sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Fim de ano de sornice, boa leitura e uma história bonita

É sabido que prefiro sempre uma edição encadernada a uma brochada, mesmo que em segunda-mão — até porque normalmente consigo encontrar exemplares quase novos ou como novos. E por preços anedóticos. O único problema é que às vezes os vendedores através de quem a Amazon mos descobre não expedem para fora do Reino Unido.

Estes chegaram-me às mãos graças aos bons ofícios do meu amigo Fernando, há um mês ainda a viver em Londres mas já a preparar a mudança para Genève: uma linda história de amor com um hiato de trinta anos. Ele e a Rachel (suíça) conheceram-se numas férias no Algarve em 1980 e tiveram um Verão de paixão. Ainda houve um encontro combinado, mas ela desistiu em cima da hora e nunca mais se viram nem souberam um do outro. Depois o tempo passou, perderam-se nas voltas da vida, ela casou, ele não.  Reencontraram-se já este ano no Facebook (ele procurou-a). Em Julho o Fernando veio festejar os 50 anos a Lisboa com os amigos portugueses e mais uns quantos britânicos que vieram atrás, a Rachel veio também de Zurique. Na noite dos anos do Fernando fiquei horas à conversa com ela no Fox Trot e ouvi atentamente toda a história antiga e recente, tão encantada como uma miúda de sete anos a ouvir um conto de fadas. Seguiram-se fins-de-semana em Londres e na Suíça, o projecto de vida foi-se delineando e... já estão instalados em Genève, já passaram o Natal juntos na nova casa. E não sei nem começar a dizer-vos o quanto esta história me enternece. Provavelmente só perceberiam se os tivessem visto juntos como eu vi e espero voltar a ver (ainda hoje, por telefone, o Fernando voltou a convidar-me para os visitar em Genève).

2 comentários:

  1. Obrigada, Teresa. Não imagina o quanto esta história me toca e me faz acreditar que existem amores maiores. Feliz ano para si.

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  2. Cat, não sei se há amores maiores que sobrevivem a tudo, sou mais velha, sabe? Mas acredito no Amor, e em ciclos de vida, e em starting over.
    Vem nova história linda e verdadeira a caminho, desta vez com fotografia dos protagonistas. Autorizada por eles, claro. Dê-me um quarto de hora.

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