Recomendo
Passei um fim-de-semana divertidíssimo com este livro, comprado na quinta-feira. Aproveito para dizer, porque várias pessoas me têm perguntado isso, como se eu fosse alguma espécie de autoridade em Português, que sim, os dias da semana escrevem-se com minúscula e os meses do ano com maiúscula. Ou, em linguagem de revisor ou jornalista antigo, com caixa baixa e caixa alta. A explicação para esta gíria é engraçada: no tempo dos tipos móveis, a pessoa encarregada de compor os textos tinha os tipos (os caracteres, ou letras e sinais) em várias caixas em frente. As maiúsculas, por menos frequentes, ficavam numa caixa mais acima (caixa alta) e as minúsculas numa caixa baixa, mais à mão de semear. As expressões ficaram. Foi na minha anedótica passagem pela Patada, onde ainda vigoravam, que lhes soube a origem.
Mas voltemos ao livro (eu e as minhas dispersões...). Comprei-o na Fnac do Chiado, já em cima da hora para voltar para o colosso - até tive um turbo-encontro com o Rafeiro na Rua Nova do Almada, os dois apressadíssimos, por pouco não nos víamos, ele ia almoçar com a sua Gata Verde, eu nem tempo para almoçar tive. Devo ser dos poucos portugueses que mal conhecem o Gato Fedorento, porque é raro ver televisão, pelo menos os canais abertos, ainda hei-de comprar os DVD. É raro comprar a Visão (até gosto mais da Sábado), como tal não conhecia a maior parte das crónicas que integram esta compilação. Fui à Fnac à procura de um livro para a Diabba (que não encontrei, isto ainda vai dar matéria para post), peguei neste ao passar na estante dos mais vendidos. Já tinha O Rio das Flores, o Harry Potter não me interessava, o José Rodrigues dos Santos põe-me a hiperventilar (TCL e Alf, está para breve, já acabei o raio do livro), peguei neste, curiosa. No minuto em que pus os olhos na contracapa, dei uma gargalhada que fez que as pessoas mais próximas me deitassem olhadelas surpreendidas. Uma fotografia do autor e uma única frase: «Um livro essencial para compreender o nosso tempo, especialmente a parte da tarde.» Raciocinei, acho que com bastante lógica, que era um achado providencial e que estava ali a solução para um terço dos meus problemas, passavam a faltar-me apenas os livros que me explicassem a parte da manhã e a noite (suponho que esse será em vários volumes).
Já teria despachado o livro se não tivesse ido jantar com o Vítor nessa noite e se ontem não me tivesse dado um fanico, uma das minhas recorrentes baixas de tensão, razão por que estou aqui agora a escrever a estas horas impróprias. Já me fez rir muito. Um português escorreito e despretensioso, refrescante de ler, principalmente se confrontado com tanta trapalhice que por aí pulula, reviravoltas surpreendentes de humor que me deliciam. É pena que, muitas vezes, as ideias não sejam mais desenvolvidas, tropeço com frequência nesse escolho. Mas o livro é uma compilação dos artigos da Visão, e suponho que ele estava condicionado pelo espaço da coluna.
Vale a pena ler.
Mas voltemos ao livro (eu e as minhas dispersões...). Comprei-o na Fnac do Chiado, já em cima da hora para voltar para o colosso - até tive um turbo-encontro com o Rafeiro na Rua Nova do Almada, os dois apressadíssimos, por pouco não nos víamos, ele ia almoçar com a sua Gata Verde, eu nem tempo para almoçar tive. Devo ser dos poucos portugueses que mal conhecem o Gato Fedorento, porque é raro ver televisão, pelo menos os canais abertos, ainda hei-de comprar os DVD. É raro comprar a Visão (até gosto mais da Sábado), como tal não conhecia a maior parte das crónicas que integram esta compilação. Fui à Fnac à procura de um livro para a Diabba (que não encontrei, isto ainda vai dar matéria para post), peguei neste ao passar na estante dos mais vendidos. Já tinha O Rio das Flores, o Harry Potter não me interessava, o José Rodrigues dos Santos põe-me a hiperventilar (TCL e Alf, está para breve, já acabei o raio do livro), peguei neste, curiosa. No minuto em que pus os olhos na contracapa, dei uma gargalhada que fez que as pessoas mais próximas me deitassem olhadelas surpreendidas. Uma fotografia do autor e uma única frase: «Um livro essencial para compreender o nosso tempo, especialmente a parte da tarde.» Raciocinei, acho que com bastante lógica, que era um achado providencial e que estava ali a solução para um terço dos meus problemas, passavam a faltar-me apenas os livros que me explicassem a parte da manhã e a noite (suponho que esse será em vários volumes).
Já teria despachado o livro se não tivesse ido jantar com o Vítor nessa noite e se ontem não me tivesse dado um fanico, uma das minhas recorrentes baixas de tensão, razão por que estou aqui agora a escrever a estas horas impróprias. Já me fez rir muito. Um português escorreito e despretensioso, refrescante de ler, principalmente se confrontado com tanta trapalhice que por aí pulula, reviravoltas surpreendentes de humor que me deliciam. É pena que, muitas vezes, as ideias não sejam mais desenvolvidas, tropeço com frequência nesse escolho. Mas o livro é uma compilação dos artigos da Visão, e suponho que ele estava condicionado pelo espaço da coluna.
Vale a pena ler.
Now playing: Rossini - La Gazza Ladra (Overture)
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Olha T, já tinha 3 livros para comprar agora: o rio das flores, o último da Allende e, confesso, o Harry Potter para mim e para o descendente. Li algumas crónicas, poucas, do RAP na Visão. Esta compilação não me vai escapar, não :-)
ResponderEliminarTu fanicaste?? hihihihihi tadinha.
ResponderEliminarHummm um livro para mim? (ar bué interessado)
Já li algumas crónicas do gato RAP, ele tem algumas frases que são autênticos rasgos!
beijo d'enxofre
Esse interessa-me. Não fora o facto de os meus livros juntos com os da Nani terem já esgotado as estantes da casa nova e ia a correr comprá-lo. Até porque não li as crónicas...
ResponderEliminarVou encomendá-lo à excursão de Janeiro, se ainda couber na mala. Adoro humor nonsense, que é provavelmente o mais difícil de fazer.
ResponderEliminarPara a tua Câmara dos Horrores:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=nKYLU5D9niE
Junto-me ao clube dos que raramente vêm televisão.
ResponderEliminarMas prometo seguir o conselho e vai ser o próximo livro a comprar.
parece que deu pra te rires à brava!!!
ResponderEliminarSerá que o encontro aqui?
ResponderEliminarVou tentar...
bjinhos
Tenho o primeiro volume e é igualmente genial. Tenho de convencer alguém a oferecer-me este pelo Natal.
ResponderEliminarBeijos