Ele há dias...
... que começam logo mal e continuam tormentosos à medida que as horas avançam, as complicações a adensarem-se cada vez mais. E que depois acabam bem e em que acabo a jornada como a comecei, treze horas antes: com um sorriso.
Sim, que foi com o sorriso habitual que comecei o dia e saí de casa. Não sou, nunca fui daquelas pessoas a quem ninguém pode dirigir a palavra quando se levantam, que respondem com grunhidos e com um mau humor tenebroso — a minha irmã, por exemplo, é assim. Eu acordo bem-disposta, mesmo que o dia esteja cinzento ou até chuvoso, dou mimo a Pinxejas, tomo banho a cantarolar... enfim, estão a ver o cenário.
Paragem rápida no café aqui de baixo para comprar cigarros e entro no carro. Dou à chave e... nada. Nada vezes nada. O bicho não tugia nem mugia. Teria deixado as luzes ligadas? A telefonia? Ná, estava tudo a preceito, parece-me que já aprendi a lição, cheguei a andar com uma etiqueta colada no volante com o aviso «DESLIGAR LUZES!», tão escaldada estou de ficar sem bateria, normalmente em situações extremas: ora debaixo de uma chuva diluviana, ora com um calor de 40 graus (esta foi no parque de estacionamento do Cascaishopping, há dois anos); tenho SEMPRE cabos na mala, não vá surgir a necessidade de uma carga de bateria.
Olho para o relógio. Oito e vinte, cedo. Quero ligar para o Colosso a ver se alguém pode vir buscar-me e... descubro que me esqueci do telefone! Já com um ar ameaçador como o da imagem, só que numa cara incomparavelmente menos bonita, volto a casa. Subo ao segundo andar, faço uma festa distraída a Messy e Agri, que já estão à porta à minha espera, agarro no telefone com um ronco e volto a sair. Faço o telefonema. Não há ninguém disponível para me vir buscar. Volto para o carro. Nova tentativa, os mesmos resultados. Nem um sonzinho. Telefono ao mecânico, que mora muito perto. Estou a descrever-lhe o sucedido quando, pelo espelho lateral, o vejo na esquina a falar ao telefone. Comigo, claro!
Abreviando: deixo-lhe o carro, deixo-lhe a chave e toca de tomar um táxi. Já agora, deixa-me parar na papelaria e comprar a ¡HOLA!, que sai à quinta-feira, sempre vou entretida. Querias! O motorista não se cala um minuto, indiferente aos meus sons ocasionais a traírem primeiro total desinteresse e, em breve, quase exasperação. Oh, calem-no, por amor de Deus! Calem-no!
Entro no Colosso e mergulho de imediato num dia de trabalho infernal, em que o telefone não pára de tocar um minuto, em que estou com uma chamada e vejo outras a tentarem entrar, em que pessoas que precisam de falar com urgência nunca conseguem estar disponíveis ao mesmo tempo, sendo às vezes por uma questão de segundos, em que me aconteceu dezenas de vezes a pior coisa que pode acontecer a uma secretária: no momento em que vai passar a chamada pedida... a luz do telefone do destinatário acende-se e ele acaba de levantar o auscultador...
Chego a casa às nove e pouco (vá lá, havia quem me trouxesse), abro a caixa do correio. E não, não havia contas. Havia isto: o postal de Boas Festas do Chat Gris, com o seu lindo selo! — para o ano também faço, palavra. E o sorriso escancarou-se-me.
Entro em casa e sou recebida com muito mimo e muita reclamação imperiosa de atenção imediata e total. Estou em casa. Estou com elas. Estou bem. E declaro oficialmente inaugurada a quadra natalícia neste blóguio.
Paragem rápida no café aqui de baixo para comprar cigarros e entro no carro. Dou à chave e... nada. Nada vezes nada. O bicho não tugia nem mugia. Teria deixado as luzes ligadas? A telefonia? Ná, estava tudo a preceito, parece-me que já aprendi a lição, cheguei a andar com uma etiqueta colada no volante com o aviso «DESLIGAR LUZES!», tão escaldada estou de ficar sem bateria, normalmente em situações extremas: ora debaixo de uma chuva diluviana, ora com um calor de 40 graus (esta foi no parque de estacionamento do Cascaishopping, há dois anos); tenho SEMPRE cabos na mala, não vá surgir a necessidade de uma carga de bateria.
Olho para o relógio. Oito e vinte, cedo. Quero ligar para o Colosso a ver se alguém pode vir buscar-me e... descubro que me esqueci do telefone! Já com um ar ameaçador como o da imagem, só que numa cara incomparavelmente menos bonita, volto a casa. Subo ao segundo andar, faço uma festa distraída a Messy e Agri, que já estão à porta à minha espera, agarro no telefone com um ronco e volto a sair. Faço o telefonema. Não há ninguém disponível para me vir buscar. Volto para o carro. Nova tentativa, os mesmos resultados. Nem um sonzinho. Telefono ao mecânico, que mora muito perto. Estou a descrever-lhe o sucedido quando, pelo espelho lateral, o vejo na esquina a falar ao telefone. Comigo, claro!
Abreviando: deixo-lhe o carro, deixo-lhe a chave e toca de tomar um táxi. Já agora, deixa-me parar na papelaria e comprar a ¡HOLA!, que sai à quinta-feira, sempre vou entretida. Querias! O motorista não se cala um minuto, indiferente aos meus sons ocasionais a traírem primeiro total desinteresse e, em breve, quase exasperação. Oh, calem-no, por amor de Deus! Calem-no!
Entro no Colosso e mergulho de imediato num dia de trabalho infernal, em que o telefone não pára de tocar um minuto, em que estou com uma chamada e vejo outras a tentarem entrar, em que pessoas que precisam de falar com urgência nunca conseguem estar disponíveis ao mesmo tempo, sendo às vezes por uma questão de segundos, em que me aconteceu dezenas de vezes a pior coisa que pode acontecer a uma secretária: no momento em que vai passar a chamada pedida... a luz do telefone do destinatário acende-se e ele acaba de levantar o auscultador...
Chego a casa às nove e pouco (vá lá, havia quem me trouxesse), abro a caixa do correio. E não, não havia contas. Havia isto: o postal de Boas Festas do Chat Gris, com o seu lindo selo! — para o ano também faço, palavra. E o sorriso escancarou-se-me.
Entro em casa e sou recebida com muito mimo e muita reclamação imperiosa de atenção imediata e total. Estou em casa. Estou com elas. Estou bem. E declaro oficialmente inaugurada a quadra natalícia neste blóguio.
Boa... Rendemo-nos ao bom espírito. Eu mesmo me sinto ainda tímida de boas idéias... Ainda "engatinhante" no sorriso largo, mas meio que assim "grávida de uma idéia"... Revelo-a a tempo, prometo. Meu inferno astral se arrasta (dia 22, aporto nos 48---> oh, céus!!!)-- por enquanto delicio-me com tuas histórias tão bem narradas que sinto-me a companhar-te. Beijinhos amiga. (ps por falar em natalinidades tramo um presentinho pra ti).
ResponderEliminarAcho que todos temos um dia assim...de vez em quando! e achamos que é demais! são estes dias que nos levam o sorriso e nos deixam um pouco insuportáveis!
ResponderEliminarEu não sou mau humorado de manhã; o cérebro está é parado, por isso não peçam demasiado!
ResponderEliminarSe na tua caixa de correio não estava um envelope verde, então algo está podre no reino da Dinamarca...
ResponderEliminarJL
:)
ResponderEliminar...
Feliz Natal! ;)
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