sábado, 8 de agosto de 2009

Raul Solnado

Partiu hoje, à beira de fazer 80 anos.

Gostava muito dele.

Era uma memória de infância. Era o narrador das deliciosas histórias que eu ouvia no Quando o Telefone Toca, quando rezava para alguém pedir músicas dos Beatles. Acabava por ouvir muitas outras coisas, e ele aparecia sempre.

Lembro-me dele, mesmo sendo muito pequena, no programa que foi um marco na televisão portuguesa: Zip-Zip. Raul Solnado era um dos três autores, os outros dois eram Fialho Gouveia (que também já não está entre nós) e Carlos Cruz.

Raul Solnado partiu hoje e fiquei triste. Com ele, parece que, de repente, partiu parte da minha infância.

Que descanse em paz.

3 comentários:

  1. É verdade. Desaparece alguém que fez parte das vidas de muitos de nós.

    (a minha irmã lembra-se de, quando era pequena, ir no carro com a minha mãe e pararem ao lado do carro dele. Claro que a minha irmã ficou a olhar, interessadíssima. Ele fez-lhe umas caretas engraçadas e acenou. :)

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  2. Uma vez, lá para 1970, o meu pai estava a falar para um VIP nacional e, provavelmente com os nervos, descaiu-se e disse à secretária: «Podióóóó chamá-lo?».
    (Solnado, in «telefonema para a Maternidade» - ou qualquer coisa no estilo).

    Outra expressão solnadiana frequente lá na família era: «Filho!! Como cresceeeeste!!»

    Vinha daquela em que o Solnado dizia, mais ou menos: «a casa era tão grande, tão grande, que quando a minha mãe voltava da cozinha exclamava: -...»

    Façam o favor de ser felizes.

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  3. Estive com ele há 2 meses, à porta da sua casa. Era seu amigo.Em palco viu pela última vez na peça "Os bancários também têm alma".Tenho uma história sobre um quadro que tinha na sala, autoria do José Viana, que ele lhe "roubou", mas custou 10.000$00.
    Noutra ocasião, talvez a conte.

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