Pronto, não batam mais

Fiquei de tal modo amarfanhada com os comentários de pessoas que muito considero, como a Maria ou a Luísa, chocadas com o estado desesperado da minha caixa de correio, que levei a coisa a peito e empreendi a cruzada da barrela.

Foi uma escravidão, confesso que foi, mas sete mil e tal mensagens já desapareceram, ao fim de duas horas de puro tédio, apagar, apagar e apagar. E eram todas do Facebook, note-se. 

Aos poucos, ao longo do dia, agarrada ao telefone, fui apagando e apagando e apagando, a rosnar exasperada, a minha colega de gabinete a rir como uma perdida. «Falta muito?» «Este estúpido diz que são milhares.» Eram milhares, sim, e isto não volta a acontecer-me. Uma coisa é guardar para ver depois mensagens que trazem anexos que me parecem prometedores, e que não vejo por falta de tempo e vou guardando e guardando. Outra, muito diferente, é esta insanidade. Para amanhã e depois ficam as notificações de comentários em blogues, que também devem ser uns milhares. Seja como for, não acredito que o número de mensagens por ler baixe muito mais. Com um bocado de sorte, conto aí com umas duas mil.

Depois darei notícias.