sábado, 25 de outubro de 2008

Cenas de Filmes da minha vida #20: Four Weddings and a Funeral

Foi o post mais recente da Ana que me lembrou esta cena.

Vivo no terror de perder os que amo. Deus sabe que já tive perdas dolorosas, quisera Ele que não tivesse mais nenhuma. Quando revejo esta cena penso em certas pessoas, que não suporto sequer a ideia de que possam partir antes de mim. Elas sabem quem são.

Funeral Blues (Song IX)

Stop all the clocks, cut off the telephone.
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling in the sky the message He is Dead,
Put crêpe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever, I was wrong.

The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun.
Pour away the ocean and sweep up the wood;
For nothing now can ever come to any good.


W.H. Auden

6 comentários:

  1. Esta cena é também, um pouco, o reflexo da qualidade e seriedade que foi posta na pintura dos personagens e, por consequência, na consistência dos temas que o filme aborda. Também me comovi com ela, eu que normalmente fico logo de pé atrás quando me parece que o lobby gay se chega à frente (nada contra os gays, atenção!) nas diversas manifestações culturais.

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  2. Adoro este poema. Foi a única coisa que me apeteceu publicar quando a minha mãe morreu.
    :)

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  3. A4,
    Há quanto tempo não te respondia aqui! :)

    Essa ideia do lobby gay não será um bocadinho fantasiosa? Bem sei que não tens nada contra os gays.

    Mas é impossível não nos comovermos com esta cena, não é?

    Beijo, temos de marcar um jantarinho!

    Mad,
    É tão forte, não é? Tenho dificuldade em encontrar adjectivos que o qualifiquem.

    Beijo!

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  4. Ahhhhhhh, essa cena deixa-me sempre um nó na garganta...
    O poema é lindissimo...

    :o)))***

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  5. Pois eu que como sabes, preparo-me para perdas irreparáveis dos que a vida parece ir findando em conta-gotas diante dos meus olhos, ainda acho que há perdas em vida que doem mais do que a morte, imposta por Deus. E afinal o risco de se entregar não é só este? O de descobrir a alguma altura, que não depende só de nós nem de Deus o amor ser eterno?

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  6. Quando morrer quero um funeral como o do Graham Chapman, onde o pessoal diga os meus erros em vida, em vez de um monte de carpideiras a dizerem o bom que eu era. E com o John Cleese a dizer piadas também, se for possível.

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