terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Guilty Pleasures: Joe Dassin

Deixemo-nos de tretas: não há pequena da minha idade que não se pele por Joe Dassin, não há pequena da minha idade que não tenha uma ou outra música dele associada a alguma grande paixão da adolescência. Eu, só à minha conta, tenho cinco! Cinco músicas, entenda-se, que as paixões a que dizem respeito são só duas e... vá lá, meia paixão, com um bocadinho de boa vontade.

As músicas são Et Si Tu n'Éxistais Pas e Salut (ainda tenho o single, com a imprescindível dedicatória no verso, que me faz sorrir enternecidamente), primeira grande paixão e grande amor. Ça Va Pas Changer Le Monde (segunda paixão, meio amor). Por fim, eu já com 25 anos e com a obrigação de ter algum juízo, a tal meia paixão (que, obviamente, nem meio amor chegou a ser, quanto mais amor completo!), que depressa me passou e que ia dando casamento, festa de noivado já marcada e anel comprado. Sair daquele filme deve ter sido a decisão mais sensata que tomei em toda a minha vida, a Mad há dias fartou-se de rir quando lhe contei a história muito por alto. Mas pronto, ficaram mais duas músicas de Joe Dassin, que me foram dedicadas pelo ex-futuro-marido: À Toi e Il Était Une Fois Nous Deux.

Joe Dassin, que nasceu a 5 de Novembro (o Guy Fawkes Day) como o Vasco, morreu uma semana antes dos meus vinte anos, a 20 de Agosto de 1980. Tinha apenas 41 anos e a notícia da sua morte foi um choque.

Pronto, não é um Aznavour, não é um Brel, não é um Brassens, não é um Moustaki. Mas gosta-se muito dele (os contributos de Toto Cutugno em várias canções não são de desprezar). E poucas coisas haverá com mais encanto na vida do que descer os Campos Elísios numa linda manhã de sol a cantarolar o seu Aux Champs Élysées: quando damos por nós o passo já se nos tornou dançante e vamos avenida fora, indiferentes aos olhares surpreendidos de quem se cruza connosco, a melodia a marcar-nos a marcha.

Deixo-vos com Le Jardin du Luxembourg, música que ocupa todo o lado A do disco — sim, claro que tenho o vinil, estavam à espera de quê? Arranjar o CD foi mais complicado, só em 2000 lhe consegui deitar as unhas. Comprei-o precisamente (adivinhem) na FNAC... dos Campos Elísios!

Toto Cutugno (cuja voz AMO) é um dos autores de Le Jardin du Luxembourg e de todas as músicas que aqui referi, à excepção de À Toi.

11 comentários:

  1. Ai que doces memórias se vêem por aqui. 'Et si tu n'existais pas' é lindissima. Uma das minhas favoritas também. E o mítico 'L'été Indien', com a voz quente e sussurante...
    lembro-me que foi dia de tristeza o da sua morte. Dele e do Claude François. Tão novos...que desperdício.

    Beijinho

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  2. Não conheço metade (apenas Ça va pas changer le monde e o Aux Champs Élysées). Mas pensava que as pequenas da sua idade iam mais para o Tom Jones. Ou melhor, para as ancas do dito.
    Ainda me há-de dizer se as duas paixões e meia (que sorte!) foram só mesmo essas, ou com o passar tempo é que vamos descartando algumas. Curiosidade minha, claro está!

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  3. [se foi a Teresa que escolheu o anel, bem que podia ter desmanchado o noivado depois da festa... ;) - mas tem-se 25 anos e não se pensa, não é? Nem com 30!]

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  4. M&M
    Para citar o GIGANTESCO Aznavour... «on a souvent besoin d'um bain d'adolescence», não é? ;)

    Safira,
    Acabas de me dar o mote para outro post. Uma coisa que aposto que sabes... e que a maior parte das pessoas desconhece... :)

    Beijos às duas!

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  5. Pedro,
    Tem os links para todas as que citei, vale a pena ouvir :)

    Quanto à pergunta, troquemos a palavra paixão pela palava AMOR, que qualquer amor começa por ser paixão, nem sempre conseguindo sobreviver e chegar à nobreza da grande four-letter word.
    Tive dois (imensos, gigantescos) amores e um meio amor. Citados neste post foram o primeiro amor e o meio amor. O resto foi paisagem.

    O anel, do qual só vi o estojo, era Harry Winston, Genève (foi onde a coisa se passou), era o joalheiro mais na moda em 1985. Claro que não foi escolhido por mim, mas acredito que era lindo. Ele, além do muito dinheiro, tinha um gosto requintado. Mas faltavam-lhe outras coisas. Ou o problema era meu, ou ele não era quem eu queria. Mas foi giro, e isso vale alguma coisa. :)

    E deixe lá... ele não deve ter ficado inconsolável por muito tempo... ;)

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  6. Claro que vou ouvir as músicas todas!

    A minha pergunta (que não era preciso ser respondida aqui) era no sentido de se com o passar do tempo, não vamos olhando para os amores passados com outros olhos e tabelando-os de forma diferente: este que não era até foi, este que foi, não o era e por aí fora.

    (E obviamente que o Sr. Harry Winston só poderia ser o meio amor :) )

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  7. Ahhhh é preciso ter a tua idade... hihihihihi coleguinha do Matusalen, não foste? hihihihihihi

    E não, não me lembro de nenhum momento romântico que envolva música, nem deste Joe, nem de nenhum outro!

    beijo s'enxofre

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  8. Oh Teresa

    Aznavour é a minha paixão... Não pude ir vê-lo a Paris mas das primeiras filas do Pavilhão Atlântico ninguém me arrancou...

    Avé Maria cantado por Aznavour é qualquer coisa...

    bj

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  9. Não é preciso ser moça da tua idade para gostar do Joe Dassin... basta ter 3 irmãs mais velhas. Lá em casa estava sempre no repeat (claro que não havia repeat, era à mão mesmo).

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  10. Và là, Amiga, confessa!

    Este post foi dedicado a MIM!!!

    Certo?!?

    Bjufas gandes

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