Ouvido absoluto
À semelhança da querida Ana Vidal, parece que também eu fui abençoada com este dom do ouvido absoluto. Foi assim que há pouco, no mais recente episódio da muitíssimo boa Parenthood, identifiquei no primeiro segundo uma música a tocar em fundo. Música de que por acaso nem gosto nada, como nunca gostei do conjunto, os Chicago. E sempre embirrei solenemente com If You Leave Me Now, se querem saber. Pior mesmo só o abominável I'm Not In Love dos 10 CC., da mesma época.
Não ouvia este As Time Goes On, para muito boa gente tão irresistivelmente romântico, há muitos e muitos anos. Diria que desde o tempo do Stone's, que disco destes senhores foi coisa que nunca comprei. Posso garantir que não tinha saudades. Mas reconheci a parva da música no primeiro segundo. E, como é óbvio, não a ponho a tocar aqui. Que xaropada intolerável!
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Curioso, eu sempre detestei I´m not in Love, mas adoro If you leave me now. É das poucas xaropices de que gosto. Talvez porque a melodia é estranha. Normalmente só preciso de ouvir uma canção uma vez para a conseguir reproduzir de ouvido no piano, e esta baralha-me sempre, logo intriga-me.
ResponderEliminarSissi, digamos que If You Leave Me Now é, das três, a que menos me repugna. Aliás não chega a repugnar-me, apenas não gosto nada dela. Nunca gostei.
Eliminarsó uma pequenina correcção: ouvido absoluto não é a capacidade de recordar rapidamente as músicas que ouvimos (essa eu também tenho) mas sim a de reconhecer as notas que compõem a música e/ou, vendo as notas escritas, ser capaz de reproduzi-las(cantá-las) sem que primeiro tenha sido dado o tom. Ou seja, não basta reconhecer a música (até pode não conhecê-la de lado nenhum) mas ao ouvi-la reconhece que é composta por uma sequência de por exemplo Ré maior, si bemol, lá menor sustenido... E isso é que é muito raro.
ResponderEliminare pronto, peço desculpa pelo preciosismo mas como a Teresa é uma pessoa curiosa achei que valia a pena.
A sua correcção é muitíssimo bem-vinda e eu agradeço-a. Tenho noção do que é ouvido absoluto, de tal forma que pus link para a definição na Wikipedia; aqui, em boa verdade falava num sentido muitíssimo mais alargado, e referi a Ana Vidal por me ter lembrado de um post muito antigo dela sobre o assunto. Vai gostar, e sugiro também a leitura dos comentários.
Eliminarhttp://portadovento.blogspot.com/2007/07/ouvido-absoluto.html
I'm Not In Love é sublime, a dos Chicago é horribilis!
ResponderEliminarGostos discutem-se.
Não consigo gostar, palavra.
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