó anónimo que não se quer confundir com o anónimo!...Aconselho-o vírgula nesse caso vírgula a adoptar um pseudónimo para que lhe possam reconhecer as qualidades de literacia formal...por exemplo vírgula Mestre- escola...ou ainda Reading Vírgulas...que tal?
ResponderEliminarPS- Peço desculpa pela utilização indevida deste espaço à autora do Blog.
Afgane,
ResponderEliminarEsta foi mesmo uma das mais especiais de todas.
Um beijo.
Thunderlady,
Os Doors editaram em 1967 o primeiro álbum... e também o segundo, Strange Days. A lista de álbuns saídos neste ano é impressionante. Consigo lembrar-me de uns tantos de cor, além do mais famoso de todos, Sgt. Pepper’s, claro (Magical Mystery Tour também é de 67, e dele faz parte o célebre All You Need Is Love, que tão bem ilustra o espírito da época. Eis alguns de que me lembro, mas há mais: Goodbye and Hello (Tim Buckley), Songs of Leonhard Cohen, Deliver (Mamas and Papas), Days of Future Passed (Moody Blues).
Uma lista incrível, não é? E estes são apenas alguns que eu sei de cor! Os Simon & Garfunkel, por exemplo, neste ano só têm a banda sonora do The Graduate, que fica entalado entre as maravilhas de 1966 e 1968 que são Parsley, Sage, Rosemary and Thyme e Bookends. Em termos musicais, dificilmente voltaremos a assistir a uma tamanha explosão de criatividade concentrada numa mesma época. Julgo que para isso terá contribuído o haver, de certa forma, um ideal.
Beijinho grande.
naenorocha1,
Olhe que acho que se enganou no blogue.
Music is my life ^-^
ResponderEliminarDeixei de lutar contra isso. Quando ouço estas músicas não consigo ficar caladinha, tenho de cantá-las, letras e melodias tão lindas. Sinto-me uma flower child, talvez seja por isso que ainda não cortei o cabelo apesar de me chegar à cintura...
Obrigada pelas recordações (não vivi esse tempo mas sinto-o)
beijos grandes
Eskisito,
ResponderEliminarAinda bem que aprovas a minha escolha.
Encontrei recentemente em casa da minha Mãe (e reli) um livro sobre esta época a que devias achar alguma graça:Os Filhos de Torremolinos, de James A. Michener (Europa-América) . Não sei se ainda o encontrarás, mas arranja-se na Amazon por tuta e meia (o título original é The Drifters), ainda que em segunda mão. Já por várias vezes arranjei extraordinárias pechinchas desta maneira. Por acaso fui espreitar a britânica. Desde £ 0,51 (em bom estado) a £ 2,11 (como novo), há de tudo. Recomendo-te. A acção desenrola-se em 1969 e as personagens centrais são um grupo de seis rapazes e raparigas que vagueiam pela Europa e se encontram em Torremolinos. Tem o aliciante extra de passarem por sítios como Albufeira e Alte e, mais tarde, por Moçambique.
Beijos.
Maria Cunha,
Fontana di Trevi? (a imagem)
Ainda não acabei o álbum, as fotografias são tão pesadas que demoram imenso a cerregar.
Um beijo.
Anónimo 1,
Obrigada pela chamada de atenção, não sei como fui escrever uma coisa tão estúpida - apressei-me a corrigir.
E o mais parvo é que até reli, já depois de publicado, e continuei sem reparar na asneira. Enfim...
Anónimo 2,
ResponderEliminarEstou tramada! Estes anónimos agora até têm de ser numerados!
Os anónimos desta caixa de comentários são os últimos a ter resposta. Se não são suficientemente educados para assinar o que escrevem, não vejo porque hão-de merecer-me a correcção de uma resposta.
Bolacha,
Porquê o felizmente? Por significar que és mais nova? Olha que isso, por si só, não quer dizer nada :)
Beijo.
Anónimo 3,
Não porá vírgulas onde não deve (aquela de que fala, e em que também reparei, parece-me francamente lapso - ninguém, por mais pobre que seja a sua noção da vírgula, como eu costumo chamar-lhe, poria uma em sítio tão disparatado), mas deixa aqui uns caracteres muitíssimo esquisitos.
O seu P. Son Luv soa-me a Peace & Love, mas já há por aqui uma pessoa com esse nome.
Anónimo 4,
ResponderEliminarEstá à vontade, assim como assim. E acho que devia pôr em prática o conselho dado a um dos anónimos: adoptar um pseudónimo.
Já vi que o meu amigo tem a noção da vírgula. Deixe-me melhorar a sua escrita ainda mais um pouquinho: ponha um espaço a seguir às reticências.
AVISO À NAVEGAÇÃO:
Não volto a responder a comentários não assinados. Lamento lamentar.
Maria,
ResponderEliminarVê a recomendação que faço ao Eskisito: por certo gostarias do livro. Até porque a música, naturalmente, está omnipresente.
Por acaso estou agora a lembrar-me de que foi nele que pela primeira vez encontrei referência às baladas Child.
Beijinhos grandes.
sim, Teresa, Fontana di Trevi!
ResponderEliminarbeijinho
Maria Cunha,
ResponderEliminarSó podia ser!... :)
Claro que atiraste uma moeda, muitas moedas, para voltares muitas vezes...
Beijinho.
P.S. Este blogue regista uma inflação de anónimos e de Marias (e que também sou Maria, como qualquer portuguesa que se preze...)- mas as Marias são sempre bem-vindas.
Pronto: como é a segunda vez que me dizes para usar um pseudónimo, passo a assinar A4. Obrigado pelo conselho ( isso aceito ) sobre os espaços.
ResponderEliminarPS ( gosto muito de "PSs" ): também é a segunda vez que me dizes que não respondes a anónimos!!
olá teresa!
ResponderEliminarem criança refugiava-me na casa que tinhamos no quintal e passava as tardes a ler/ver as bandas desenhadas, enquanto o rádio tocava, em 1967 era mesmo criança, mas recordo-me perfeitamente do "San Francisco" do Scott, a canção passava e passava na rádio, para além de outras que ficaram para sempre na minha memória. Curiosamente muitos dos badaleiros que cantavam o "peace and love" dessa época tornaram-se milionários:)
beijinhos
paula e rui lima
QUANDO FOR A SÃO FRANCISCO, NÃO DEIXE DE USAR FLORES NO CABELO MESMO QUE PAREÇA ESTRANHO...1967 O VERÃO DO AMOR ESTA ESTAÇÃO NUNCA VAI PASSAR...
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