Cenas de filmes da minha vida #22: Ligações Perigosas
A cena final.
Depois da morte do Visconde de Valmont, que entrega as cartas a Danceny, as maquinações da Marquesa de Merteuil são agora do domínio público. A explosiva Carta LXXXI (vide entrada anterior) choca o tout Paris. A Marquesa é vaiada na ópera.
Nem vale a pena comentar, tão poderosa a cena é, tão mágica é a representação de Glenn Close.
Depois da morte do Visconde de Valmont, que entrega as cartas a Danceny, as maquinações da Marquesa de Merteuil são agora do domínio público. A explosiva Carta LXXXI (vide entrada anterior) choca o tout Paris. A Marquesa é vaiada na ópera.
Nem vale a pena comentar, tão poderosa a cena é, tão mágica é a representação de Glenn Close.
concordo em absoluto consigo, Teresa.
ResponderEliminarGlenn Close, oscarizada ou não, é uma actriz irrepreensível, credível, sensível, poderosa e mágica.
em Atracção Fatal, ela conseguiu por-me a pensar que se eu fosse homem,
depois de ver aquele filme, nunca mais seria a mesma pessoa!
Kuska
Mme la Marquise até na derrota teve classe. Grande filme, este, e concordo em absoluto com a apreciação da versátil Glenn.
ResponderEliminarSão duas cenas do filme que me ficaram marcadas muito fundas. São belíssimas. É de facto uma actriz brilhante.
ResponderEliminarApaixonei-me por este filme aos doze anos, e pelo livro logo que o consegui encontrar (tenho duas edições, sublinhadas e paparicadas). Uma obra prima conseguida a partir de outra. Quando estudei guionismo o meu respeito pelo filme cresceu. Um trabalho muito difícil de transpor para linguagem cinematográfica, mas magistralmente conseguido. Depois o casting, o figurino...perfeito. Prefiro, no entanto, o final do filme...o romance é demasiado cruel para a deliciosa marquesa. A versão de Milos Forman não se compara, de tão ligeira que é. Já Amadeus adoro...outro filme que me marcou desde a pré adolescência.
ResponderEliminarSissi,
ResponderEliminarSó hoje, tanto tempo depois, me apercebi de que não tinha respondido a este seu comentário, porque este post surgiu em conversa com um amigo no Facebook.
E estamos inteiramente de acordo na apreciação do livro (que devorei em dois dias acho que no Verão dos meus 13 anos - 1973, credo!) e dos três filmes. E na genialidade de conseguir transformar um livro epistolar primeiro numa aclamadíssima peça de teatro (que nunca vi, com grande desgosto meu, já houve reposições, mas nunca calhou ir a Londres ou NY nessas datas) e depois neste filme magnífico. Concordo que o final do livro é demasiado cruel para com a cruel marquesa, arruinada, desfigurada e sem um olho por causa da varíola.
A versão de Milos Forman (visualmente linda) é para mim uma enorme fantochada, por mais que eu goste de Annette Benning e de Colin Firth (e gosto). Mas comparar Meg Tilly com a diáfana Mme. de Tourvel de Michelle Pfeiffer? Hum?
Meg Tilly, curiosamente, foi a escolha inicial de Milos Forman para o papel de Constanze Mozart em Amadeus. Teve um azar desgraçado, coitada. Já estava em Praga, já tinha filmado várias cenas, e eis que, a jogar futebol na rua com uns miúdos, fez uma rotura de ligamentos tão grave que teve de desistir do filme.
Amadeus, essa obra-prima cheia de fantasias e e invenções que só devo ter visto umas 430 vezes, é aliás um dos filmes da minha vida.