terça-feira, 26 de maio de 2009

Uma coisa que muito me intriga...

... no célebre caso da professora de Espinho é que ninguém se indigne com o facto de a senhora, com o dobro dos anos de escolaridade da mãe da aluna a quem gritava, vexando-a perante a turma — numa idade em que a sensibilidade perante o colectivo dos amigos é extrema, é de grande pedagoga —, achincalhando-lhe a mãe que tinha apenas o 12.º ano, enquanto ela, a dita senhora, tinha licenciatura, mestrado e não sei quantas mais glórias académicas, tenha berrado uma enormidade de analfabeta como «Tu nem sabes com quem te metesteS

A triste conclusão a que me vejo obrigada a chegar é que muito pouca gente terá dado por isso.

4 comentários:

  1. ora viva

    e depois acham escandaloso terem que ser avaliados!!!!

    A arrogância dessa senhora não tem limites, espero que haja quem a ponha na ordem e JÁ prontoS já disse

    beijos

    ResponderEliminar
  2. O cérebro parou na parte do achincalhamento, que foi o me chocou, mais do que a suposta conversa sobre... sexo?

    ResponderEliminar
  3. Eu costumo trepar paredes quando me deparo com atropelos gigantescos do género: "foste tu que fizes-te?". Arrepia-me, arrepia-me mesmo. Ou um "mostra-mos", não no imperativo, mas na 1ª Pessoa do Plural do Verbo Mostrar no Presente do Indicativo. Isto só a título de exemplo. Igualmente arrepia o metesteS da douta senhora professora (ou doutora, como ela pediu que fosse carinhosamente tratada). Um metesteS destes (para rimar) equivale, no pontapeado da nossa língua, a um "elas ainda hádem ver como elas moem". E suspeito que a doutora professora, ainda que professora de História e acreditando eu que tenha tido formação em letras, seja menina para isso e muito mais.

    Claro que sabendo o conteúdo da conversa que teve com os miúdos, tenho em crer que o "metesteS" (e já agora, a péssima dicção para quem faz uso da palavra oral para transmitir conhecimentos), tivesse sido bloqueado no cérebro de quem a ouviu.

    [achei a história do teu amigo uma delícia... e uma prova evidente (ahahaha)de que não é preciso ter formação superior para saber falar "à séria"!]

    ResponderEliminar
  4. Mocho Falante,
    ProntoS, é isso mesmo. Ou é um supônhamos... :)

    Pedro,
    Para mim a forma é chocante, porque aquela senhora dá aulas (ainda bem que não tenho filhos, afinal, não gostaria de os saber nas mãos de alguém como ela). Mas, é claro, o conteúdo ainda é mais chocante. É o discurso totalmente impróprio, são as ameaças... olhe, é tudo.

    Tenho um desmedido respeito pelos professores, certamente por ter tido vários que eram Grandes Professores, e já aqui falei deles. Tenho amigos que são Professores, e acredito que bons, muito bons, talvez grandes. Por isso, quando me pediram para assinar uma petição contra a avaliação... recusei. Expliquei-lhes os meus motivos. "Quem não deve não teme", não é? Até podíamos remeter para várias parábolas do Evangelho, e bem sabe quais...

    Laura,
    É que tu nem queiras saber a listagem medonha de asneiras que eu tenho feita só de andar de ouvidos atentos! Sim, que há a escrita e a oralidade! Posso, por exemplo, dizer-te que a asneira mais disseminada é Português é, seguramente, o inefável "númaro"...

    Beijos aos três.

    ResponderEliminar