Programa para esta noite

É o segundo, Mary Queen of Scots.

Quando qualquer um dos filmes (1969 e 1971) passou nos cinemas de Lisboa, eu ainda não tinha idade para os ver.

Anne of the Thousand Days, a arrepiante voz de Richard Burton no papel de Henrique VIII e uma Geneviève Bujold muitíssimo convincente como Ana Bolena (a melhor de todas as que já vi), fisicamente muito mais plausível do que a excelente Dorothy Tutin, que tinha vestido a personagem na série da BBC As Seis Mulheres de Henrique VIII, de 1970, nunca foi editado em Portugal. Comprei-o na Amazon há coisa de três anos, talvez quatro.

Mas Mary Queen of Scots, Duas Rainhas em Portugal, teimava em fugir-me; acabei por encontrá-lo nesta edição dupla, vendida por um dos muitos retalhistas que trabalham com a Amazon., chegou-me hoje às mãos, pela ridicularia de € 10,32, portes incluídos. Dame Vanessa Redgrave teve (mais uma) nomeação para o Oscar por este papel. Sei que há alguma ficção no filme, que o rigor histórico deixa um tanto a desejar. Maria Stuart e Isabel I de Inglaterra (Glenda Jackson, dois Oscars) nunca se encontraram. Ao que parece, o encontro só tem lugar neste filme, na peça de Schilller e na ópera de Donizetti.

Pijama já vestido, abluções nocturnas feitas, vou enfiar-me na cama e regalar-me com este pitéu. Mal posso esperar! Isto apesar do princípio de gripe que me parece estar a insinuar-se, estas dores no corpo são suspeitas.

E estou agora a reparar que Dame Vanessa Redgrave, na imagem acima, está assombrosamente parecida com a filha Natasha Richardson. Tinha 33 anos na época em que rodou o filme, a filha tem agora 45... Não sou só eu a ficar mais velha.

Adenda: Natasha Richardson viria a morrer dois meses e meio depois de eu ter escrito isto, a 18 de Março,como sabemos. Tive uma pena imensa. Era uma soberda actriz, digna da sua ilustre linhagem.