segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Para acabar com o assunto das caminhadas



Hoje, para compensar a caminhada mais curta de ontem, alarguei um pouco mais o percurso. O resultado foram quase treze quilómetros em bom ritmo e, segundo o meu novo grande amigo pedómetro, 487 calorias mandadas às urtigas. Ao chegar a casa, um sumo de laranja bem fresco, porque vinha morta de sede, seguido de um belo bule de chá verde.

Há um mês a caminhar, vou tentando variar os percursos. Por uma feliz coincidência, logo ao terceiro dia deparei com um artigo num site que há muito sigo, Spotted By Locals, sobre o Corredor Verde de Lisboa. Esfreguei as mãos de contente, era daquilo mesmo que eu precisava: um sítio em que pudesse caminhar tranquilamente e encher os pulmões de ar puro! Nesse mesmo dia deitei pés ao caminho.

A ideia é muito boa, sim senhor. Na prática não funciona, ou pelo menos não funcionou para mim. Aquilo prima por estar pessimamente sinalizado. E quando acaba a ciclovia  começa a desorientação. Qual a vereda a seguir, se tenho três pela frente? Logo no princípio, ainda muito perto do Jardim Amália Rodrigues, frente ao Palácio da Justiça, cruzei-me com dois polícias e pedi-lhes indicações. Debalde. Não sabiam ajudar-me, fiquei a desconfiar que nem sabiam que estavam no tal corredor verde de que eu lhes falava, tamanho o seu ar de perplexidade. Mas isto não foi o pior. O pior mesmo foi o facto de aquilo ser tremendamente isolado. Quanto mais me aventurava pela mata de Monsanto, mais apreensiva me ia sentindo. Mais de uma hora a caminhar sem me cruzar com vivalma. Nem um ciclista, nem um corredor, ninguém. Ponderei com os meus botões que a última coisa que me apeteceria seria ver aparecer-me de repente ao caminho um meliante qualquer, longe de tudo e todos, bem poderia eu gritar, bem poderiam cortar-me às postas, que ninguém me ouviria. Moral da história: voltei para trás, e por ali não volto a aventurar-me, a não ser que tenha companhia, de preferência de mais do que uma pessoa. Bem feitas as contas, caminhar pelos passeios e ir levando com o fumo dos escapes nas trombas sempre é mais seguro.

10 comentários:

  1. Teresa, parece que já somos 2 semi-preguiçosos para encarar um ginásio... se fossemos ingleses fundavamos um clube. Sou adepto das caminhadas, também, mas faço-o pelas ruas da localidade onde moro. A cerca de 5 km existe uma pista para o efeito, mas são sempre 5+5 Km de carro para fazermos 6 Km a pé, ou seja parece meio idiota... Compreendo essa falta de informação nesse tal Corredor Verde, afinal estamos em Portugal, país onde fazem as coisas sempre pela metade, com gastos excessivos e sem manutenção regular depois de estar concluída a obra. Aqui no Norte é igualzinho...

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  2. Não vivendo em Lisboa, estou do outro lado do rio, não conheço, para além do Jamor e da Marginal, bons passeios pedestres dentro da cidade.

    Boas caminhadas.

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    1. Helena, ultimamente tenho feito as caminhadas ao fim da tarde. Mas da próxima vez que sair de manhã quero ver se experimento ir até ao Estádio Universitário, também pode ser uma alternativa.

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  3. No Sábado passado também fui caminhar para Monsanto com dois companheiros e de facto agora pensando bem aquilo é mesmo isolado. E já tinha ouvido falar nesses tais spots ao longo do corredor verde! Mas ainda não experimenti encontrá-los. Eu vou de carro até à entrada de Monsanto em Campolide porque tenho a sensação que se fosse a pé até lá, ficava cansada antes de começar a caminhada. Outro sítio bom agora é junto ao rio, na Ribeira das Naus, embora aí o problema seja o inverso, está sempre cheio de gente. De qualquer modo, boas caminhadas, Teresa!

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    1. É mesmo muito isolado. O mais engraçado é que mal publiquei este post um amigo no Facebook ofereceu-se para me fazer companhia no dia seguinte. Fizemos 12 km certinhos, acredita? E o bem que nos souberam? Acabámos por ir almoçar à LX Factory, sempre a pé.

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  4. Teresa, encontrei o outro feed de facebook "histórico", para rir. È do 9gag que é uma excelente fonte de risadas sempre:
    http://9gag.com/gag/3171050

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    1. a.i, fui ver, claro. Mas o outro é muito superior, muito mais completo. Adorei! Das melhores coisas de 2013, decididamente.

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  5. Teresa, se quiser companhia é estar amanhã no início da José Malhoa por volta das 8 da manhã. Graças a mais uma greve do Metro, esse fiel amigo, vou percorrer o corredor verde de Sete Rios até ao Marquês, e daí para o Príncipe Real. São 45 minutos de puro deleite, a pensar no passe mensal que já paguei. Com sorte, ainda me cruzo com o Sô Dr. Miguel Relvas, no seu jogging matinal. São só alegrias que nos dá o Metro, como vê! :)

    Beijinhos

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    1. Safira, só agora, quase um mês depois, vi este comentário, e apenas porque dui ao painel do Blogger! Desculpe!!! Noutro dia faremos a nossa caminhada, que as greves abundam, infelizmente. Grande beijinho!

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