Ainda o plágio e a mesmice
É impossível não me lembrar da hilariante observação de Marcello Caetano a uma aluna na conclusão de um exame oral, que já contei aqui.
É que é uma súmula perfeita e muito sucinta da manada de imitadoras por aí à solta, seja qual for a fórmula de imitação adoptada: apresentam ideias interessantes e originais. Pena é que as interessantes não sejam originais e as originais não sejam interessantes.
O uso do feminino é uma mera coincidência?
ResponderEliminarCaríssima,
ResponderEliminarOuvi essa história, mas com variantes.
O que me contaram foi que no 1º (e ao que parece frustrado) doutoramento de Soares Martinez, Marcello ter-lhe-á dito isso: a sua tese tem coisas interessantes e inovadoras, o problema é que as interessantes não são inovadoras e as inovadoras não são interessantes.
Sobre as definições, que eram para "empinar", Marcello costumava dizer aos alunos: o sr. descobriu alguma definição mais completa do que a minha ? Então se não tem algo melhor, diga-me a definição que consta no Manual, por favor - e se o aluno não lhe desse uma definição igual ou parecida à que vinha no Manual, chumbava.
Enfim, histórias de antanho que só podem ser confirmadas por quem tenha pelo menos 65 anos, pois os mais novos não chegaram a ser alunos de Marcello que, como sabe, foi para o governo em 1968.
Quem andou pelos lados do Campo Grande, mais precisamente pela Faculdade de Direito, conhece mil e uma histórias engraçadas que lamento informar não são mais do que mitos urbanos...engraçados mas muito pouco fiáveis. Por acso o Martinez até foi meu professor, um dia numa oral apareceu a filha de um Juíz, pessoa amido do dito, eis senão quando....To Be Continued!
ResponderEliminarO Martinez tb. foi meu docente, mas nunca chegou a ser meu professor porque nunca me ensinou nada...
ResponderEliminarPedro,
ResponderEliminarNão, não há qualquer coincidência. Só encontro estas coisas em blogues de mulheres.
100 Anos e Abel,
Respondo em conjunto. É verdade, há histórias lendárias, que passam de geração em geração, e cada curso tem as suas. Como a célebre história da greve do tricot no Liceu de Camões. Aquando da preparação do livro do Centenário do Liceu, de que já falei aqui, comentei com o editor, também antigo aluno e hoje professor da Católica, que nunca tinha conhecido ninguém que dela tivesse participado. Era sempre o amigo de um primo ou de um irmão mais velho. Ele concordou comigo, também conhecia perfeitamente a história, já saber quem eram os intervenientes era outra coisa.
100 Anos, a segunda história de Marcello é óptima, e nunca a tinha ouvido.
Olhem, pensando melhor, vou fazer um post sobre isto. E, de caminho, talvez um outro sobre Jorge Miranda. E a história que tenho sobre ele passou-se mesmo numa aula minha.
Beijos aos três.