domingo, 15 de abril de 2007

Vincent



Tenho no computador uma pasta chamada Indeletáveis onde esta apresentação está há pelo menos oito anos. Hoje encontrei-a no YouTube.

Ao som do comovente Vincent, a música linda que Don McLean escreveu em homenagem a Van Gogh naquele disco de 1971 que é um dos discos da minha vida. American Pie. O link (para quem não conhece ou não tem) é o da Amazon britânica, acabo de verificar que na Fnac está indisponível. É o país que temos...


VINCENT
Starry, starry night.
Paint your palette blue and grey,
Look out on a summer's day,
With eyes that know the darkness in my soul.
Shadows on the hills,
Sketch the trees and the daffodils,
Catch the breeze and the winter chills,
In colors on the snowy linen land.

Now I understand what you tried to say to me,
How you suffered for your sanity,
How you tried to set them free.
They would not listen, they did not know how.
Perhaps they'll listen now.

Starry, starry night.
Flaming flowers that brightly blaze,
Swirling clouds in violet haze,
Reflect in Vincent's eyes of china blue.
Colors changing hue, morning field of amber grain,
Weathered faces lined in pain,
Are soothed beneath the artist's loving hand.

Now I understand what you tried to say to me,
How you suffered for your sanity,
How you tried to set them free.
They would not listen, they did not know how.
Perhaps they'll listen now.

For they could not love you,
But still your love was true.
And when no hope was left in sight
On that starry, starry night,
You took your life, as lovers often do.
But I could have told you, Vincent,
This world was never meant for one
As beautiful as you.

Starry, starry night.
Portraits hung in empty halls,
Frameless head on nameless walls,
With eyes that watch the world and can't forget.
Like the strangers that you've met,
The ragged men in the ragged clothes,
The silver thorn of bloody rose,
Lie crushed and broken on the virgin snow.

Now I think I know what you tried to say to me,
How you suffered for your sanity,
How you tried to set them free.
They would not listen, they're not listening still.
Perhaps they never will...

8 comentários:

  1. Van Gogh, um pintor que aprecio e que deve ter convivido muito mal com a época em que nasceu.
    Não percebo nada de pintura, detesto aquelas pinturas em que mais parece que um elefante passou por cima das telas... mas Van Gogh parece-me ter sido um ser paciente, sp que olho para qlqr reprodução (nunca vi nenhuma obra dele, ao vivo), acho que é de mestre, fazer quadros fantásticos com "risquinhos".
    As pinturas deles não parecem ter sido feitas com pequenos risquinhos de tinta?? A mim parecem!

    beijos d'enxofre

    ResponderEliminar
  2. Querida Teresa,
    Gosto de Van Gogh, tal como de muitos outros, mas ele tem na sua pintura o retrato de um universo simples de cores formas e sabores que se adivinham. Os seus traços, as suas cores e a temática transportam-me para um mundo quase infantil pois a sua pintura parece que é feita por alguém que vê o mundo através dos olhos de uma criança e transfere o que vê para as telas. Vejo Van Gogh como o olhar simples da arte ao contrário de Klimt que é o olhar complicado. O meu mestre de sempre é Dali e a minha influência enquanto pintor (se é que o sou...rssss) Luís Athouguia, mas acho que em cada pintor ou artista e seja em que expressão de arte for qualquer um de nós se revê nem que seja numa única peça.
    Quanto a Don McLean palavras para quê? Basta ouvir a sua música.
    Beijos

    ResponderEliminar
  3. Teresa,
    Já cá estou. Agora tenho trabalho, mas só para lhe aguçar o espírito, pe~ço-lhe que procure na costa chinesa, ao sul, na provícia de Fujian, uma ilha chamada Jinmen.
    Depois diga-me.
    Raul

    ResponderEliminar
  4. Diabba,
    Também eu não tenho uma sensibilidade por aí além para a pintura. Há alguns pintores que mexem comigo. Mesmo assim. Gan Gogh é um deles. Quase todos os impressionistas, Monet e Renoir à cabeça. El Greco. Vermeer. Alguns renascentistas. Dali.
    Se pus isto aqui foi por achar linda a conjugação das pinturas com a música do Don McLean. E a maior parte das coisas abstractas que vejo por aí parecem-me mesmo uns monos descarados. Seremos incultas? Olha, paciênciazinha!...

    António,
    De pintura já falámos recentemente, não foi?

    Raul,
    Já fui ver. Está em Jinmen! Que sítio lindo! E fiquei deslumbrada com as ponte de Fujian (são uma espéie de "Ponte de Madison County" do Império do Meio, não são? - só que bastante mais antigas. Não consigo imaginar como será viver numa civilização tão diferente da nossa. E ainda não estou em mim quando penso que você fala chinês! É mandarim que fala? E também escreve, claro!
    Fascinante!!!

    ResponderEliminar
  5. Também pode encontrar com o nome Kinmen.
    Raul

    ResponderEliminar
  6. Teresa,
    Esta ilha pertence a Taiwan, não à China, não à província de Fujian(ui! se eles me lêem) e por incrível que pareça está em frente da China Continental a escassos quilómetros. Na revolução cultural foi imensamente bombardeada pelo lado comunista. Eu não a conheço, mas vou conhecê-la este fim de semana. Penso que ninguém vai lá, pois tenho que voar para Taipé e depois no dia seguinte voar para Jinmen. Vai ser uma aventura, como têm sido muitas viagens na China. Se tiver à mão uma internet vou ao seu blogue para que lhe aparecer o local no seu mapa.
    Sim, falo um pouco de mandarim e leio também um pouco. Devia falar e ler/escrever mais, mas não tenho tido tempo, por isso para o ano só quero estudar.
    Raul

    ResponderEliminar
  7. Raul,
    Eu já tinha percebido que a ilha pertencia a Taiwan, encontrei fotografias e mapas, e até alguma História da região: http://www.fzu.edu.cn/fujian/exiam.html
    Bom... aqui estou eu de frente para a serra de Sintra, que tem qualquer coisa de wagneriano. Em dias em que há uma vaga bruma costumo pôr a abertura do Tannhauser em altos berros e instalo-me na varanda embalada em música...

    ResponderEliminar
  8. Teresa,
    É fantástica! Mas, confesso que já esperava.
    Vou-servir-me dessa informação.

    Que maravilha ter a serra de Sintra em frente. Sim, wagneriano, mas também pode tentar o prelúdio do Primeiro Acto do Lohengrin, mais nubeloso, mais idílico, mais calmo,...
    By the way, a abertura do Tannhauser foi das primeiras peças de que gostei. Tinha uns dez anos e passava férias perto de Ponte da Barca na quinta de uma tia-avó. Havia na casa uma grafonola do tempo do meu tio, a quem o meu pai foi buscar o Raul. Havia montes de discos de 78 rotações e eu passava tardes a ouvir os discos, entre eles a abertura do Tannhauser e a Rapsódia Húngara número 2 de Liszt. A casa não tinha electrecidade na altura, mas a minha tia tinha uns potentíssimos candeeiros de petróleo. Daí que, quando me falam desta abertura ou a ouço, vêm-me à memória estas lembranças.
    Raul

    ResponderEliminar