sábado, 6 de agosto de 2011

Too young to die

A morte de Amy Winehouse, há duas semanas, impressionou-me muito. Até por isso não falei dela aqui, preferi falar dela em privado. Ainda há relativamente pouco tempo, uns dois meses, no máximo, em conversa com a Luna e depois de lhe verificarmos a data de nascimento, alegrámo-nos porque ia passar a marca fatídica dos 27 anos. Enganámo-nos.

Há qualquer coisa na extrema juventude que me comove mais do que sei dizer. É uma vulnerabilidade, é um estar à mercê dos elementos, é toda uma intensidade mal direccionada. Foi assim com Amy Winehouse, foi assim com duas outras pessoas que, só por um triz, não entraram para esse célebre clube dos 27. Justamente as que me são mais queridas, dois grandes amores da minha vida.


Tim Buckley. O pai de Jeff Buckley, sim. O seu Goodbye and Hello era, seguramente, o disco que mais tocava em minha casa em vida do Nuno, era sempre a primeira escolha dele. Phantasmagoria in Two e Once I Was terão sempre um lugar privilegiado entre as músicas da minha vida. Tim Buckley ultrapassou a fatídica barreira dos 27 anos apenas por quatro meses.


Gram Parsons. O seu Grievous Angel será sempre um disco da minha vida. Morreu ainda mais novo, apenas com 26 anos, a mês e meio de fazer 27.

(com a minha eterna gratidão ao Harvey, que me apresentou Divine Comedy)

3 comentários:

  1. Toda a razão, Teresa. Ninguém merece morrer tão novinho. Credo, até estremecemos só de pensar, não é?

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  2. O próprio Jeff Buckley que morreu poucos anos depois, a Janis Joplin e o Jimmy Hendrix, Jim Morrison... todos aos 27 anos.

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