Agarrem-me!
Há palavras que me põem a ranger os dentes, pronto!
A mala. «Ai que mala tão gira que traz hoje!» Agradeço, respondo com uma parvoíce qualquer, introduzo subtilmente na conversa a ideia de que adoro carteiras... Com um bocado de sorte, talvez a pessoa perceba, não é? Pois, seria de esperar. É o percebes! Eu a dizer c-a-r-t-e-i-r-a e ela a insistir no tão possidónio mala...
Esta época é especialmente propícia (jeitosa, esta palavra...) ao abominável prenda. Que, só hoje, ouvi dezenas de vezes. Juro que, se a tivesse ouvido uma só vez mais, não responderia por mim. PRESENTE, com seiscentos demónios! Aliás os meus pobres ouvidos tiveram hoje um dia especialmente difícil, que até um «o comer» ouvi (e rasca mais rasca só talvez o indescritível «lember»), vindo de alguém impensável. Bom... pensando melhor, isto dá pano para mangas, que conheço uma senhora que sai semanalmente naquelas revistas que pretendem mostrar uma coisa que não temos, jet set - melhor, até temos, só que não aparece nas tais revistas - e que à menor distracção escorrega para os fostes, dissestes, contastes, etc. Devo dizer que já tenho apanhado estes brilhos também em blogues, principalmente em caixas de comentários, onde a descontracção é maior e, como tal, maior se torna a tendência para que as pessoas resvalem para o seu elemento natural. Escusado será salientar que escrever fostes é ainda mais grave do que dizê-lo... e torna-se especialmente cómico (ou patético?) quando quem assim se estica tem pretensões a uma imagem com seu quê de refinado.
Frase de pesadelo total: «Vistes a mala vermelha* da Sr.ª Isabel? Foi prenda de Natal do esposo». Tirando artigo e preposições, não se aproveita nada. Coitada da Sr.ª D. Isabel!
* Dizem-me os meus amigos do Norte que encarnado lhes repugna. Ainda não tirei essa questão a limpo, mas até ver... são os únicos a quem admito um vermelho.
A mala. «Ai que mala tão gira que traz hoje!» Agradeço, respondo com uma parvoíce qualquer, introduzo subtilmente na conversa a ideia de que adoro carteiras... Com um bocado de sorte, talvez a pessoa perceba, não é? Pois, seria de esperar. É o percebes! Eu a dizer c-a-r-t-e-i-r-a e ela a insistir no tão possidónio mala...
Esta época é especialmente propícia (jeitosa, esta palavra...) ao abominável prenda. Que, só hoje, ouvi dezenas de vezes. Juro que, se a tivesse ouvido uma só vez mais, não responderia por mim. PRESENTE, com seiscentos demónios! Aliás os meus pobres ouvidos tiveram hoje um dia especialmente difícil, que até um «o comer» ouvi (e rasca mais rasca só talvez o indescritível «lember»), vindo de alguém impensável. Bom... pensando melhor, isto dá pano para mangas, que conheço uma senhora que sai semanalmente naquelas revistas que pretendem mostrar uma coisa que não temos, jet set - melhor, até temos, só que não aparece nas tais revistas - e que à menor distracção escorrega para os fostes, dissestes, contastes, etc. Devo dizer que já tenho apanhado estes brilhos também em blogues, principalmente em caixas de comentários, onde a descontracção é maior e, como tal, maior se torna a tendência para que as pessoas resvalem para o seu elemento natural. Escusado será salientar que escrever fostes é ainda mais grave do que dizê-lo... e torna-se especialmente cómico (ou patético?) quando quem assim se estica tem pretensões a uma imagem com seu quê de refinado.
Frase de pesadelo total: «Vistes a mala vermelha* da Sr.ª Isabel? Foi prenda de Natal do esposo». Tirando artigo e preposições, não se aproveita nada. Coitada da Sr.ª D. Isabel!
* Dizem-me os meus amigos do Norte que encarnado lhes repugna. Ainda não tirei essa questão a limpo, mas até ver... são os únicos a quem admito um vermelho.
Tu debias era de fazere um-e tratamento de choque - na Ribeira do Porto - passabas a relebar essas palabritas sem importância ninhuma, carago!
ResponderEliminarveijo d'enxofre
PERAÍ... a Dª Isabel não é aquela senhora dona que tem uma VIVENDA ali para os lados da Rinchoa?
ResponderEliminarSó me lembrei disto DERIVADO daquele detalhe que ESCREVESTES sobre a MALA BRUMELHA.
(espero que já estejas a espumar-te, sabes o quanto adoro ver-te espicaçada...)
Beijos enormes!!!!
Venho comunicar que este Blog foi votado para
ResponderEliminarHeheh! tiveste graça. Bem-vinda ao clube... Aqui na minha zona, para além do "derivado" ainda há outra expressão que me faz mais comichão: "por causa que"...em vez de "porque", "não fui à praia por causa que chovia!..."
ResponderEliminarBoas Festas e lambidinhas cá do bichano!
Inda hades ver alguém dizer-te que quer de prenda uma mala preta porque desde que faleceu o defunto esposo, que conhecestes no comer (que estava de lamber os labios), se recusa a usar vermelho
ResponderEliminarAh pois é!
Beijos
Então e com um 'prontos'???? Ficava um mimo!!!!
