sábado, 12 de março de 2011

Eu e a moda, a moda e eu

Decididamente, há coisas que não percebo. E a moda também não é, em definitivo, o meu pelouro. Não consigo decifrar o sentido de uma frase como «Ana Salazar apresentou uma colecção coesa e muito interessante, baseada na densidade das florestas e nos pássaros», lida há pouco, já nem me lembro onde, a propósito da ModaLisboa. Que diabo serão roupas baseadas na densidade das florestas?

Isto lembra-me a última vez a que assisti a um desfile de Ana Salazar, há mais de vinte anos. Só não adormeci porque as cadeiras eram odiosamente desconfortáveis. A coisa foi salva por um amigo meu, gay, que resumiu a colecção numa frase lapidar que me pôs às gargalhadas: «Setenta batas de criada.» Ana Salazar até conseguiu o prodígio de transformar a Mané, uma das mulheres mais bonitas que conheci, numa espécie de alien. Não, aquilo não é para mim.

Admito que Ana Salazar hoje até possa fazer coisas diferentes, não me apetece investigar (é a tal coisa, o meu interesse por moda ronda perigosamente o zero), as suas criações nos anos 80 eram coisas de me pôr de cabelos em pé. Já a Mané, coitada, ficou quase careca, à conta da excentricidade da senhora. Era a sua manequim favorita, ainda bem que se deixou dessas tonteiras e vive hoje muito feliz em Munique, tendo-se dedicado à pintura.

5 comentários:

  1. Olá Teresa, agradeço a visita!

    A gatinha ainda não foi adoptada, sou sua FAT desde Outubro, sabe como a maioria das pessoas não quer gatos adultos e por outro lado eu quero que ela fique com alguém como nós, apaixonado por gatos. Se a Teresa souber de alguém avise! ;)

    Beijinhos,
    Maggie

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  2. Para mim a Moda Lisboa, Paris, Tokyo, Milão etc, etc, só me faz lembra a velha história do "REI VAI NU"....

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  3. Teresa,

    essa descrição da moda, encontra paralelismos nas descrições de alguns vinhos. Que se há de fazer? :)

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  4. Eu penso que os desfiles de moda só servem para os estilistas mostrarem uns aos outros do que são capazes. É mais design e criatividade do que outra coisa. As próprias manequins não são vistas como seres humanos, mas como cruzetas, onde se penduram as vestimentas (é por isso que são tão magrinhas). Há mesmo alguém que use aquelas roupas?! Nunca ouvi falar!

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