To whom it may concern - II
Mensagem recebida do meu querido amigo Harvey (o nome é uma private joke nossa), advogado ilustre (uma fera!), depois de ler o post anterior:
«Teresa.
Vou ser franco e necessariamente sucinto. Porém começo com uma ressalva: desde há largos anos que eu faço exclusivamente direito societário e não penal. Isso não tem impedido que dê opiniões e ajude a estabelecer estratégias nas quais o direito penal é também carreado. Feita a ressalva cá vai a minha opinião de amigo (estupefacto).
Quero crer que há duas coisa na vida (entre poucas outras mais) que "são nós" e, portanto, tangem a nossa própria essência de indivíduos: o nome e a imagem. São a nossa marca única, inalienável e absoluta.
Ora se alguma delas é beliscada ou usada de forma a afrontar o meu "eu", eu deixo de ser "um eu" absoluto e inegociável e torno-me mais um valor relativo entre outros tantos, mais ou menos voláteis, mais ou menos episódicos, mais ou menos convenientes ou circunstanciais. Ou seja: "desvalorizo". E a minha obrigação de vida é ser, e querer ser, melhor a cada dia. Por mim e pelos outros. Para mim e para os outros.
• Se a avaliação de um profissional do foro for "temos prova bastante, suficiente e escorada", eu não hesitaria um instante sequer. Tenaz nas carótidas.
• A blogosfera (!) anda pejada de vícios, anonimatos, baixarias, facas e alguidares, irresponsabilidade e desresponsabilizaçao. Seja também uma pioneira na boas práticas dos blogs sociais e culturais (os de política são peculiares mas nem aî se chega tão baixo).
Não creio que este caso deva ficar por resposta e troco em forma de tinta pouco permanente, nem sequer por umas singelas bengaladas* (mesmo se bem afinfadas).
É a minha opinião e vale o que vale (porventura nem um vale de desconto na Galp mais próxima). Mas dou-a de bom grado e travejado no mais comum e trivial senso das coisas do bem e das coisas do mal.
Beijo.
Beijo.
L.
* A fina nota queirosiana. That's my Harvey!
Nota: publicado com autorização do remetente, como é óvio.
É sempre bom estar-se bem escudado.
ResponderEliminarE ele não poderia estar mais certo... o nosso carro não "sou eu", o meu blog não "sou eu",... mas a minha imagem, o meu nome são verdadeiramente eu e, portanto, invioláveis. Ocorrendo o abuso inqualificável (lamento repetir-me mas é porque não encontro mesmo outro adjectivo) que sucedeu (e do qual já percebi a origem - sinceramente, não me surpreende) o Harvey terá mesmo toda a razão na tomada de posição que te aconselha.
ResponderEliminarE uma beijoca para esse lado também!
Mad,
ResponderEliminarUma opinião bem abalizada. :)
Me,
Muitas das pessoas mais pacíficas que conheço (entre elas a Ana, uma das irmãs da Madalena, tinha um blogue fantástico, o Porta do Vento - está nos meus links-, agora só escreve no Delito de Opinião) acham que isto deve ter um tratamento exemplar, e que só um tribunal resolverá a questão.
Aparentemente a criatura não aprende, parece que no passado há incidentes parecidos diversos, se bem que nenhum com tamanha gravidade. Enfim...
Beijinho.