Bon Anniversaire, M. Aznavour!
Toda a gente sabe da minha paixão por este grande senhor, que faz hoje 83 anos.
A sua música tem acompanhado toda a minha vida. De algumas canções tenho memórias de grande felicidade: La Bohème, Non, Je N'Ai Rien Oublié, She (a versão de Elvis Costello é uma anedota, comparativamente). Outras, como Il Faut Savoir ou Et Pourtant, lembram-me tempos muito difíceis e feridas que demoraram a cicatrizar.
Por esta que agora toca, Hier Encore, tenho uma ternura muito especial. Na festa dos meus 21 anos, no querido Stone's, um dos empregados veio avisar-me de que a próxima música era só para mim, recado do Pedro Oom, o disck-jockey, meu amigo até hoje. Era esta, sim. Hier encore, j'avais vingt ans...
Hier encore... também ele, Aznavour, tinha vinte anos. Como o tempo passa!Música e palavras são dele, como em quase tudo o que ele canta. Palavras?... POEMA! Obcecante. Deixo-o aqui, esperando que o vosso francês seja suficiente para lhe captar toda a beleza. Há uma magnífica versão inglesa, chamada Yesterday When I Was Young, letra de Herbert Kretzmer – foram aliás as suas magníficas letras para as canções de Aznavour em inglês que deram origem ao convite para escrever as de Les Misérables, um musical que é outro grande amor meu.
P.S. Alguém sabe se é possível distribuir o texto em duas colunas? Andei à procura, mas não encontrei nada. Naba até ao fim da vida...
A sua música tem acompanhado toda a minha vida. De algumas canções tenho memórias de grande felicidade: La Bohème, Non, Je N'Ai Rien Oublié, She (a versão de Elvis Costello é uma anedota, comparativamente). Outras, como Il Faut Savoir ou Et Pourtant, lembram-me tempos muito difíceis e feridas que demoraram a cicatrizar.
Por esta que agora toca, Hier Encore, tenho uma ternura muito especial. Na festa dos meus 21 anos, no querido Stone's, um dos empregados veio avisar-me de que a próxima música era só para mim, recado do Pedro Oom, o disck-jockey, meu amigo até hoje. Era esta, sim. Hier encore, j'avais vingt ans...
Hier encore... também ele, Aznavour, tinha vinte anos. Como o tempo passa!Música e palavras são dele, como em quase tudo o que ele canta. Palavras?... POEMA! Obcecante. Deixo-o aqui, esperando que o vosso francês seja suficiente para lhe captar toda a beleza. Há uma magnífica versão inglesa, chamada Yesterday When I Was Young, letra de Herbert Kretzmer – foram aliás as suas magníficas letras para as canções de Aznavour em inglês que deram origem ao convite para escrever as de Les Misérables, um musical que é outro grande amor meu.
HIER ENCORE (1964)
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Hier encore
J´avais vingt ans Je caressais le temps Et jouais de la vie Comme on joue de l´amour Et je vivais la nuit Sans compter sur mes jours Qui fuyaient dans le temps
J´ai fait tant de projets
Qui sont restés en l´air J´ai fondé tant d´espoirs Qui se sont envolés Que je reste perdu Ne sachant où aller Les yeux cherchant le ciel Mais le cœur mis en terre Hier encore J´avais vingt ans Je gaspillais le temps En croyant l´arrêter Et pour le retenir Même le devancer Je n´ai fait que courir Et me suis essoufflé
Ignorant le passé
Conjuguant au futur Je précédais de moi Toute conversation Et donnais mon avis Que je voulais le bon Pour critiquer le monde Avec désinvolture |
Hier encore
J´avais vingt ans Mais j´ai perdu mon temps A faire des folies Qui ne me laissent au fond Rien de vraiment précis Que quelques rides au front Et la peur de l´ennui Avant que d´exister Mes amis sont partis Et ne reviendront pas Par ma faute j´ai fait Le vide autour de moi Et j´ai gâché ma vie Et mes jeunes années
Du meilleur et du pire
En jetant le meilleur J´ai figé mes sourires Et j´ai glacé mes pleurs Où sont-ils à présent A présent mes vingt ans? |
num faço ideia como resolver a questão das colunas.... a minha unica sugestão pouco válida é q retires do post o código Html
ResponderEliminarnum sei se resolve... aliás duvido... mas tentar num custa...
já t disse q sou uma naba nisso??
