A Caneca de Van Dog
Há um grupo espanhol (muito bom, parece) chamado La Oreja de Van Gogh. Pois este post chama-se A Caneca de Van Dog, e justíssimamente — era mesmo só o que faltava, uma gentinha espanhola que canta umas cançonetas ter mais protagonismo do que um cão genuinamente português!
Recebi ontem um mail do nosso Van Dog que era toda uma afirmação da sua adorável personalidade. É que, em retribuição de um presente dele, eu prometi trazer-lhe uma caneca de Yellowstone (aqui). O Van Dog escrevia-me a pôr tudo em pratos limpos: que nem pensasse eu que ele tinha esquecido a promessa, que não abdicava da caneca, e por aí fora. De resto, o assunto do mail é impositivo e não deixa margem para dúvidas: A MINHA caneca. Diz ele (e palavrinha de honra que me parecia ouvir aquele indescritível rosnar mal dispostucho e entredentes): «É só para te dizer que não prescindo da caneca que me trouxeste dos States. A não ser que a Agripina e a Messalina já tenham tomado posse dela...»
Respeitinho é bonito e Messalina e Agripina gostam. Vejam só como, com toda a humildade, ele fez essa prudente ressalva às suas reivindicações!
Pois, meu querido Van Dog, a prometida caneca foi comprada, viajou milhares de quilómetros (fez Denver-Los Angeles-Londres-Lisboa comigo, isto para não mencionar mais uns quantos milhares de quilómetros em solo americano...) e está guardada a bom recato. E faço questão de ta entregar pessoalmente, seja para tomarmos café, seja para um almocinho, seja para as bandas do Colosso ou para as da Tasca do Cão. Mas terá de ser depois de 15 de Outubro (e acrescenta a essa data os dois ou três dias necessários para recuperar do estado de exaustão em que então estarei). Depois te explicarei melhor de viva voz, mas esta é precisamente a época em que começam a faltar adjectivos para classificar os horários já insanos do Colosso. No próximo fim-de-semana, por exemplo, é quase garantido que estarei a trabalhar...
A tua caneca foi comprada na gift shop do Old Faithful Inn, onde tínhamos ficado (não há mais emblemático em Yellowstone). A parafernália de coisas à venda era interminável, era tudo indescritivelmente piroso. Tirando estas canecas... Eu comprei, o Vítor comprou... Na gift shop de Mammoth Hot Springs, onde passámos a nossa terceira noite em Yellowstone, comprámos mais umas quantas. E depois... a coisa correu mal. Ao chegar a Lisboa tinha quatro canecas partidas. Perda irreparável, que não se vai a Yellowstone como se vai a Nova Iorque... Melancolicamente, cortei quatro nomes na minha lista de obsequiados. O teu nome nunca esteve em perigo, que uma promessa é uma promessa. Eu é que fiquei sem caneca (sim, eu também queria uma!). Mas não te preocupes, na semana passada fui jantar a casa do Vítor e ele, sabedor do que me tinha acontecido, ofereceu-me uma das suas em termos tais que eu não pude recusar.
Como vês, é uma caneca com história. Mas há mais. As cores! O turquesa do interior lembra vivamente aquele azul indescritível das águas fumegantes de Yellowstone. Entre dezenas, escolhi esta, a Sapphire Pool, da qual não conseguíamos afastar-nos, tanto o azul nos deslumbrava — e olha que o Vítor é daltónico...
Respeitinho é bonito e Messalina e Agripina gostam. Vejam só como, com toda a humildade, ele fez essa prudente ressalva às suas reivindicações!
Pois, meu querido Van Dog, a prometida caneca foi comprada, viajou milhares de quilómetros (fez Denver-Los Angeles-Londres-Lisboa comigo, isto para não mencionar mais uns quantos milhares de quilómetros em solo americano...) e está guardada a bom recato. E faço questão de ta entregar pessoalmente, seja para tomarmos café, seja para um almocinho, seja para as bandas do Colosso ou para as da Tasca do Cão. Mas terá de ser depois de 15 de Outubro (e acrescenta a essa data os dois ou três dias necessários para recuperar do estado de exaustão em que então estarei). Depois te explicarei melhor de viva voz, mas esta é precisamente a época em que começam a faltar adjectivos para classificar os horários já insanos do Colosso. No próximo fim-de-semana, por exemplo, é quase garantido que estarei a trabalhar...
A tua caneca foi comprada na gift shop do Old Faithful Inn, onde tínhamos ficado (não há mais emblemático em Yellowstone). A parafernália de coisas à venda era interminável, era tudo indescritivelmente piroso. Tirando estas canecas... Eu comprei, o Vítor comprou... Na gift shop de Mammoth Hot Springs, onde passámos a nossa terceira noite em Yellowstone, comprámos mais umas quantas. E depois... a coisa correu mal. Ao chegar a Lisboa tinha quatro canecas partidas. Perda irreparável, que não se vai a Yellowstone como se vai a Nova Iorque... Melancolicamente, cortei quatro nomes na minha lista de obsequiados. O teu nome nunca esteve em perigo, que uma promessa é uma promessa. Eu é que fiquei sem caneca (sim, eu também queria uma!). Mas não te preocupes, na semana passada fui jantar a casa do Vítor e ele, sabedor do que me tinha acontecido, ofereceu-me uma das suas em termos tais que eu não pude recusar.
Como vês, é uma caneca com história. Mas há mais. As cores! O turquesa do interior lembra vivamente aquele azul indescritível das águas fumegantes de Yellowstone. Entre dezenas, escolhi esta, a Sapphire Pool, da qual não conseguíamos afastar-nos, tanto o azul nos deslumbrava — e olha que o Vítor é daltónico...
Há duas semanas encontrei numa loja da Baixa um conjunto para sushi e sashimi com o mesmo esquema de cores da caneca, turquesa por dentro, castanho quase vinho por fora. A forma irregular do rebordo remeteu-me imediatamente para as dezenas de piscinas vistas em Yellowstone. Comprei quatro, dois para mim e dois para o Vítor.
Estou fascinado com a paisagem. O azul é deslumbrante.
ResponderEliminarEu A-D-O-R-O la oreja!
ResponderEliminarSão muito bons. Hei-de mandar-te.
beijo
Estou sem palavras, Teresa.
ResponderEliminarJá recuperei.
ResponderEliminarNão há dúvida que é uma caneca muito especial! :)