To know him is to love him (I ♥ Abel)

Sei que ele sorrirá assim que puser os olhos nesta entrada, só de ver o título. Sabe-lhe a origem, conhece a música e toda a sua história, quem a compôs. Temos as mesmas referências, que vão muito além da imensa e comum paixão pelos Beatles: há livros, há filmes, há uma maneira muito próxima de ver as coisas e de sentir a vida. Essa história de que os opostos se atraem pode dar belos argumentos para o cinema mas não me convence, a vida real e as nossas vidas são outra coisa e são aquilo com que temos de lidar. Precisamos de partilhar, precisamos de terreno comum, das tais mesmas referências que nos façam entender e sentir que somos entendidos, sejam elas quais forem.

Na quinta-feira o Abel passou no Colosso a pretexto de tomar um café comigo. A verdadeira razão era entregar-me um presente único, especialíssimo: a edição original em vinil daquele que é um dos discos da minha vida, como é também da dele: Déjà Vu, dos Crosby, Stills, Nash & Young.

Claro que é um disco que tenho em vinil há mais de trinta anos, claro que esteve entre as minhas primeiras compras de CD, que mais não foram do que substituições dos discos mais amados. Mas esta capa original (a minha, de uma edição posterior, é banalíssima), a imitar pele e com as letras douradas gravadas a quente, faz dele uma relíquia.

Depois de me ter encontrado o original de Odessa, o Abel conseguiu agora este outro prodígio.

Sem palavras, uma vez mais, Abel.

Banda sonora: Crosby, Stills, Nash & Young - Teach Your Children