ResponderEliminar'prontos, D.Isabel, a mala vermelha que o seu esposo lhe deu de prenda no natal fica a arranjar derivado do facto de, portantos, ter-se partido a mola do 'féche éclér'
:)
Nota final: acho que a repugnância do pessoal do Norte pelo encarnado é culpa do Pinto da Costa. De certezinha absoluta!
Fartei-me de rir e passo a ter sempre maior cuidado ao deixar por cá meus comentários (ainda tendo a boa desculpa de falar "brasileiro" por brasileira ser)...rsrsrsr... porque (púurque) como bem sabes, o encarnado usa-se muito pouco aqui e nossas carteiras são só as de carregar mesmo cheques e dinheiro... Usamos cá para a carteira daí: "bolsa", que te deve causar impressão igual... mas aí, venha-me lá o desconto do gap cultural embasado em dois Buarques de Hollanda. "Prenda" aqui, só mesmo em festa junina saiola... e esposo nunca,marido sempre... mas esposa, chegam a dizer. Ai, amiga , anda lá a acelerar a campanha pela não unificação que eu apoio e ainda posso me valer disso (da minha brasileirice assumida) pras minhas "possidonices" inevitáveis...hahaha bjs
ResponderEliminarLOOOOOOOOOOOL! Liiiiiiiiiiindo!
ResponderEliminarDesculpa, não consigo que me saia nada mais criativo que isto!...
Venho por este meio informar que já me encontro disponível para receber prendas de natal.
ResponderEliminarEvita filas e correrias no acto da entrega, aceito cheques visados, dinheiro vivo, roupa de marca, telemóveis topo de gama até vivendas de luxo… despeço-me aguardando o teu presente.
Aceito de coração um simples sorriso.
BOAS FESTAS.
Encarnado - Adj. e Subs. (Latim Ruber, rufus) Cor que surge na parte mais baixa do espectro, logo , a menos refractada. Familiar por ser a cor do sangue, do fogo (um plasma entre a matéria e a energia), das rosas, da papoula e da fruta amadurecida.
ResponderEliminarDiferente de Vermelho- o Vermelho é obtido artificialmente através do sulfato de mercúrio, e por meio da sua utilização como pigmento ou como selante para a construção naval.Sinônimo de escarlate, ou encarnado brilhante e mais claro. O vermelho (do latim vermillus – "vermezinho": a cochonilha) é a cor do sangue, sita no limite do visível do espectro luminoso (abaixo deste comprimento de ondas, o infravermelho, não é mais perceptível pela visão humana). Também é conhecida como escarlate ou encarnado. É cor-luz primária e cor-pigmento secundária, resultante da mistura de amarelo e magenta.
O vermelho costuma ser associado com a esquerda de uma forma geral e com o comunismo em particular daí se preferir o encarnado!!!!
David,
ResponderEliminarPreferes o encarnado?? pffff por associação ao comunismo?? uiii, nos dias de hoje, esse partido faz cá um medo... ouvi dizer que comem crianças ao pequeno almoço!
Realmente entre vermelho e encarnado há alguma diferença no que à cor diz respeito?
ass. diabba comunistóide duma figa.
desculpa T. não resisti. hihihihihihi
nada a ver!
ResponderEliminarFeliz Natal
Beijinhos
Maria
Que rica prenda me saistes tu! Sempre a maldezer as gentes e os castumes.
ResponderEliminar(Hoje a gata mais velhinha, parecida com Messy, esta por demais mimalha. Simplesmente nao me sai do colo! Estou a ser vitima de ataque de beijos com mau halito e unhas cravadas no braco para se segurar...)
Muito obrigado por presentear o mundo virtual com um artigo tão importante sobre um tema tão relevante. E os meus mais sinceros parabéns pelo transparente espírito natalício que dele emana.
ResponderEliminarDesde já te digo que deixei escrito no template do meu blog "prenda" na esperança que tu me amaldiçoasses, mas desiludiste-me...fraquinha.
ResponderEliminarBeijos
Bem, a mim o que me dá verdadeiros fernicoques (termo bastante utilizado lá em casa, a juntar a malão e sapatos de quarto, que ninguém usa e, como tal, sou bastante gozado) são os atropelos à lingua portuguesa, sobretudo quando proferidos por quem maiores responsabilidades tem. Rígido, rígido, só mesmo o encarnado! Vá-se lá saber porquê!
ResponderEliminareu começo sempre pelo conduito
ResponderEliminarLinda... tens algo a ti dedicado, no estilo prosa "Vai comer relva, mas com carinho!", um novo estilo por mim inventado, de escarnio e maldizer dedicado aos amigos que se quer muito bem, para os podermos mandar pastar, com carinho!
ResponderEliminarMentira! Pronto, honestamente ate concordo com imensas palavras "chiques" portuguesas que se devem usar. Tens toda a razao dizer que uma montanha delas sao pirosa. Mas tambem, por outro lado, embora nao goste da palavra vivenda, acho que moradia e' n vezes mais pirosa... Nao me soa bem, por algum motivo! Nao sei explicar porque tambem. Mil beijos.
Estou a amar os teus presentes... comecei pelos Maias e ja estou engrenada na historia :) Tenho-o lido so mesmo antes de dormir, quando ja estou com muito sono, para nao me perder e desatar a le-lo desenfreadamente e o acabar cedo demais!
Mil beijocas