quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Cansada de consumismo

Vamos lá falar a sério. Mulher que sou, sou tão atreita a apelos publicitários as the next person. Mas, mais importante do que ter uma carteira com fundos limitados, continuo a ter um cérebro pensante. Precisamos mesmo de todas aquelas parvoíces de roupa que não nos acrescentam nada? Precisamos mesmo de todos aqueles cremes, quase todos muito caros, para encharcar as trombas? E de todas aquelas sombras, iluminadores, primers e o diabo a quatro?

Acho que não, minhas boas amigas. Algures entre os vinte anos e os trinta e tal, converti a minha casa de banho numa espécie de sucursal de uma perfumaria das caras, como eram as da Loja das Meias ou a Anita da Av. de Roma. Uma parva compulsão de consumo, de que em boa hora me livrei. Não preciso daquela parafernália toda, que só preenche espaço e, na maior parte das vezes, tem uso muito limitado. A verdade é que tendemos a esquecer dezenas de produtos comprados e a circunscrever-nos sempre aos mesmos básicos. 

Meros exemplos: para que raio vou eu comprar não sei quantas paletas de sombras para os olhos com umas 80 tonalidades diferentes, se na verdade uso apenas três ou quatro, sempre as mesmas? Para que raio vou largar dinheiro na Zara a comprar mais versões do mesmo que há muito mora no meu armário e com melhor qualidade? Para que raio iria eu comprar uma trench coat manhosa se tenho há vinte e muitos anos a mais nobre de todas, e continua radiosa como se tivesse sido comprada hoje?

Deus Nosso Senhor seja louvado, que me deu bom senso.

8 comentários:

  1. Concordo absolutamente com a Teresa!
    O meu desafio para 2014 é gastar o menos possível e investir em peças de boa qualidade, daquelas que duram até à "neta".

    Seja gentil, não me risque com o lápis azul. ;)

    Beijinho

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    1. Que surpresa! Andou muito tempo desaparecida! Mas lembro-me de que tínhamos em comum a paixão pela Bicha do Demónio. Welcome back!

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    2. Até porque acho que não servem mm para nada. Esqueço-me de por o q tenho e a pele até está boa. Os genes é q importam.

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    3. Os genes é q contam. Se não fosse isso, como justificar esta (quase) ausência de rugas se quase nunca ponho nada?

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    4. Não me diga nada. Maternidade, novo trabalho, aprender alemão com a idade de Cristo, restou pouco tempo para o blogue.
      Tenho um rapaz na minha equipa que conhece o senhor que faz a "Bicha do Demónio" e sei que até há um grupo no Facebook.
      Acho que vai fazer um video em breve!

      Beijinho

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    5. Mas tu tens genes gloriosos, mulher! Tens aí uma pele fresca que dá inveja a muitsa miúdas de 30 anos. E sou testemunha de que não usas mesmo quase nada.

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  2. Não podia concordar mais. Há muito que - embora seja embaraçoso contabilizar o meu considerável inventário - faço o esforço de gastar apenas em peças boas, usáveis e às vezes, difíceis de substituir. Materiais de qualidade, marcas de confiança, relíquias vintage e claro, aquelas peças-investimento. Sempre que possível, evitar sucedâneos e muitas peças que cumprem a mesma função, a não ser aqueles básicos rotativos (t-shirts brancas de algodão, por exemplo) que não vale a pena comprar muito caro ou as coisas que não dispenso, duram eternidades e são complicadas de encontrar (como os sheath dresses). Quanto à maquilhagem, confesso que apesar de me pintar todos os dias e de durante muitos anos ter investido em produtos profissionais, tanta novidade me põe a cabeça a andar à roda. Para quê, senhores? A excepção será o BB cream, a melhor invenção da última década.

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    1. Exactamente. Só há verdadeiramente duas coisas a que me é difícil resistir. Mais um vestido. Mais uma camisa branca.

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