sábado, 7 de junho de 2008

Pensamentos ociosos...

MERDA!!! Afinal não foi golo!!!

Pronto, lá verti a costumeira e previsível dose de lágrimas (não consigo controlar) ao ouvir o hino nacional. Nuno Gomes sabe seguramente a letra, os outros deixaram-me na dúvida. Luís Felipe Scolari não sabe de certeza, estava a fazer aquilo a que chamo o número do peixe: abria e fechava inconcludentemente a boca.

Mas o assunto é outro. Ouvi de raspão, ainda a ajeitar-me para me instalar e sofrer o jogo, que um dos jogadores da selecção da Turquia era brasileiro, naturalizado turco (não me lembro do nome dele nem vou procurar, tenho mais que fazer).

Fiquei fascinada. Nem é sequer a questão de alguém renunciar à sua cidadania e adoptar uma outra — que, confesso, me faz muita confusão. Nasci portuguesa e portuguesa serei até à morte. Em tempos estive para casar com um suíço (nacionalidade muito cobiçada, e nada fácil de adquirir). Não só deixei desde o início muito claro que não me passava pela cabeça passar a ser cidadã suíça, como impus as minhas condições. Casamento... só católico (ele era protestante). Concordou. Filhos educados na religião católica. Concordou. Filhos só falariam comigo em português (isto porque viveríamos em Genève), que para mim era impensável que filhos meus não recebessem o magnífico legado desta língua riquíssima que é a nossa. Também concordou, que ele concordava com tudo. Mesmo assim... não houve casamento, e ainda bem. Cada vez que me lembro disso faço uma nota mental para incluir tal coisa nas decisões mais sensatas que tomei na minha vida.

O assunto é outro, eu é que me disperso muito (além da nervoseira do jogo, que continua 0-0). Eu nunca mudaria a minha nacionalidade, mas há quem o faça. Casos há em que até sou capaz de perceber. Admito que se possa querer ser suíço, americano, britânico, português. Mas não lembra ao diabo querer ser turco!!! E levar a coisa adiante!

8 comentários:

  1. Grunfff grrrr cuspe cuspe... ganharam!! boff

    (saindo a pontapear as almas)

    beijo enxofrado

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  2. Não sabia desse pormenor... mas o caso é identico ao do Deco então, certo? O tal brasileiro provavelmente nunca pode jogar na selecção brasileira (tal como o Deco não jogava), mas na Turca, já é incluído... e jogar Europeus dá uma exposição internacional aos jogadores gigantesta... e logo para os clubes mais ricos e bem pagantes (os europeus claro), coisa a que nunca teria acesso no Brasil.

    É uma estratégia de mercado. Já vi venderem a alma por muito menos!

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  3. Mas afinal quando é o primeiro jogo das ilhas Pi-Pi???

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  4. No caso do Aurélio (é o nome dele) é mesmo a vontade de jogar numa selecção que fala mais alto, tal como no caso dos luso-brasileiros. Eu também não me imagino a mudar. E até acho que qualquer dia todas as selecções são brasileiros, mas enfim... Também não me queixo de ter o Deco e depois do jogo de ontem, de ter o Pepe... ;)

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  5. Bem não terminou no 0-0 mas lá foi um cidadão brasileiro que adoptou a nacionalidade portuguesa... mas talvez a pátria dele seja mesmo a da língua.
    Bem, adoptei a nacionalidade portuguesa oficialmente na maior idade (de genes sempre o fora)... só que nunca deixei de ser canadiano, pelo que, compreendo que deixar de ser algo só por lei não dá, ser cidadão de um país a sério é muito mais que um passaporte, um emprego ou uma vida melhor.

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  6. Epa,epa!
    Há muitos brasileiros poraiá, ó pá!
    O país é lindo.
    Apaixonam-se por uma gaja, ó pá...
    Ela é alfacinha!!!
    Ele junta os dois ao salarinho em euros, mas a notabilidade internacional... Dá no que dá...
    Teresaaaa, tas a dar muito nos meus conterrâneos olha lá... Vai que oDeco se enfeza! O Scolarri larga a batuta... Olha láaaa

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