Jantar de Natal da mui nobre Confraria...
... das Quatro Cangalheiras do Apocalipse. Ontem, sábado, dia 15 de Dezembro.
Decorreu o agradabilíssimo repasto no restaurante A Pastorinha, à praia de Carcavelos. Era suposto reunir todos os elementos da confraria, mas um acontecimento muito triste privou-nos da companhia da nossa querida Cangalheira Emigra. Tivemos a alegria de conhecer finalmente o nosso Coveiro, vindo de Londres, que em nada defraudou as minhas expectativas, tendo-se revelado exactamente a equilibrada mistura de sensibilidade e ponderação que eu imaginava.
Houve troca de presentes, claro. A Excomungada brindou-nos a todos com extraordinárias composições fotográficas das nossas lindas caras, tão horrorosa e satanicamente modificadas que não as publico aqui, por não querer correr o risco de afugentar os poucos leitores que este cantinho ainda vai tendo.
O Coveiro, extravagante e generoso, presenteou-nos com sumptuosas caixas de chocolates Godiva, tão bonitas que até faz dó abrir. Eu ofereci: O Primo Basílio à Excomungada, já que tinha descoberto recentemente nunca ter ela lido esta obra-prima do maior escritor do mundo - Eça de Queirós; História dos Castrados, de Patrick Barbier, ao Coveiro - um livro apaixonante sobre um período fascinante da História da Música, e presente que me pareceu adequado para o músico que ele também é, quando sai da City e despe o fato de executivo importante. À Famosa ofereci um Moleskine, pareceu-me uma escolha acertada para alguém tão trendy... Quanto aos presentes da própria Famosa, ela estava pior que uma bicha. Naquela sua vida que é uma canseira, sempre a saltitar de red carpet em red carpet empoleirada nos seus Manolos ou Jimmy Choo, transitou de uma qualquer vernissage directamente para o jantar, sem ter tempo de ir a casa buscar os ditos. Não te aflijas, querida, nós esperamos... Ficam para a inauguração da tua casa, para a qual já temos programa agendado. Guardados e por entregar ficaram os presentes para a Emigra.
Recebi ainda o meu bucket hat, encomenda feita ao Coveiro e comprada naquela Bond Street da minha perdição - não é uma tara? É o presente que concedi a mim mesma neste Natal.
Falemos agora do jantar propriamente dito. Não deixa de ser curioso reparar que quase não houve menções àquilo que começou por nos reunir: a blogosfera. A conversa foi pessoal, íntima e franca, sobre as vidas de cada um de nós, com muitas confidências pelo meio. Eu até contei duas das maiores cabrices que fiz em toda a minha vida, a Famosa estava de olhos arregalados!
Um último apontamento, indispensável, já que muito nos fez rir ao longo de todo o jantar. A música... A música, Deus do céu! Um pianista tentava denodadamente, com muito mais empenho que talento, dar um toque de requinte à atmosfera, que bem sairia beneficiada se ele se calasse. Os nossos apurados ouvidos musicais (excepção feita à Excomungada, que normalmente não distingue Frei Hermano da Câmara de Rolling Stones) sobressaltavam-se a MEIO de uma música qualquer, quando finalmente a reconhecíamos: «Espera lá! Isto é da Traviata!», ou «Credo, isto é o Capriccio Italiano de Tchaikovsky!», ou até «Irra! Isto são os Abba, só agora reconheci...» Uma risota pegada!
Só espero que os outros tenham gostado tanto do jantar como eu.
Só espero que os outros tenham gostado tanto do jantar como eu.
As 3 meninas estão lindas... (e o Coveiro também, já agora). Feliz Natal!
ResponderEliminarFoi muito bom o repasto, sim senhora. E gostei muito dos presentes, incluindo o da Famosa, que se redimiu no dia seguinte, oferecendo almoco, lanche e o presente esquecido do dia anterior.
ResponderEliminarQuanto ao pianista, bom, quatno ao pianista ja esta tudo dito.
Beijo.
Como sempre, amei o vossa companhia!
ResponderEliminarNada terei a acrescentar, já que o relato foi bastante completo. Também, vindo de ti, Teresa, não esperaria outra coisa!
Devo apenas referir que não estava propriamente de olhos arregalados, estava a tirar notas no meu novo caderninho (aquele superfashion que me ofereceste), porque há que aprender com os melhores...
OK, creio que terei de pensar na festa minimalista proximamente... e convidar-vos, claro!
Beijos!
Insinuas que EU não conheço o Frei Hermano?? (gargalhada) ando sempre a par da música que a concorrência dá à almas.
ResponderEliminarAcrescento que o Hermanito é um dos meus devotos seguidores - tendo em conta o número de pensamentos libidinosos que faz as rat... cof cof cof... beatas terem, enquanto o ouvem e dizem com ar pesaroso "aiii coitadinho que peninha, que peninha"
É claro que gostei do jantar e SIM eu não notei nada de errado naquele senhor que teimava em não largar o piano!
beijos d'enxofre
Ja vi que planear muito a minha vida nao resulta... geralmente tudo me acontece inesperadamente e altera qualquer plano previo. Para a proxima que for a lx, nao aviso ninguem ate vos ligar e dizer: "Estou por ca!"
ResponderEliminarBeijinhos mil 'a confraria que um dia destes ainda me expulsa por acumulacao de faltas :)
Chat Gris,
ResponderEliminarAs meninas e o Coveiro agradecem :)
Feliz Natal!
Melões (Possum!),
Já sabia (li no teu cantinho). Quanto ao pianista, deu o remate final para tornar o jantar morável... :)
Beijo!
Actriz (Possum!),
Não te escapas, que é que julgas? Até porque eu quero rever a Maria ALbertina!
Beijo!
Diabba (Possum!)
ResponderEliminarEu não disse que não conhecias, era só uma metáfora para frisar aquilo para que passas a vida a chamar-nos a atenção: a tua falta de ouvido musical :)
Beijo!
AEnima (Possum!)
Expulsa da cnfraria, TU?!
NUNCA! Mas fazes-nos falta. Fizeste falta. E terias adorado o jantar.
Beijo!