83 anos? já?
ResponderEliminarPois é...por vezes esqueço-me que os outros também festejam os seus aniversários...anualmente.
Gosto do senhor...mas, essa história do She do Costello ficar a anos luz...discordo um bocadinho. Mas, é sem dúvida a melhor música dele (do Costello)...foi preciso adaptar.
ResponderEliminarQuanto ao texto em duas colunas, penso não ser possível. Por isso, a nabice é do blogger, não tua.
Beijos
Pois bem, o meu franciú é tão sofrível que não me vou pôr para aqui a fazer biquinho e a atirar postas de pescada.
ResponderEliminarMas, se a menina diz que o conteúdo vale a pena eu acredito,mas lanço o réptil:que tal uma tradução?
Uma abraço
un bijoux (3 erros p'ra aí...)
Charles Aznavour:) gostamos imenso das suas canções (adoramos Paris e a música francesa)... e também convivemos com os seus filmes, ele que nunca cantou nos seus filmes, foi pianista num bar dirigido por François Truffaut e quando alguém disse "Disparem Sobre o Pianista", ele não fugiu e continuou a tocar, maravilhosamente, como se estivesse cantando.***
ResponderEliminarpaula e rui lima
Oi, como sabes, sou o verdadeiro rabanete nestas coisas, se não fosses tu ainda hoje não teria colocado aquele vídeo do youtube no meu cantito. Mas, como sou desenrascada, tenho a mania de inventar. E que tal se criares o documento em word, já dividido (à laia de tabela) e depois fizeres o famoso "copy & paste"? Não testei, mas tentar não custa, pois não?
ResponderEliminarBeijinhos grandes!
Moi aussi, j'adore Aznavour!
ResponderEliminarO senhor já tem 83 anos? Mãe do céu! Mas com uma voz destas, que não pare de cantar! Uma das grandes vozes da música... Definitivamente!
ResponderEliminarEspero que estejas bem! E realmente o Gota tá um cado pró esquisito! Se eu puder ajudar...
Um beijo grande
.
ResponderEliminar.
Pois fica sabendo que ADORO o la Bohème!!
ResponderEliminarAs músicas da nossa vida, são algo mágico que nos acompanham... trazem-nos sempre tão boas e belas recordações, transportam-nos para lugares que nos fizeram felizes e trazem com elas emoções que foram sentidas...
ResponderEliminarSejam dele ou de outros, são sempre bem-vindas, as músicas e as recordãções :)
Beijos T.****
Parabéns então ao Charles Aznavour!
ResponderEliminarNão é um dos amores da minha vida, mas é sem dúvida um GRANDE nome da música!
Em relação a quem nós sabemos...por mim, vou deixar de lá ir! Se é tão novo por cá como diz que é (coisa que não acredito), vai perceber...ou não!
olha q giro q ficou o blog!!!
ResponderEliminarParabéns!!!
beijocas
Fui à festa do Charles, estou que não posso!
ResponderEliminarPassei hoje por aqui e gostei do lugar, gostei particularmente da Messalina e da Agripina. A Messalina é muito parecida com o meu Sr.Freddy. Adoro gatos. Beijokas para elas (p'ra ti também pronto!)
ResponderEliminarPeste,
ResponderEliminarSe tu és naba sem sei o que deva chamar a mim mesma. Obrigada pela ajuda!
José,
Oitenta e 83, não é incrível? Não somos só nós a envelhecer. Ando há séculos a suspirar pela bintegral da obra dele em cd, à venda na Amazon, e que custa uma fortuna.
Nuance,
No que prova ser pessoa de bom gosto.
Obrigada pela visita.
Beijos a todos.
Morsa,
ResponderEliminarTambém a ti agradeço o oferecimento imediato.
Quanto à voz do senhor... ainda há três anos um amigo meu o viu num concerto em Paris e afirma categoricamente ter sido o "concerto da sua vida".
Bolachinha,
Bem-vinda sejas! Sabes que fui há pouco ao teu cantinho, parado há imenso tempo, e descobri que tinhas vários posts novos? Lá irei comentar, evidentemente.
Amanhã ponho aqui o La Bohème, que parece ser a favorita de quase toda a gente.
Ticha,
É verdade. Acho que só há outra coisa com um poder evocativo tão forte como o da música: os perfumes.
