Silly jokes
O meu querido amigo Gonçalo fez anos no domingo.
Apesar de nos termos conhecido em trabalho, o que raramente é o terreno ideal para o florescimento de grandes amizades, a nossa dura há 21 anos e sei que ele é uma daquelas pessoas com quem posso contar incondicionalmente (e com provas dadas). O Gonçalo, que é uma das pessoas mais inteligentes e íntegras que conheço, é também casado com uma mulher que adoro, a Cristina, senhora de um sentido de humor acutilante e rápido como um dardo que faz as minhas delícias.
Um exemplo? Em 1997, no dia em que Gianni Versace foi assassinado, eu e o namorado (o dos falsos vídeos de ópera, foi nessa época) estávamos convidados para jantar lá em casa. O Gonçalo abriu-nos a porta e levou-nos para a sala. Ficámos de pé em frente da televisão, siderados com as notícias. Nisto chega a Cristina, vinda da cozinha. Antes mesmo de nos cumprimentar, levanta os braços com ar desvairado e exclama: «E agora?! O que é que vai ser de mim?! Tinha lá duas saias a fazer!!» Escusado será dizer que foi um coro de gargalhadas.
Mas voltemos ao Gonçalo e aos anos dele. Quando dei por mim eram horas de jantar e ainda não lhe tinha dado os parabéns. Não ia ligar a essa hora, enviei SMS. Minutos depois recebo resposta: «Muito obrigado, simpática anónima. Um beijinho.» Devo esclarecer que não costumo assinar quando o destinatário tem o meu número e, fiquei depois a saber, o Gonçalo tinha apagado o número do qual lhe escrevia, achando que estava desactivado. Logo, não percebeu de quem era a mensagem. Apressei-me a responder: «It is I, Teresa! (levantando os óculos como o Leclerc do Allo Allo.»
Segundo soube depois, quando falámos, só a introdução arrancou de imediato uma enorme gargalhada ao Gonçalo. O esclarecimento quanto à origem da frase era perfeitamente desnecessário, porque visualizou imediatamente o simpático tonto de Nouvion. E, claro, ao telefone, evocámos a rir alguns dos nossos momentos e personagens favoritos.
Oh meu Deus! Eu abuso dessa frase. Dessa e de outras da mesma série.
ResponderEliminarAliás, tenho um amigo cujo último nome é Reinaith (que, obviamente, se lê Rene). Sempre que o vou cumprimentar digo com sotaque francês: "Oh, René, kiss me has you never did it before". Há anos que digo a mesma coisa - o rapaz diz que qualquer dia perde o respeito pela mulher e me espeta com um beijo a sério, eheheh
You stupid woman!!!
ResponderEliminar:))))))))
AhAhAhAhAh!
ResponderEliminarListen Carefully, I´ll shall say it only once! (ou mais ou menos assim)
P.S. Devo dizer-te que foi graças ao Allo Allo que conheci Bonnie Tyler, há mais de vinte anos. Ela passava a vida no Algarve e ia imenso ao restaurante a que eu também ia sempre. Claro que toda a gente sabia quem ela era, mas educadamente toda a gente a deixava em paz.
ResponderEliminarUm belo sábado de Verão, o restaurante cheio, calhou ficarmos ao balcão à espera de mesa. Eu, na conversa com a minha irmã e o meu namorado, digo às tantas com a pronúncia que sabes: «Listen to me very carefully, I shall say this only once.» (na altura a série ainda não era muito conhecida cá). Ela ouviu, começou a rir, a rir... e acabámos todos em amena cavaqueira. Uma enorme simpatia, devo dizer.
Esta foi telepática, hem?
ResponderEliminarAdorei a frase da sua amiga Cristina a propósito do Versace...
ResponderEliminarEmbora não fosse grande apreciadora da série Allo Allo, vejo que dá origem a histórias divertidas.
Gi, a Cristina tem sempre as saídas mais inesperadas, que me fazem rebolar a rir. Devia anotá-las, tantas são.
ResponderEliminarJá Allo Allo, confesso que adoro. Toda aquela confusão de pronúncias, as situações absurdas...
Foi telepatia, sim.
ResponderEliminarEstava a tentar lembra-me de outras frases, mas só me lembro dos personagens fantásticos, como o Tenente Gruber e o seu "little tank".
Ah! O filho da minha melhor amiga chama-se Afonso e ainda não percebeu porque é que eu e a mãe o chamamos monsieur Alphonse, the undertaker. Coitadinho, 9 anos e já traumatizado.
Ahhhh! Monsieur Alphonse and his dicky ticker!
ResponderEliminarEu confesso que adoro todas as personagens, excepção feita ao polícia e um pouco a Madame Rose, a sogra de René.
E a interacção de Helga (se suásticas nas ligas) e Herr Flick (afilhado de Himmler)? Hilariante!!!
Oh, também abusava da frase, principalmente quando ainda usava óculos. Fazia o gesto de os levantar e tudo. E agora fiquei aqui toda melancólica pelo tenente Gruber e o Herr Flick.
ResponderEliminarIzzie, eu sempre adorei a frase, e o contexto parvo em que surgia. A Michelle anunciava que viria um vendedor de cebolas com uma mensagem, aparecia o idiota do Leclerc no café cheio de soldados alemães a proclamar que tinha cebolas para vender, aproximava-se de René (já com um ar de quem não tem paciência) e lá levantava os óculos. It is I, Leclerc!
ResponderEliminarSempre delirei com isto, por mais parvo que seja.
Herr Flick? Nem me fales dele! Um grande favorito meu!
- Helga, you atr tvvventy minutes late. You shall be pusnished.
Helga faz um ar contrito e diz que sim, Yes, Herr Flick. Logo de seguida vemos por uma fracção de segundo uma expressão kinky e deliciada. Genial.
eheheh... Quando cheguei ca, costumava cumprimentar os meus colegas de manha ao entrar no escritorio com um "Gud meeeurninggg!"
ResponderEliminarE' provavelmente a minha serie favorita, a que sempre gravei em VHS e revia vezes sem conta e mais tarde comprei os DVDs mal sairam.
Percebo tão bem essa cumplicidade e humor de mão dada com os heróis que nos habituamos a ver. Eu tenho exatamente a mesma relção com o meu melhor amigo,onde abundam poe exemplo,muitas personagens do Herman...basta ás vezes uma palavra para nos escancararmos a rir enquanto quem está à nossa volta fica com aquele ar de WTF.É maravilhoso. ;)
ResponderEliminarQuerida AEnima, a série é fabulosa, e estamos conversadas, não é?
ResponderEliminarA torrente interminável de deixas que nos deu!