I ♥ My Friends
Mais um jantar do grupo do Liceu, ontem.
Os nossos jantares trimestrais, que são compromisso sagrado a que só se falta por razões muito sérias, começaram em Outubro de 1995, apenas com cinco pessoas. Como havia sempre alguém que encontrava mais alguém, o grupo foi crescendo. Foi assim que, tendo encontrado o João no Cascaishopping na Primavera de 1997, fui imediatamente convocada para o jantar seguinte. E posso dizer que, nos quase catorze anos entretanto decorridos, faltei a um único jantar.
O António esfregou as mãos de contente com a minha entrada para o grupo, passou-me imediatamente a pasta da organização dos jantares (coisa que, admito, me dá algumas dores de cabeça). De caminho, passou-me também a elaboração das actas, até então redigidas por ele e para as quais até tínhamos — temos ainda, está comigo — um daqueles livros muito formais em que tudo fica registado numa bonita caligrafia. Temos o livro, temos as bonitas caligrafias; já as actas, redigidas no tom solene e institucional devido, são um disparate pegado. E são hilariantes, posso garantir-vos. Lembro-me de que, há uns anos, quando o Pedro T. entrou para o grupo, eu lhas enviei por e-mail. No jantar seguinte o Pedro contou que, no fim de um dia de trabalho daqueles que nos deixam arrasados, se lembrou de que ainda tinha aquilo para ler. E foi buscar o ficheiro. «Chorei a rir!!», proclamou ele. Convenhamos, que outra coisa poderia esperar-se de um grupo com um nome tão tonto (mas tão camoniano!) como Tágides Caducas & Adamastores Zarolhos?
Foi por causa do grupo do Liceu que entrei para a blogosfera. Tinha considerado com os meus botões que criar um blogue para o grupo era a maneira ideal de facultar a todos, a qualquer momento, o muito material que eu arrastava comigo para cada jantar e de que era fiel depositária: o livro de actas, os álbuns de fotografias, um sacão enorme. Não querendo correr o risco de dar barraca, que conheço o calibre daquela gente e sei como seria impiedosamente achincalhada se fizesse asneira, criei um blogue pessoal como laboratório de experiências: este. Poucos dias depois, senti-me suificientemente à vontade para arriscar a criação do outro, que foi um enorme sucesso. E que há muito foi privatizado, quando percebi, pelo contador de visitas, que aterravam lá pessoas através de buscas no Google com os nossos nomes.
O jantar de ontem (do qual ainda só tenho fotografias muito fracas, mas parece que há um filme giríssimo) foi, como são todos, animadíssimo. Por qualquer misteriosa razão, parece que, quando estamos juntos, voltamos todos aos 14 anos, só que com mais dinheiro na algibeira. A alegria é igual, a tonteira pede meças à antiga.
A fotografia acima é do jantar anterior, a 8 de Outubro (só faltam o Pedro T. e o Ricardo, que tinham acabado de sair), no mesmo sítio, que achamos agradabilíssimo para os jantares no Inverno, o restaurante do clube de golfe da Quinta dos Alcoutins, no Paço do Lumiar. Para o tempo bonito usamos agora o Palácio Velho, na Granja do Marquês. O próximo será lá, se Deus quiser.
Sem comentários:
Enviar um comentário