Beijinhos grandes.
Dark Morgana,
ResponderEliminarObrigada pela visita. Estamos entendidas. E há mais gente a pensar como nós...
Aliás há pouco espreitei lá o estaminé. Muito parado, o que não admira. Nem se dá ao trabalho de responder a quem tem a cortesia de lá passar. A continuar assim, não lhe auguro grande futuro - acaba a falar sozinho.
Peste,
Como já deves ter percebido, os parabéns devem ir direitinhos para o Eskisito. Mas ainda bem que gostas!
Eu estou a gostar imenso!
Louco de Lisboa,
Que inveja!
Rita,
Aqui toda a gente é bem-vinda, naturalmente, mas quem gosta do meu cantrinho e especialmente de Messalina e Agripina ainda é mais bem-vindo!
Beijocas de nós três ao Sr. Freddy.
Beijos a todos.
Eskisito, para provar que o original do Aznavour mete a versão do outro num chinelo... fica já prometido que vou passá-lo aqui. Ainda por cima é uma música que me traz memórias muito felizes...
ResponderEliminarMaria,
Vou fazer uma tradução atamancada e mando, combinado?
Dei três erros? Onde? Ai valha-me Deus! Se há coisa com que eu embirro são erros!
Beijos ao casal maravilha!
Paula e Rui,
ResponderEliminarVocês nem imaginam a graça que eu acho a usarem sempre o plural, falando pelos dois!
Qualquer dia começo a chamar-vos Dupont & Dupond, he, eh!
A história do pianista é fabulosa.
Quanto a o Aznavou não cantar nos filmes, estou a lembrar-me de um em que o faz: Cherchez l'Idole, 1963 (http://www.imdb.com/title/tt0056927/), aliás o filme acaba com ele a cantar o Et Pourtant, uma das minhas eternas favoritas. Que também vou pôr aqui, pois claro! Vou fazer-lhe uma homengem em regra, está decidido!
Actriz,
Eu tive uma ideia parecida. Não recorri à tabela, mas dividi os versos da canção em duas colunas. Será por isso que isto foi para o galheiro?... Ai, ai...
Beijos a todos!
olá Teresa,
ResponderEliminarmuito louvável a sua homenagem a Charles Aznavour que é um monumento
vivo da canção francesa.
gosto muito das canções dele aqui mencionadas,incluindo a famosa She.
não se está a esquecer duma lindíssima (pelo menos para quem como eu nasceu em setembro)"C'est en Septembre"?!
resta-me acrescentar que concordo em absoluto com o Eskisito sobre a versão She do Elvis Costello.
aliás quando a ouvi fiquei siderada. tanto que, quando festejei um recente aniversário especial (daqueles com números redondos), a música que escolhi para a minha entrada em cena.. foi justamente a versão do Costello.
bom,também sou suspeita porque adoro Elvis Costello, muito antes de She e em registos completamente diferentes. do tempo em que ele ainda nem sonhava casar com a Diana Krall e muito menos vir a ser pai de gémeos - um mal nunca vem só!
beijinho e fique atenta ao correio..
Querida Kuska,
ResponderEliminarTambém eu gosto muito do Elvis Costello, e teria adorado o She cantado por ele se... não fosse há quase vinte anos uma música tão-tão especial para mim.
Quanto ao C'Est en Septembre... não podia lembrar-me. Ó Kuskinha, essa cabecinha anda nas nuvens ou quê? É do Gilbert Bécaud! :)
Vou já ao correio.
Um grande beijo.
querida Teresa,
ResponderEliminarque falha imperdoável a minha, atribuir uma canção de Gilbert Bécaud ao nosso festejado Aznavour. morro de vergonha publicamente ;0(
se fosse no tempo dos romanos seria vergastada pelo menos umas 200 vezes!
quanto ao correio, calma! o carteiro só deve tocar dus vezes, amanhã ou depois...
beijinho
quanto ao correio, calma. o carteiro só deve tocar duas vezes (!) amanhã ou depois...
Kuska,
ResponderEliminarAgora pôs-me a rir. Primeiro é o bastão, só depois as vergastadas! Se reincidir, aí sim, será atirada ao lago com um peso amarrado aos pés!
Astérix entre os Helvéticos...
Grande coisa, quem nunca fez confusões... que deixe cair o seu primeiro pedacinho de pão!
Um beijo.